sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

All we know



Sou daqueles que demoro a interiorizar...

Preciso de tempo, espaço e de um ombro...

Em 2016 não parti mas verguei mais do que provavelmente merecia...

sábado, 17 de dezembro de 2016

Sexual

https://youtu.be/zuIciiAgOAc

17 dezembro

Mais uma manhã de sábado a trabalhar... Maus hábitos.

Almoço com amigos, descanso e Benfica.

Amanhã faço-me à estrada. Dois dias sozinho no campo, preciso.

Ainda por cima tenho um bom branco para saborear...

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Dias estranhos...



Acabei de ler um livro fantástico, onde a superação, amizade, sacrifício, amor e ódio são os ingredientes.

 Tulo, Vitelio, Fenestela, Piso, Germânico, Maelo, Segestes, entre outros dão cor a um dos episódios mais marcantes e funestos do Império Romano, a destruição das legiões de Varo...

Hoje recebi uma noticia, uma pessoa conhecida e pela qual tenho carinho, descobriu de repente que devido a um tumor galopante possui pouco tempo de vida...

Admito que me caiu uma lagrima, admito que amaldiçoei os Deuses, no fundo tudo é tão efêmero...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

2016 perto do fim



Um ano estranho, onde fui muito menos "eu" do que gostaria de ter sido.

Como sou um lutador nada como um novo ano para inverter o ciclo.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Curtas...

Vou tentar todas as semanas escrever uma pequena história (ficção) onde surjam temas atuais de cariz social.

Embalado por um sábado onde acordei cedo para trabalhar, três cafés e um fumegante chá preto, vou começar hoje...

No sentido figurado...vamos brincar com a história

Um império com diversas legiões.

 Uma legião  composta por um legado, tribunos superiores e tribunos adjuntos , com diversas coortes.

Cada coorte era composta por diversas centúrias lideradas por um centurião e um ajudante, optio,  a liderar cerca de sessenta legionários.

Ok, antes que desistam de ler, vamos apimentar.

O centurião sobe das fileiras, mérito, capacidade de sobrevivência e liderança na linha da frente, obediência cega à cadeia de comando.

O legado e tribunos são nomeados, círculos de influências, famílias, política e muitos jogos de bastidores.

Dizia a estatística que em dez apenas um ou dois reuniam competência para a função.

No geral a máquina sobrevivia na sua essência pela capacidade singular daqueles que atingiam o centurionato.

Um centurião parou e pensou, arriscava tudo, estava na linha da frente lutando e motivando os homens a resistir a inimigos e às contingências de uma vida dura.

Pensou que para chegar a onde chegou lutou anos a fio, obedecendo a idiotas que o colocaram vezes sem conta em perigo e num  constante turbilhão de desgaste físico e mental.

Este centurião tenha um defeito, pensava e questionava.

Questionava interiormente as ordens recebidas sem sentido, os luxos dos superiores que hostilizam os soldados com ameaças e avareza e o sistema que apesar dos sintomas de doença continuava a proteger todos os parasitas que ocupavam posições de comando.

Os homens sofriam o comando prosperava e o império  ruía.

A história repete-se, foi no passado, será no presente e quase de certeza no futuro.

O império caiu em 476 DC. Outros já tinham caído no passado e muitos caíram no futuro.

Para cair basta que os "bravos centuriões" que ainda andam por aí cedam e resignem ao peso da mediocridade.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Isto...

Isto é tudo demasiado curto, demasiado rápido para pensar...

Um dia estamos no outro não, simples e sem tempo para burnouts...

Continuo a busca por um propósito maior...

sábado, 26 de novembro de 2016

Cigarettes After Sex - Nothing's Gonna Hurt You Baby

era domingo...chovia, estava frio

Chovia de forma incessante, o som da chuva a bater na telha, algo que me em tempos me reconfortava e convidava-me a prolongar a estadia na cama teve o efeito contrário...

Saltei da cama, um impulso rápido sem pensar muito, seminu abri a cortina e espreitei a paisagem cinzenta e bucólica, um lugarejo abandonado e entregue ao ritmo de um domingo chuvoso.

Olhei para o livro que tinha ao lado da cama, uma história épica num passado longínquo, com os ingredientes base, amor, traição, amizade, sacrifício e um final quase trágico. Não me apetecia aquilo.

Precisava de sair enfrentar o cinzento, entrei no duche, mais prolongado que o habitual, o corpo a aquecer ao ritmo dos jatos de água quente, olhos fechados, a barba a pingar e a mente a divagar.

Jeans, botas, camisola de capuz e um bom casaco e lá vou eu...

Aproveitei uma brecha no temporal para caminhar entre as duas pontes. Atravessei a vila sem ver viva alma, como se fosse minha ou uma terra fantasma e dirigi-me para junto do rio.

Percorri as margens, observando a paisagem como se fosse a primeira vez, desliguei-me do passado e do futuro, toquei no cascalho, senti a frescura das águas límpidas, ali fiquei uma hora até que a chuva voltou em força.

