sábado, 30 de dezembro de 2017

London Grammar - Nightcall [Official Video]

o trilho

o trilho para uma utopia chamada felicidade...

Existe? sou cético.

Existem momentos de felicidade, um beijo, um gesto, um sorriso, um ato, a partilha, o prazer de ver um filho crescer.

No outro peso da balança, a rotina, a desilusão, o enfado, a deslealdade, o desencanto.

O espirito cansado, o coração a desacelerar...

Nunca percebi até hoje quem sou e o que quero ser, ou será que já descobri e o meu subconsciente teima em não me deixar sair da letargia.

Torna-se um fardo ser  este "eu"...

GNR - Bem-Vindo ao Passado





"Já morri a morte certa
Já senti a fome, aperta a dor
Já bati à porta incerta
Viajei de caixa aberta, a dor

Pecado, fundido, queimado

Já desci lá em baixo ao fundo
Já falei com outro mundo e então
Já passei o limbo limpo
Já subi ao purgatório e vou

Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido, queimado

Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, fundido e queimado
Zangado, bem vindo ao passado
Pecado, arrependido, queimado"

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

1 ano...

Faz hoje um ano que ele morreu.

Luís Gameiro, avô e um grande amigo.

Homem de poucas palavras e de princípios.

Nunca o ouvi praguejar, ou dizer mal de alguém.

Aturou-me na meninice e na adolescência.

Com ele passei das férias mais felizes da minha vida.

Aprendi a semear, podar, a criar animais, a percorrer os campos para avistar um milhafre ou um corvo.

Luís meu amigo sinto falta dos teus conselhos e da tua serenidade...

Saudades de um abraço e conselho teu.





domingo, 24 de dezembro de 2017

2017

Parte 1

Ano de sentimentos antagônicos.

Vivi diversas experiências, emoções, sentimentos.

Amor profundo, ternura, química, algo que não se explica, sente-se na pele, na profundidade da nossa essência, a alma.

Vivi  a desilusão, a expectativa,  o sonho virou decepção, que chega sempre de onde menos esperamos.

Feridas que o tempo e a personalidade ajudam a curar.

Profissionalmente  mais um ano absolutamente fantástico.

No mundo do mérito, da competência tal abriria novas portas e desafios...

Novos desafios...

Apesar de tudo continuo o mesmo, sensível, obstinado, lutador, levo vinte murros mas sigo, sigo sempre em frente.



Mesmo sabendo...


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Um conto parte III

A chamada deve ter durado trinta segundos, os trinta segundos mais penosos da minha.

A magia tinha desaparecido na totalidade. Após o telefonema o silêncio transformou-se numa espécie de tortura, falas tu ou falo.

Sempre fui péssimo nesse "jogo" e resolvi abrir as hostilidades.

- Quem era? - disse num tom mais autoritário do que desejava.

- Era o meu marido, sou casada faz cinco anos e agora que caí em mim foi tudo um erro, uma fraqueza momentânea, um fetiche - disse ela num tom gélido.

Olhei o teto, suspirei, balbuciei - Já tinha percebido ou imaginado que eras casada, ou que terias alguém pela marca no dedo - era mentira mas quis parecer mais forte do que realmente me sentia.

- Agora chamares-me de "erro"... - e calei-me.

- Sim um erro, um erro do meu libido, um simples ato carnal - repetiu ela.

O meu corpo tinha gelado, vesti-me atabalhoadamente de costas para ela, enrolada nos lençóis.

Vesti o casaco e dirigi-me à porta.

- Diz-me alguma coisa se estes trinta minutos foram apenas um equivoco.

- Adeus...

Era madrugada saí em direção ao carro, numa noite tinha vivido, paixão, prazer, sensações únicas e também sentido frieza, o verão e o inverno...

Continua

sábado, 18 de novembro de 2017

pensamentos

Eu já tentei mudar, tentei mesmo, não consegui...

Dizem que basta querer, mentira...

Refleti, idealizei, perspetivei e nada...

Não é o Mundo, sou eu o culpado.

Medo da mudança, medo de começar do zero, medo desconhecido...

Não me levo a sério, provavelmente irei acabar assim.

Um dia de cada vez.

Sábado


Novembro, o tempo estranho enquieta-me. Sou um saudosista das quatro estações.

Admito que me sinto perdido no caos das alterações climáticas.

Preferia estar a viver o inverno, a sentir o frio,  ouvir a chuva, disfrutar de uma bebida quente e ouvir o crepitar da lenha na lareira.

