Ambas as línguas moviam-se freneticamente, os olhos transmitiam cumplicidade, como se os dois corpos ansiassem por se reencontrarem.
Era a personificação da química, o tempo parou, era o nosso momento, de uma forma natural as nossas mãos tocaram-se, palma contra palma, respiração ofegante, gemidos de prazer.
Até que ambos os corpos se fundiram, lentamente, num encaixe perfeito, olhos nos olhos, rostos a transparecer o prazer da envolvência e o ritmo aumentar.
O corpo dela era esguio, suave, perfeito nas suas pequenas imperfeições, o sorriso era arrebatador.
O olhar era meigo com um toque de perversidade que desmoronava qualquer defesa que o meu subconsciente pudesse criar.
Calor, suor, risos, palavras em forma de sussurro ao ouvido, não era sexo, para mim parecia-me algo próximo do amor.
Até que o telefone toca, ela muda, retrai-se, o corpo retesa-se.
Fico expectante, a excitação abandona gradualmente o meu corpo.
- Atende, sem problemas - digo eu num tom suave.
Noto desconforto no olhar dela, segura no telemóvel e afasta-se de mim e diz baixinho.
- Olá amor, estava a dormir...
A continuar....
Lindo....
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