quinta-feira, 28 de novembro de 2019


Hold me now, 
girl, I don't know when, 
when we will ever meet again. 
That was then, 
baby, this is now, 
I try to get over you. 
Losing you... 
Things will never be the same. 
Can you hear me call your name? 
If we changed it back again 
things would never be...

domingo, 24 de novembro de 2019

As tardes de domingo...

Chove, faz frio, a pouca luz começa a abandonar o dia que caminha para a escuridão da noite.

Durante alguns anos deixei de diabolizar as tardes de domingo.

Agora fruto de uma saturação crescentes que me aflige volto a sentir aquele síndrome de domingo.

Uma angústia estranha que faz pensar e repensar...




sábado, 23 de novembro de 2019

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Um conto parte x

Acordámos com a luz que trespassava de forma inclemente as cortinas da janela.

Não foram preciso palavras, apenas um intenso cruzar de olhares um suave toque no rosto.

Estava estupidamente apaixonado, a simbiose tinha sido perfeita.

Dois corpos tão abissalmente diferentes completavam-se numa união perfeita, magia pura.

Tinha receio-me de estar a sentir o que não devia, a caminhar para um precipício de forma despreocupada sem saber que o fim poderia estar próximo.

Ela viu o meu rosto pensativo e questionou.

- No que pensas?

- Em nada - respondi.

- Não acredito - disse ela.

- Tenho fome, vamos comer? - disse eu mudando de assunto.

Tomámos um duche juntos, fizemos amor no chuveiro e vestimo-nos.

- Agora também estou cheia de fome - disse ela a rir

E fomos procurar alimento para saciar o apetite de uma noite intensa..








terça-feira, 19 de novembro de 2019


Once divided nothing left to subtract
Some words when spoken can't be taken back
Walks on his own with thoughts he can't help thinking
Future's above but in the past he's slow and sinking
Caught a bolt 'a lightnin' cursed the day he let it go
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
She once believed in every story he had to tell
One day she stiffened took the other side
Empty stares from each corner of a shared prison cell
One just escapes one's left inside the well
And he who forgets will be destined to remember oh oh oh
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
Oh, she don't want him
Oh, she won't feed him after he's flown away
Oh, into the sun ah, into the sun
Burn burn
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
Nothingman
Coulda' been something
Nothingman
Oh ohh ohh

Música do dia


sábado, 16 de novembro de 2019

Música do dia


um conto parte IX

O céu estava coberto de estrelas, sentia-me um escravo das emoções, não conseguia tirar os olhos dela.

Sentia-me inebriado, num estado emocional onde tinha prometido a mim mesmo não regressar.

Depois daquela simples troca de palavras, resolvemos, sair, caminhar em direção ao hotel.

Caminhamos em silencio, olhando de fugida um para o outro, um jogo perigoso de atração, onde ambos estávamos a arriscar que o toque fosse inevitável.

Estranho destino, queria encontrar-me e acabei na primeira noite ofuscado por um sentimento estranho e avassalador.

Tudo podia correr bem, tudo podia correr mal, estava a jogar na roleta russa, num turbilhão de emoções que me poderiam magoar, mas arrisquei.

Parei, era bem mais alto que ela, olhei a nos olhos, sorri, puxei o corpo dela encontra o meu. Sorri e toquei-lhe na face.

Ela retribuiu e o beijo aconteceu. Intenso, molhado, mágico, não parecia um primeiro beijo, na verdade os nossos lábios pareciam moldados um a outro.

- Sempre durmo no chão? - perguntei eu

- Acho que posso abrir uma excepção - respondeu ela maliciosamente.

Terei de descrever o que aconteceu naquela madrugada?

É demasiado difícil descrever em palavras o que eu senti, é penoso até devido ao calor do momento.

Dois corpos, sem pudores, quentes, duas pessoas, duas almas, que se entregaram, olhos nos olhos, prazer intenso, respiração ofegante, olhares penetrantes, carinho, impetuosidade.

Um caldeirão de emoções.

Demasiado estranho, duas pessoas estranhas, duas almas, dois corações, tanta sintonia.

Fizemos amor durante horas, até o sol nascer e adormecermos nos braços um do outro.





sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Filme da noite - Netflix


um conto parte VIII

Recolhemos as malas, rimos com a burocracia, com o toda a azafama, parecíamos duas crianças.

Entrámos num táxi, seguimos para um hotel no centro.

Era noite, as luzes, o barulho, tudo era abafado pelo olhar da Rita, sem dar conta estava a cometer mais um erro, ainda não tinha superado uma desilusão e caminhava novamente num trapézio sem rede.

Será atração pelo abismo, será masoquismo, não sei, apenas me sentia preenchido, encantado pela presença dela, tudo isto sem a ter tocado, beijado.

Estranha sensação de que a conhecia faz longos anos, de que tudo fluía,  o tempo voava na presença dela, quando o que que queria era perpetuar os momentos que vivia.

Sem angustia, sem necessidade de forçar nada, a empatia crescia com o tempo em que passávamos juntos.

Chegámos ao hotel, a lua poderosa iluminava a rua, paguei ao taxista e perguntei.

- Já decidiste? Um ou dois quartos?