Ainda não perdi a esperança...



terça-feira, 7 de novembro de 2017

adeus amigo

11 anos...passaram a voar, quando tudo começou eu era um miúdo de 26 anos tu um cachorro com 2kg.

Quando te vi pela primeira vez eras um cachorrinho escondido atrás dos teus irmãos.

Olhei para o teu pai, um matulão de 75kg chamado Brutus e pensei para mim mesmo, no que me vou meter...

Depois escolhemo-nos um ao outro, um impulso, um olhar e onze anos passaram a voar...

Crescemos juntos, corremos no Jamor, passeamos no Chiado e no jardim da Estrela.

Percorremos praias, montanhas, viajamos, também nos zangávamos mas rapidamente fazíamos as pazes.

Nunca fugiste, por ti estavas sempre junto a mim, como um irmão protetor.

Mal abria a porta de casa vinhas receber-me com alegria e curiosidade, nas minhas tristezas lá estavas tu deitado aos meus pés.

Contigo nunca me sentia só.

Foram curtos estes anos, repletos de companheirismo, tu deste-me tanto que eu teria de viver cem anos para retribuir o teu genuíno amor.

Hoje partiste, foi de repente, em dois dias tudo mudou, não estava preparado, doeu, não queria que sofresses.

Enorme, majestoso, bom, dócil, amigo, fiel, companheiro, teimoso, comilão, eras e serás o meu grande amigo Thor.

Nunca me irei esquecer de ti estejas onde estiveres.






sexta-feira, 3 de novembro de 2017

London Grammar - Strong [Official Video]

um conto parte II

Louco, na realidade naquele momento esqueci tudo, entrei numa dimensão onde o prazer jorrava por em cada poro da minha pele.

Ambas as línguas moviam-se freneticamente, os olhos transmitiam cumplicidade, como se os dois corpos ansiassem por se reencontrarem.

Era a personificação da química, o tempo parou, era o nosso momento, de uma forma natural as nossas mãos tocaram-se, palma contra palma, respiração ofegante, gemidos de prazer.

Até que ambos os corpos se fundiram, lentamente, num encaixe perfeito, olhos nos olhos, rostos a transparecer o prazer da envolvência e o ritmo aumentar.

O corpo dela era esguio, suave, perfeito nas suas pequenas imperfeições, o sorriso era arrebatador.

O olhar era meigo com um toque de perversidade que desmoronava qualquer defesa que o meu subconsciente pudesse criar.

Calor, suor, risos, palavras em forma de sussurro ao ouvido, não era sexo, para mim parecia-me algo próximo do amor.

Até que o telefone  toca, ela muda, retrai-se, o corpo retesa-se.

Fico expectante, a excitação abandona gradualmente o meu corpo.

- Atende, sem problemas - digo eu num tom suave.

Noto desconforto no olhar dela, segura no telemóvel e afasta-se de mim e diz baixinho.

- Olá amor, estava a dormir...

A continuar....

sábado, 21 de outubro de 2017

conto - parte I

Algures numa casa, num soalheiro bairro de uma cidade em Portugal...

Sexta-feira, 23h estava cansado, tinha sido mais uma semana dura no trabalho

Na verdade começava a tornar-se rotina, o excesso de competitividade e zelo estavam a roubar tempo, tempo para mim, para descansar, ler, dormir, estar com alguém.

Todos os finais de semana dizia que iria mudar, mudar tudo e o ciclo repetia-se a contragosto, sem denotar qualquer capacidade real em mudar o que fosse.

Estava de boxers deitado na cama, apenas com a fraca luz de um candeeiro colocado na mesa de cabeceira.

Tinha tomado um longo duche e ingerido o que tinha na dispensa e frigorifico, fruta, pão, queijo e uma cerveja.

Estava já naquele estado difícil de explicar, cérebro a fervilhar, corpo cansado e desligado, algo estranho num tipo de trinta e poucos anos.

Até que o telefone vibra.

Não liguei ao inicio, seria mais um email de trabalho, um desafio de algum amigo ou conhecido para beber um copo, não me apetecia.

Mas a curiosidade venceu e olhei, alias fiz mais que olhar.

- Olá João como estás? - estranhei uma mensagem da Rita, já não falávamos faz uma década.

Pensei em não responder, mas achei indelicado, na verdade tinha pensamentos ambíguos em relação a ela.

Morena, baixa expressivo, algo melancólico, insinuante, não muito bonita mas sensual, capaz de atrair todos os homens que gravitassem a sua volta.

Toquei e não me respondeu, simplesmente abriu a porta e segui para o elevador.