Apetecia-me uma bebida quente, não em casa, meti-me no carro, segui para o castelo, lembrei-me de um pequeno bar com uma vista deslumbrante.

Impressionante, na rádio, numa simbiose com o dia, só passava música melancólica, sorri para mim mesmo.

Cheguei ao destino, apenas dois ou três turistas mais afoitos andavam pelo local, pedi um café longo e bem fumegante e sentei-me, apenas e só comigo mesmo...

Na verdade preciso de momentos destes, passo a semana a ver, estar, socializar, a ser um "eu" diria aprisionado...










sábado, 5 de novembro de 2016

o significado

Cada Música que coloco aqui têm uma história pessoal, um estado de espírito, um pensamento e em alguns casos um rosto.

Sempre vi a música e os livros como um escape, uma "porta" para um mundo muito próprio...

O que aparento não é aquilo que sou. O que sou não é aquilo que sonhei ser. O que serei é aquilo que me vai definir...


desejo

Tenho mesmo de ganhar "coragem" para fugir duas semanas de mochila as costas, destino Gales.

Quando chega o inverno...



Quando chega o inverno fico mais nostálgico é isso reflete-se em termos musicais...

terça-feira, 1 de novembro de 2016

o caminho...

Precisava de sair, pensar, cheirar, ver...

Ajuda a contrabalançar o excessivo peso da rotina, da responsabilidade excessiva que coloco nos meus ombros.

Essa autoflagelação é quiçá o meu maior defeito e virtude, mas precisa de equilíbrio.

E o mais importante é perceber que o "caminho" é em frente...




momentos








Alguém


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Hoje é quinta-feira

Percebi que tenho de usar o meu pouco tempo livre para pensar em outras coisas...

Fim-de-semana a chegar e Vale Mourão ...montanha, interior, rio, paz.




domingo, 23 de outubro de 2016

Amanhã regressa...

Walking Dead

Ontem, durante a noite, fiz uma mini maratona, precisava de recuperar alguns episódios em atraso...

sábado, 22 de outubro de 2016


Calvin Harris - Pray to God ft. HAIM

dia cinzento

Acordei cedo, novidade, quase sempre acordo cedo, abri a janela, chove, dia cinzento, amorfo.

Olhei-me ao espelho, cabelo em desgregado, barba de 30 dias, o branco rivaliza com o ruivo mas o brilho do olhar ainda vive, escondido, mas visível se procurar com afinco, menos mal.

Faço um café, uma torrada um pouco de leite, sento-me olho de soslaio para a tv, não me prende, prefiro música.

Música adequada ao meu estado de espirito, sempre foi assim, música que me faça reviver e pensar.

Com a idade a tendência é olhar muitas vezes mais para o passado e menos para o futuro. Viver o passado.

Vivo para encontrar o equilíbrio em não esquecer o que fui, o que vivi, o que aprendi,o que sou hoje, o que quero ser amanhã e sobretudo o que poderia ser...

Não é nada fácil é um percurso de altos e baixos. Mas resiliência é o mote.

Acho que preciso de encontrar um projeto, algo que me faça sentir menos mecanizado, que me permita ser eu.

Estes primeiros dias de cariz invernal convidam à reflexão, para os que passam por aqui, pensem, vivam e façam muitas loucuras saudáveis, a vida é o momento.




sexta-feira, 21 de outubro de 2016

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

curtas

Pedro Dias... Prova viva da falta de preparação das forças policiais. Só servem para a caça à multa.

Modelo económico português, caminho para o abismo. Não existem politicos com coragem para as reformas vitais que levem ao saneamento das contas públicas. Quando o BCE fechar a torneira...

Sempre olhei com desconfiança para empresas que atuam em dissonância com o mercado "real". Diz a história que...estouram.

estou nas últimas, adele!!!


o sentido da vida no mundo ocidental

Pago o jantar se definirem com critério...

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

arroz malandro de lagostins do rio


Tenho de "descobrir" qual é o próximo sábado onde o restaurante Vale Mourão apresenta a iguaria em questão...

A paisagem, a iguaria e um bom branco...Vale todos os km:)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

5 de Outubro

Saí do Hospital taciturno.

As melhoras são reduzidas, o desespero do confinamento a uma cama retira discernimento.

Ontem uma pessoa cheia de força e vida, hoje prostrada e baralhada.

A efemeridade da vida faz-me pensar em dezenas de decisões erradas, em momentos que não aproveitei, em situações em que não dei o que deveria dar de mim.

Amem..vivam...hoje...


amor é...



domingo, 25 de setembro de 2016

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Barbarians rising

Ontem usei toda a potencialidade do comando da televisão  para ver através das gravações automáticas o primeiro episódio da série Barbarians rising (canal História).

Cartago vs Roma, Aníbal vs Cipião.

Interessante o gênio militar de Aníbal, fantástica a resiliência de Roma e sua capacidade de aprender com as derrotas e com a tática do inimigo.

Liderar...

sábado, 17 de setembro de 2016

O caminho errado...