- Vais fazer-me mal se dormir no mesmo quarto que tu? - respondeu ela maliciosamente

- Nunca - respondi com sinceridade

- Os teus olhos dizem o mesmo, são demasiado transparentes, partilhámos quarto, mas se apenas tiver  uma cama, dormes no chão - disse ela

- Ok, combinado! Mas se dormir no chão pagas tu o jantar.

E assim foi, o quarto era pequeno e apenas tinha uma cama e eu afirmei o compromisso assumido antes de entrarmos no hotel.

- Já vi que durmo no chão, mas o jantar fica por tua conta.

Depois de um duche reconfortante, vestimo-nos e partimos para as ruas em busca de refeição e uma bebida.

Estava uma noite quente, mas chovia ligeiramente, uma chuva quente, ela vestia uns jeans e uma t-shirt justa branca, que realçava o corpo, magro, com curvas, um corpo bonito, insinuante.

Quis dizer que ela era linda, que estava linda, que ofuscava a luz da cidade, que a sua presença ofuscava os milhares que circulavam pela rua.

Guardei para mim, caminhamos, dissemos banalidades, comemos num pequeno restaurante de rua e bebemos umas cervejas.

- Queres ir descansar, ou vamos dançar um pouco? - disse ela no fim da refeição.

Deixei o cansaço de lado e disse que sim,

Caminhamos mais um pouco pela cidade do pecado, corremos as ruas de Sukhumvit e parámos num bar que passava música dos anos 80.

Foi divertido, boa música, bebemos mais umas cervejas e a medida que a noite ia passando ambos nos íamos libertando mais um pouco.

A troca de olhares ganhava intensidade, uma cumplicidade estranha e boa, que mexe com tudo, que abala a nossa convicção e as nossas ideias.

O racional deixa de fazer sentido, tudo à volta desaparece, ficamos nós, a outra pessoa, a música de fundo e mais nada…

Enquanto tocava "Wicked Game" e dançávamos juntos, olhamo-nos nos olhos e a primeira frase foi dela.



- És bonito sabias - e riu-se, sentindo que me tinha desconcertado

Fiquei nervoso, bebi mais um pouco da cerveja e olhei novamente ela nos olhos.

- Pensei o mesmo de ti, ainda não tinha tido coragem para o dizer - afirmei.

Estranho destino que tinha colocado dois desconhecidos no mesmo trilho, juntos num bar numa cidade a milhares de km do seu país, a dançar olhos nos olhos.

continua…






um conto parte VII

Embarquei, sem expetativas, sem sonhos, apenas com o vazio e a sombria esperança de o preencher.

Queria esquecer finalmente, voltar a acreditar em algo. No fundo voltar a viver, ver, cheirar, sentir, tocar, até dançar.

Aqui não podia ficar…

Fiz o check-in, entreguei o passaporte e sorri para a rapariga da Companhia Aérea.

Ela sorriu de volta, pensei afinal  ainda não estou assim tão acabado. Ultimamente, fugia do espelho, pouca vontade de me enfrentar, olhos nos olhos.

Entrei no avião, sentei-me junto da janela, era uma viagem longa, rumava ao oriente, a onde ninguém sabia quem eu era e o meu passado.

Estava cansado, ninguém se sentou ao meu lado, adormeci ainda o avião não tinha passado a fronteira de Portugal.

- Olá posso sentar-me? - acordei com uma voz feminina, abri os olhos, era morena, magra, sorria e eu ainda meio acordado.

- Claro que sim - disse de forma algo monossilábica. Ela sentou-se mantendo o sorriso.

- Não suportava mais estar no meu lugar, o tipo ressona imenso - disse ela, ao qual respondi.

- Também tenho os meus momentos, como te chamas? - perguntei eu vencendo a vergonha.

- Rita e tu? - disse ela com voz melosa e suave.

- João, vais para onde? Se é que não levas a mal a pergunta - respondi eu

- Tailândia e tu?

- Também, Banguecoque.

- Somos companheiros de viagem, consegues aturar-me pelo menos até ao aeroporto? - disse ela a rir e eu não resisti e ri também.

- Claro que sim, vamos ver se tu me aturas a mim.

A viagem passou depressa, falámos do presente, do que queríamos ver, do que procurávamos descobrir, ouvimos música juntos, rimos e senti uma cumplicidade estranha que aumentava de minuto para minuto.

Acabámos por perceber que ambos viajávamos sem um plano perfeito, ambos teríamos de procurar alojamento na cidade.

Quando o avião se preparava para aterrar ganhei coragem e perguntei.

- Mal te conheço e não teria coragem de te convidar para partilhar, quarto, mas podíamos enquanto estamos em Banguecoque ficar no mesmo hotel.

Fez-se silencio, senti que tinha abusado, ultrapassado a linha ténue da cordialidade.

De repente ela deu uma gargalhada.

- Adorei essa ver-te a mudar de cor, és tímido, sabias? Claro que gosto da tua ideia, partilhar quarto, ainda não decidi, eras capaz de dormir no chão?

- Quando decidires eu respondo a essa pergunta.

E o avião aterrou, clima tropical, um mar de gente e dois desconhecidos, que se pareciam conhecer partiram à descoberta.

Continua….



terça-feira, 12 de novembro de 2019

Parte 4

 - É uma pessoa que conheci faz muitos anos, chegámos a trabalhar na mesma empresa - e acrescentou na tentativa de que a conversa acabasse a...