Era um quarto andar, esperei o que me pareceu uma eternidade pelo elevador e finalmente senti a pulsação a aumentar. 

Não era nervosismo, era a expetativa do que iria encontrar.

A porta estava ligeiramente aberta, a luz era mínima, duas velas iluminavam levemente o corredor, de fundo ouvia música, Rush, Rush da Paula Abdul.

Segui e de repente ela apareceu, num passo seguro em direção a mim, trazia apenas uma lingerie mínima preta e calçava uns sapatos elegantes que lhe faziam ganhar alguns centímetros.

Disse  Olá Rita, e ela colocou um dedo na minha boca.

Percebi, deixei-me levar, encostou-me a parede e tirou-me a t-shirt com energia, passando a língua pelo meu peito, subindo até ao pescoço e queixo.

Olhou-me diretamente nos olhos e tentei beijar-lhe os lábios, recuou, sorriu e voltou roçando o corpo dela no meu e continuando a passar a língua agora pelo meu rosto e a usar as mãos para explorar o meu corpo.

Até que os lábios dela se aproximaram dos meus, as minhas mãos desceram e exploraram o seu corpo esguio e gracioso.

Ambos tremendamente excitados, beijos caricias, mãos a percorrer o corpo um do outro com avidez.

Até que a mão dela começa a desapertar as minhas calças enquanto lhe acaricio o peito.

Apenas se ouve a música e o barulho da nossa respiração cada vez mais ofegante.

Ela tira-me as calças e começa a tocar-me, enquanto o faz sorri para mim com uma expressão de prazer que me deixa completamente louco...


....a continuar






traição





Podes ser traído por uma mulher, por um colega de trabalho, por um conhecido, mas quando és traído por um amigo...



Doi muito...

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

18-10-2017


Constância, 00:12

Chove, na sala ouço com prazer o som da chuva a beijar o vidro das janelas.

Levanto-me observo a Praça vazia e as poucas luzes acesas.

Procuro refúgio num livro novo e num copo de vinho branco, fresco, suave, ligeiramente frutado...



sábado, 14 de outubro de 2017

Seria o fim se fosse um capitulo ou um livro...


Cheguei à conclusão que prefiro não ver...

Já basta a indiferença, desinteresse...

Nada como ir beber um copo!

Venha o próximo volume...

Sábado, 7H, ao invés de ficar na cama levanto-me.

Malditas rotinas, maldito cérebro, eu queria dormir até ao 12H...

Na verdade queria tanta coisa...

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Dúvida

Quando somos enganados duas vezes na mesma semana é karma ou simplesmente burrice?

gosto particularmente dos dois primeiros minutos...



Alcochete, 16h57...estou quase de férias...

Prestes a partir para o meu refúgio.

Uma semana para desligar, do trabalho do quotidiano, das rotinas...

Uma semana, para ler, correr, relaxar...






domingo, 8 de outubro de 2017

London Grammar - Hey Now [Official Video]





Música para "sonhar acordado"...



Vi três filmes na última semana; War for the Planet of the  apes, Baby driver e Wind River.



Cada um com a sua história, envolvência e mensagem.



Baby driver, um filme em movimento, com uma banda sonora que aprecio particularmente e que faz-me passar uma excelente hora e meia.



Wind River, uma viagem aos confins da América, um homicídio de uma jovem nativo americana e redenção de um homem assombrado pela perda da sua filha.

Gostei particularmente do papel da Elizabeth Chase.



Para o fim deixo Caesar e os seu dilema entre a vingança e sobrevivência, a luta para salvar os seus numa guerra contra os humanos num cenário apocalítico.

08-09-2017





Um café longo, um simples candeeiro, música e um bom livro...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Ana Carolina, Seu Jorge - É Isso Aí (The Blower's Daughter)







É daquelas...



Dá para os bons momentos, quando se sonha acordado, quando se suspira...



Para os maus, para os nostálgicos e para aqueles momentos em que não nos apetece simplesmente pensar em nada...



Hoje apenas me apetece ouvir e dedicar a alguém...




03-10-2017


Tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo...

Coisas más, coisas boas, incertezas, desejos, vontades, sonhos, receios..

E uma enorme força interior!!!


domingo, 24 de setembro de 2017

State of Sound - Heaven







Em 2013 comecei a epopeia de escrever um livro, do qual divulguei alguns trechos neste blog.

Demorei quatro longos anos a terminar, passei por momentos de pura inspiração, de negação e até desencanto, mas com resiliência e amor consegui!!!

Recordo um dos trechos que divulguei;

"Não existe nada pior do que percebermos que a mulher que desejamos se encontra com outro homem."

