segunda-feira, 20 de junho de 2011

O estado de uma Nação...

Para quando?


Portugal tem quase mil anos de história, uma história rica, onde tem alternado entre a euforia e a depressão.

Somos fruto de tenacidade e ambição de um grupo de homens, que contra tudo e todos, habilmente aproveitando uma situação complexa na Península Ibérica, deram azo a formação de uma identidade e nação, Portugal.

Os anos passaram, sobrevivemos a crises de todo o tipo, económicas, sociais, fomos invadidos, fomos “vendidos” por parte das nossas elites a Espanha e mais tarde à França e Inglaterra, mas cá estamos.

Somos um povo com uma identidade própria, por vezes generoso, outras egoísta, eufórico com o futebol e diversão, não se importa de agredir quem veste de vermelho, azul ou verde, que vive exacerbadamente e violentamente o fenómeno desportivo, vaidoso, vivendo na maioria dos casos acima das suas possibilidades, cheio de preconceitos sociais e morais (pura hipocrisia), mas onde realmente interessa, encarna facilmente o papel de um “corno manso”…

Durante séculos o povo foi “esmagado” por uma nobreza, retrógrada, moralista, altamente ciosa dos seus direitos e pouco preocupada com o bem-estar da população.

O povo aguentou quase oito séculos de monarquia, de trabalhar e pouco receber, de passar fome de ser brutalmente ignorante em prole de alguns, de uma minoria que tudo queria e nada partilhava.

Veio a democracia e o que mudou? Filho de Deputado é deputado, filho de ministro tem emprego garantido, amigo de amigo é assessor, entre milhares de outros exemplos e subsídios, parcerias, conflitos de interesses, favorecimento, reformas de luxo, etc.

O que mudou? Eu digo nada, acho que inclusive piorou, a politica é um recreio de alguns, é um território marcado, um ninho de podridão, uma feira de vaidades, onde pseudo-intelectuais e filhos menores de pais menores brincam aos governos e deixam um País à beira do caos.

Eu acho que as coisas pioraram, hoje existe mais informação e cultura do que existia no século XIX, mas o povo não quer saber, praia, o carro, o som, a discoteca, a internet, a roupa de marca, tudo isso importa mais e não são poucas as vezes que oiço “ Eu sei que o Presidente rouba, mas até faz qualquer coisa pela malta”…

É triste não querermos saber e deixarmo-nos ser lapidados continuamente pelos mesmos, que ocupam os horários nobres da televisão a falar em crise e em “apertar o cinto”…

Portugal só vai voltar a sonhar, quando o povo acordar e manifestar com convicção que está disposto a sacrifícios, está disposto a lutar por dias melhores, mas quer justiça, quer julgar todos aqueles que o delapidam, que usam o País em prole de interesses pessoais e mesquinhos…


Como dizem os gregos, “Não se esqueçam que em 1929 acabaram todos na forca”…

Sem comentários:

Enviar um comentário

Parte 5

Os dias,  as noites, sobretudo as noites assumiram um ritual.  Um permanente sonhar acordado. Um formigueiro no corpo, mil imagens a passar ...