No meio do caos, da queda de uma civilização, o que em grande parte destroçava a personagem principal, era esse desencanto.

Mas sem divulgar a história, que foi sofrendo mutações, existe sempre algo que o impeliu a continuar, uma esperança, vã, uma crença num amanhã melhor.

O céu é o limite, o amor não tem rosto, basta seguir o caminho, ou um caminho...



Fazer Acontecer



sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Todos os caminhos...

Na tranquilidade do silêncio, no calor da confusão, na concentração da leitura, no cansaço do exército, na loucura do trabalho, no riso com os amigos, todos os caminhos me levam a...


domingo, 13 de agosto de 2017

o progresso destruiu o amor? ...no minimo alterou a forma de interagir...


no calor de uma tarde de domingo

Até aos vinte e tal achamos que não existe um fim.

Nunca pensamos na ausência, no vazio, na perda...

A consciência de que tudo acaba é uma consequência da vivência e do amadurecimento pessoal...

Ontem, mais uma noite quente em Azeitão, sentei-me no alpendre, observei a cadeira onde durante trinta anos o meu avó se sentou interruptamente todas as noites a saborear a brisa noturna.

Os pinheiros, a cadeira, o céu, o cenário imutável, apenas faltava aquele que me habituei admirar...

Na realidade nada é para sempre...



domingo, 6 de agosto de 2017

quinta-feira, 27 de julho de 2017

na tranquilidade da noite

Algarve, 27 de Julho de 2017.

Reli textos e apontamentos que escrevi num já no longínquo Inverno em 2015.

Atravessei nesse ano um terramoto de emoções, de uma sinceridade atroz, de sensações que colocava no papel, quiçá vivi o  meu apogeu criativo.

Como tudo na vida, precisava de alimento para continuar a escrever daquela forma incessante, de dar  corpo aos rabiscos, aos textos desconexos, as ideias, todas elas diferentes mas com um único propósito.

O rio secou, a mente bloqueou as ideias, tudo me parecia ridículo, as personagens, o tema, os sentimos, eu próprio...

Atravessei o deserto criativo, refugiei-me na racionalidade dos números do trabalho, dos resultados, das palmadas nas costas dos elogios vazios, das vitórias que sinceramente me souberam a pouco ou a nada.

Envelheci, sorri menos, fechei o rosto, vi o mundo de uma forma monocromática.

Aos poucos as ideias voltam, o desejo por escrever, passar para o papel um pouco do que vai na minha

Acabar os romances que comecei e deixei a meio...

Talvez com personagens diferentes, rostos, atitudes personalidades, mas sempre na busca do verdadeiro amor.

Ainda sou capaz de corar...







terça-feira, 25 de julho de 2017

Terras de gente forte

Nos últimos anos apaixonei- me por Constância, Vila velha de Rodão, Oleiros, Sertã, Belver, Gavião, Proença e tantas outras terras. Cheias de beleza natural, história e gente boa...

Ao ver os incêndios, a destruição de um ecossistema, de um modo de vida o meu coração entristece.

As gentes são de uma força inquebrável e das cinzas se irão reerguer.

Os criminosos e delinquentes que causam tanto mal receberiam o linchamento.

Força zona do Pinhal, coragem!



domingo, 23 de julho de 2017

The La's - There She Goes







habituava-me a esta vida de nómada, mais uma mala feita, uma viagem, um destino, uma terra.



Desta vez rumo a sul, ao mar, ao sol...




Leave Out All The Rest (Official Video) - Linkin Park





No meu velhinho leitor de mp3...



Aquele impulso quando me senti estagnado, quando me deixei ir abaixo, quando pensava não ter força ou resiliência para continuar forte...



Thanks Chester!
Constância - Azeitão - Almada - Alvor.

Depois de seis dias a disfrutar da tranquilidade e beleza da região centro desci para dois dias com a família em Azeitão.

Amanhã rumo ao Algarve.

Tenho cumprido, todos os dias corro, leio com prazer, saboreio bons vinhos e tenho desfrutado de excelente companhia.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Férias

Quase de férias.

7 dias no centro do país e 7 dias no sul...

Objetivos, ler três livros, escrever um conto, correr 140km, jogar basket, apanhar sol, dormir 8 horas seguidas, ir uma vez ao cinema, praia, rio, piscina, beber bom vinho, sorrir, ver o Senhor dos Anéis, brincar, abraçar, beijar, rir...

Se fizer metade sou um homem feliz =)

Charlie Puth - Attention [Official Video]

O saboroso vento da mudança!!!

domingo, 9 de julho de 2017

abanão....

Lembro-me de mil sonhos, de mil ideias, de uma filosofia de vida.

Durante anos deixei esses sonhos desvanecerem-se, habituei-me a seguir o caminho, vendado, sem opinião, sem convicção, resignado.

Um simples autómato, contrariado,  irritado, ausente, mas cumpridor.

Quando detestas o que o que te tornaste, quando te olhas ao espelho e não te reconheces, quando sentes que poderias ser mais do que és, quando poderias ser tu e não outra coisa qualquer...

Habituaste a viver na mediocridade, chafurdas nela, aprendes a sobreviver, mas quando paras e olhas para ti, quando meditas sentes-te mais um.

Vês o relógio da vida a percorrer o seu inexorável caminho, vês os cabelos brancos, as rugas, o brilho dos olhos a definhar.

Perdes todas aquelas fugas à rotina que te davam algum "oxigénio"...

Fica uma mão cheia de nada, um impulso de fuga, de fazer uma loucura, de gritar, de esmurrar, de soltar...






Stereophonics - I Wanna Get Lost With You

Fim de ciclo...


Por muito que o tente negar, por muito que me queiram influenciar, por muito que a lógica contrarie, o  meu íntimo diz-me que só estou a adiar. 


segunda-feira, 3 de julho de 2017

JP Cooper - September Song







Memórias...palavras, expressões, maldições, recuo, avanço, negação, ilusão, desilusão, sonhos, frio, calor, proximidade, afastamento, a vida é um turbilhão.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

The Last Kingdom Soundtrack -Lívstræðrir- HQ







Bernard Cornwell é um escritor maravilhoso, tenho todos os livros que editou em Portugal, as histórias vão desde a idade da Pedra até ao século XIX.



O último reino, a história do Wessex e da luta de Alfredo contra os invasores nórdicos é uma obra fantástica, maravilhosa, apenas as crónicas do senhor da guerra se podem comparar a história de Uhtred.



A série televisa com a chancela BBC é interessante, sobretudo a 2ª temporada...


Deixo uma das músicas da banda sonora, gosto de a ouvir de olhos fechados...

divagar...

Algures por aí....num tempo e espaço incógnito.

Noite de Inverno, o barulho da chuva na janela, a música a fluir, o vinho  a libertar...

E toca aquela música, os olhos fecham-se, a boca humedece, os lábios procuram...

O magnetismo do toque, o sublime desejo, a sensação de que o tempo não podia, mas devia parar...

Os problemas, os medos, o futuro, nada conta. Os lábios envolvem-se, tocam-se com profunda avidez, desejam-se, sofrem com a ausência.

Os minutos passam lentamente, os corpos aquecem, o abraço envolvem mais do que dois corpos, duas almas, dois corações ofegantes.

A música continua a tocar...as mãos entrelaçadas, os lábios colados, um suspirar, um afagar do cabelo, dois sorrisos....

são as pequenas coisas que nos fazem sentir vivos...

domingo, 4 de junho de 2017

Seria tudo mais fácil

Se o ser humano obliterar o ódio, seja ele de qualquer estirpe...

Respeito, compaixão, amor, partilha...

domingo, 21 de maio de 2017

TheFellowshipoftheRingST-17-The Breaking of the Fellowship





Os livros e os filmes marcaram a minha juventude. Já li e revi a trilogia diversas vezes. Sempre que o faço emociono-me.



A Terra Média, a amizade entre seres tão diferentes, a superação, a resistência e sobretudo a coragem.



The Fellowship of the Ring...














terça-feira, 16 de maio de 2017

mais 1 dia no gabinete

Hoje sofri a maior "derrota"  de todos os tempos. Nem toda a minha energia e veia lutadora evitaram a desilusão de perder.

No passado iria sentir-me  excessivamente mal comigo mesmo. Felizmente amadureci, fiz tudo o que podia, lutei e apesar de triste nada de depressão.

A vida é mesmo assim, altos e baixos e é nos momentos baixos que revelamos o nosso ADN.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ainda é Quinta-feira...

Por muito que o tente esconder sou apesar de responsável, um puto.

Tenho no meu subconsciente os mesmos sonhos, fantasias, reações de quando tinha 18 anos...

Aqui estou eu phones nos ouvidos, música no escuro do alpendre, sentir o vento e a pensar se....se...

Feelings ...

sexta-feira, 5 de maio de 2017

37...

A caminho dos 37...

Aos 18 achei que não ia chegar aos 30.

Aos 30 achei que sabia tudo e afinal não sabia nada.

Perto dos 37...sei algumas coisas mas ainda é pouco...


segunda-feira, 1 de maio de 2017

divagções, divagações e mais divagações


Prometi que não iria falar mais de amor.



Prometi, e o que são promessas? Tal como o amor são vagas, flutuam ao sabor da maré.

Na maioria dos casos são palavras avulsas, ditas no êxtase, no calor de um simples momento, de cariz intimo, de contemplação ou de um dialogo embevecido.

Sou e serei um homem de paixão, é mais forte que eu, continuo a acreditar que o amor verdadeiro vence tudo, o medo, a exclusão, a recusa, a indiferença, inclusive a violência.

Uma personalidade assim, aliada a um lado mais intempestivo, sonhador causa esmorecimento, um quase apagar da chama, um brilho que se desvanece do olhar.

Nunca banalizei a palavra, raramente a utilizei. No entanto sei que já fui “banalizado”, diria que até sem maldade.

É o poder da palavra, no seu êxtase.

 O poder da palavra, a força absoluta do silêncio, a tortura da ausência, a persistência das recordações, a tortura da memória.



1805, Richard Sharpe regressa da Índia após anos a lutar pelo Império Britânico, a viagem é longa, perigosa, a vontade de regressar e de encontrar paz não é animadora. Sharpe é um homem duro, que “joga” diariamente com a vida, sem olhar para trás.

Embarca num navio da Companhia das Índias Orientais, Calliope é o seu nome. Sharpe é um alferes, promovido das fileiras pela sua bravura, não é um homem rico, segue no convés da coberta inferior, quem tem posses segue no convés superior.

Quando segue para a embarcação cruza-se com Lady Grace, casada com Sir William, aristocrata e homem de enorme poder.

Lady Grace é uma mulher altiva, de olhos expressivos, escuros, grandes, melancólicos.

A sua beleza é avassaladora, Sharpe apaixona-se, sem dizer nada ou ousar quase olhar nos olhos de Grace.

Grace uma mulher do mais alto extrato social, mantinha o seu olhar constantemente no horizonte, fitando o longo vazio “azul”.

Após várias peripécias, mesmo sendo casada, acabaram por cair nos braços um do outro, foi uma viagem longa, onde o amor, luxuria, traição, guerra, cupidez, morte conviveram de perto

Sharpe quando a viu, viu o amor, quando mais tarde a tocou sentiu amor, quando ela fez juras de que o amava ele acreditou.

Quando o barco atracou o amor esbateu-se, a fantasia desvaneceu, ela nunca iria abandonar tudo o que tinha por um alferes do exercito inglês.

O estatuto, a riqueza, a sua posição, tudo falou mais alto.

Sharpe sofreu e como sofreu, mas a vida é assim, no caso das pessoas fortes o que não as mata, torna as mais fortes.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

KING ARTHUR Extended First Look Clip & Trailer (2017) Legend of the Swor...





Pessoalmente prefiro de longe recriações históricas, com rigor, que me façam voltar atrás no tempo, mas se tem o nome de King Arthur não resisto em assistir no cinema.

domingo, 23 de abril de 2017

R.E.M. - Losing My Religion (Official Music Video)

Strange World


Sou historiador de formação, sempre defendi o conceito de que é olhando para o passado que compreendemos o presente e futuro.

Tudo está interligado, as sociedades, o ser individual, é uma vasta teia de experiencias, vivencias, ideologias, mitos, conceitos que nós fizeram chegar ao que somos hoje.

No auge da evolução tecnológica, no que nos transformamos?

A pobreza e a miséria continuam a grassar.
O ódio aumenta de dia para dia, seja religioso, seja ideológico, seja por qualquer coisa.
O respeito pelo meio ambiente e natureza arrasados pelo lado economicista.
A riqueza concentrada numa minoria, a corrupção como forma de vida, numa palavra desigualdade.
Liberdade de expressão? Um mito? Eu diria que sim.
Demagogia e irresponsabilidade dos grandes decisores mundiais? Corrutos, déspotas, alienados, dignos representantes de Nero, Calígula ou qualquer outro déspota dos anais da história.

Depois de duas grandes guerras mundiais, de séculos de guerras em nome de Deus, de vinganças, de lutas incessantes por riqueza, o homem não aprende, continua século atrás de século a cometer os mesmos erros e a sofrer dos mesmos vícios.

Estamos doentes, mesmo no auge da ciência, continuamos na senda da barbárie, não temos escravos em casa mas compramos' sapatos, ténis,  t-shirts por cinco euros feitas por crianças de dez anos em qualquer lugar remoto no sudoeste asiático.

Capitalismo voraz, ignorância, insensibilidade...simplesmente a maioria de nós não quer saber.

No fundo ou mudamos ou seguimos orgulhosamente o caminho para a extinção...





Algo na música de Morrisey...





Que mexe comigo...

domingo, 16 de abril de 2017

Estes dias...

Separar o trigo do joio...

Valorizar o que é importante, amar incondicionalmente aqueles que estão sempre comigo, relativizar aquilo que não controlo.

Sorrir, beijar, tocar, sussurrar, às vezes até chorar, uma lágrima vinda das profundezas da alma, da essência enquanto ser humano.

Não esquecer o passado mas viver o presente e sonhar com o futuro.

O passado fica nos livros, aqueles que desse miúdo adoro ler.

Desligar o autómato em que me tornei. 

Voltar a gostar de mim como no passado gostei.

Não interessa quantos anos vives, mas como vives...

Boa páscoa.


domingo, 2 de abril de 2017

02-04-2017

Domingo começa a ser um cliché.

Começa  a ser usual escrever umas linhas ao final da tarde de domingo.

Balanço de semana, inquietações, ideias, sonhos, medos, desejos.

Ontem fugi um bocado à rotina, uma noite que se prolongou pela madrugada.

Álcool, música, descontração, encontros esperados e inesperados, umas horas onde a mente desligou temporariamente de todo o rol de situações que me inquieta.

Hoje dia intenso, cabeça a latejar, o normal, a idade não a perdoa.

Amanhã já é segunda.

Falta pouco tempo para uma grande mudança...

segunda-feira, 27 de março de 2017

domingo, 26 de março de 2017

crónica de domingo

Normalmente escolho os dias mais cinzentos para escrever.

Tal torna a minha escrita  sorumbática, crua, nunca deixando de ser um extravasar de alma, a libertação de um conjunto de pensamentos que preenchem a  minha mente.

Hoje, enquanto chove copiosamente, escrevo junto a janela, com o som das gotas a namorar o vidro e uma suave música de fundo.

Sonhei ser grande e sou pequeno, sonhei em sair, descobrir, criar e tornei-me pequeno, demasiado pequeno para os meus pensamentos, que desde criança nunca me abandonaram.

Falta de coragem, estimulo, de autoconfiança, do tal "click" no momento certo, uma habituação ao conforto das pequenas e insignificantes "coisinhas" mundanas que nos prendem.

Acho que é um pouco de tudo. 

E sou aquilo que não quis ser mas no que tornei, um individuo com um emprego chato, absorvido num labirinto de burocracia. 

A encarnar um papel diário, um papel...

Na verdade se morresse hoje, seria uma vida tão incompleta, tão estranha, tão sem sentido, seria banal.

O meu pensamento almeja mais. Almeja libertar-se de mim, percorrer as estradas com as quais sonho desde criança.

A minha alma é maior do que eu. Sonho com o dia em que o "grito" que está preso dentro de mim ecoe e as grilhetas se quebrem.

Os livros são o ópio...ver, sentir, compreender o verdadeiro sentido da vida...

Entre morrer velho ou morrer percebendo o motivo...prefiro o conhecimento.










Cinzento...


Se eu me deixasse ser...

sexta-feira, 24 de março de 2017

A preparar...

A necessidade de mudar aumenta  de dia para dia de forma assombrosa.

Os últimos eventos provocaram um crescente sentimento de desintegração.

Quanto maior é a entrega  maior é a vulnerabilidade.

Desligar a ficha e partir parece a única solução...

Ontem li um excerto de uma biografia de Julio César e apetece citar;

"Até tu Brutus.."

domingo, 19 de março de 2017

Simply Red - If You Don't Know Me By Now (Live at the Royall Albert Hall)








19 de Março...

Pensei que com a idade ia melhorar.

Um tendência latente para um amadurecimento interior, a secundarização de alguns sentimentos, resumindo um aliviar do estado de alma.

Tudo tretas, cada vez estou pior...

Pior ou melhor, fica a dúvida, talvez me fique pelo pior, uma  personalidade com dificuldades em enquadrar-se, com dificuldades notórias em adaptar-se ao mundo atual.

Será o isolamento a solução? Não, será a mudança? Não, é algo que está entranhado em mim.

Estou literalmente "preso". Preso a algo de que não consigo fugir.

Sempre fui ansioso, melancólico, introspetivo, observador, de sorriso fácil mas ao mesmo tempo de levar tudo a sério.

Sou o que sinto, sou o que o consigo ser,  poderia ser muito mais, mas não consigo...

Cabeça e coração estranhos...tudo seria mais fácil se...







domingo, 5 de fevereiro de 2017

O que ando a ver...

Terminei hoje a quarta temporada da série Vikings.

Assombroso, sublime, difícil encontrar adjetivos para a qualidade da série.


Quem nunca viu, quem começou e desistiu, quem gosta de história, quem é apaixonado pelas incursões vikings  não pode perder a trama.

Saxões vs Vikings, Cristo vs Ódin, odio, amor, religião, guerra, sacrifício, alianças, mentiras, traições...

Pet Shop Boys - Rent

E.B.T.G. - I Didn't Know I Was Looking For Love

ser estranho

Tenho estado ausente. Absorvido pelo ritmo incessante do trabalho. Frustrado por não ter mais tempo para mim e para os meus...

Faz sentido viver assim? Não será uma espécie de escravatura dissimulada? Serei um mero fantoche?

Podia ter, devia ter tempo para amar, contemplar, descobrir, descobrir-me ...

Vou morrer sem saber o que sou e quem sou? Se calhar ...

Os anos passam, espero, mudo, quebro, luto, fujo, fico...

Não existe plano perfeito, não existe mudança sem sacrifício, não existe um sentido sem amor.

O que sou, o que serei e o que quero ser...

Sorrir de forma espontânea, sonhar, respirar fundo, ver, tocar, saborear...

O amanhã pode ser tarde demais.

Tenho saudades.

Escrito numa hora tardia por um gajo com uma crise de meia idade.


domingo, 15 de janeiro de 2017

mudar


Na verdade eu sei o que me faz mal, tudo se resume a falta de coragem.

Nos últimos tempos o vazio aumentou, incapacidade em mudar o meu rumo, quebrar rotinas que me fazem ficar, a cada dia que passa, cada vez mais "oco".

É um maremoto interior guardado a sete chaves.

Mas até os cadeados mais fortes cedem...

sábado, 7 de janeiro de 2017

Para breve....



Faz cinco anos que não vou a Penha Garcia...

Algo me leva a sentir a necessidade de voltar a percorrer a aldeia e as suas redondezas...

Será para breve....

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Música do dia...


demorei

Sou daqueles que demora a interiorizar o inevitável.

Algo em mim faz-me acreditar que é possível, mesmo quando tudo desaba à volta...

Nasci assim e provavelmente vou morrer assim, esgotado por tantas batalhas perdidas mas nas quais dei tudo o que tinha e às vezes o que não tinha...

No dia 29 morreu alguém pelo qual tinha um profundo amor e respeito.

Alguém com uma infinita paciência para um rapazinho que adorava histórias, histórias com animais, de lobos, mochos e raposas, de Penha Garcia,  da loja, de nostalgia...

Que me levou em longos passeios por Campolide, pelo Jardim Zoológico, por Azeitão...

Com ele na primavera espreitei os ninhos dos melros e corvos, aprendi sobre agricultura e ensinei o meu primeiro cão.

Criamos cães, gatos, aves de todos os tipos, rimos e muitas vezes passávamos horas juntos e mal falávamos.

Sim, ele apesar de gostar de contar histórias não era um homem de muitas palavras.

Mas eu apreciava os silêncios, aprendia com eles.

Nunca o ouvi dizer mal de ninguém, mesmo quando as coisas corriam mal. Amava a minha avó de uma forma pura e genuína.

Mesmo nos últimos tempos quando ela estava internada e ele já muito debilitado, perguntava constantemente por ela...

Os últimos tempos foram difíceis, duros para um homem do campo, enérgico, duros para mim que o vi definhar.

Eu pressentia que o fim estava próximo, senti isso no dia de Natal, disse-o para mim...

Não partilhei com ninguém, guardei o mau pressentimento...

Ele partiu, se existe paraíso, céu, ou algo parecido, de certeza que existe um cantinho para a sua alma...

Não consegui chorar...cada vez que penso nele digo para mim mesmo;

"Gostava de ser metade do que ele foi"

Amo-te Luís para sempre...






Comportamentos "humanos"

Uns atrasados mentais agridem cobardemente um rapaz em Almada.

Além de estúpidos, cobardes, violentos são burros, filmam e vangloriam-se da sua cobardia.

Os psicólogos dizem que os meninos precisam de ser avaliados, que são jovens, blá blá blá...

Para mim são animais, ou melhor piores que animais...


Parte 4

 - É uma pessoa que conheci faz muitos anos, chegámos a trabalhar na mesma empresa - e acrescentou na tentativa de que a conversa acabasse a...