O sucesso de qualquer projeto, seja ele uma relação amorosa, um negócio local ou a gestão de uma Empresa de grande dimensão, assenta em caraterísticas básicas, que depois se estendem rem ramificações de caráter específico para cada situação.

1- Informação / dialogo construtivo
2- Respeito
3- Justiça
4- Capacidade de entender cada "momento"
5- Adaptação
6- Equidade
7- Perceção do "nós" em detrimento do "eu"

Estes são fatores diferenciadores, numa relação interpessoal que se prolongue no tempo, num projeto de vida, num projeto profissional ou no sucesso de um grupo empresarial.

Em Portugal ainda padece da cultura do clientelismo, das famílias, do cacique, do "jogo de influências", tal ocorre nos diversos setores da nossa seriedade e causa um "tremor de terra" que afeta as fundações mais sólidas de qualquer Instituição.

O nosso País, com exceções honrosas, ainda vive na Idade Média das relações interpessoais e laborais.

A cultura do capataz.

Não sou um Marxista, nem sou propriamente de convicções políticas definidas, sou antes uma individuo com consciência.

O bem mais precioso de qualquer Instituição é os seus recursos humanos e a forma como estes são geridos em Portugal assenta numa visão primitiva do sistema de castas.


Assim, o futuro é demasiado sombrio, vive de alguns, quando deveria viver do esforço de todos...






Turn back


Provoca-me mal estar a sensação de que ao longo de trinta e seis anos de vida tomei muitas das vezes a decisão errada.

Precipitado, impulsivo em alguns casos, medroso ou até cobarde noutros. 

Poderia enumerar diversos exemplos, profissionais, sociais...

Apenas o paliativo de a maioria dessas decisões serem pessoais e o único prejudicado ou "arrependido" ser eu.

Ao contrário do que acontece na fantasia, de que tanto gosto, a vida é uma inexorável contagem descrente. 

Presumo que nunca é tarde para mudar alguma coisa, presumo que provavelmente serei sempre um inadaptado, que vive em dois mundos assimetricos, presumo que não sei...

Bom fim de semana.

domingo, 11 de setembro de 2016

500 anos depois



Lisboa, Novembro de 2022.

Acordei num impulso repentino, demasiado repentino, suspirei, limpei ao de leve o suor que corria no meu rosto e olhei para o telemóvel.

Eram 3h da manhã, sabia por experiência própria que não iria voltar a adormecer.

Pensei, mais um dia em  que iria trabalhar com uma expressão sombria, tanto faz, a maioria dos meus colegas dorme e a expressão deles é normalmente funesta.

Fui à cozinha e enquanto ligava a máquina para fazer o café abri a  janela, estava um vento frio que fazia um sussurro sombrio ao agitar as árvores do pacato bairro de Campo de Ourique.

Dois miudos alcoolizados seguiam junto ao passeio, cantavam, não sei bem o que, fiz uma nota mental, com 38 anos estava completamente desatualizado.

Café a fumegar, mente a fervilhar, mais uma vez o mesmo sonho, o mesmo rosto meio desfocado.

Fazia mais de dois anos, após uma separação e ter passado a viver sozinho, que recorrentemente acordava agitado, num estado díficil de explicar, angústia, curiosidade e sobretudo inconclusivo.

Tudo começou com uma imagem de mim mais jovem, doente, gravemente doente, numa cama. Com o passar do tempo e algum esforço de memória comecei a descobrir mais, mas nunca conseguindo discernir o tempo e espaço, apenas um rosto.

Um rosto jovem, carregado de dor, morena, olhos claros, cabelo liso, um quarto humilde de paredes de barro, o barulho de água, seria um rio?

Bebia o café e divagava tentando descobrir o mistério, o vento fazia o seu trabalho dando à noite um papel sinistro ao qual me habituava.

Ter uma namorada no meu estado atual era um desperdicio, ao final de duas semanas provavelmente ela acharia que era simplesmente um louco.

Contar aos amigos, talvez, não sabia se me iriam compreender, provavelmente achariam que era fruto de demasiada leitura e pouco sexo. Será?

Na verdade precisava de desabafar, de falar com alguém de exprimir o que me inundava a alma, o que não me permitia avançar, estava numa encruzilhada. E logo eu, aquele tipo de pessoa que sempre se intitulou ateu, racional, que só acreditava no que os meus olhos viam.

Duvido, apesar de ser só um sonho parece-me tudo demasiado real, era instintivo, irracional, fugia à lógica. 
Deitei-me no sofá, liguei o leitor de mp3, que por mera coincidência começou com os M83, «In the night, you hear me calling...».

Porra maldito Universo e fechei os olhos tentando não pensar em mais nada.

Algum tempo depois já estava a caminho do duche, mentalmente a preparar-me para mais um dia de pura emoção estática no escritório.

Após um retemperador duche, acabei a picar o meu dedo para medir o meu indice de glicose no sangue.

Sim, sou um vulgo doente crónico, desde os 18 anos que me foi diagnosticada diabetes tipo 1.

Quase morri, sobrevivi e agora é meramente uma rotina, uma medição de glicose aqui e acóla e uma injeção de insulina antes das refeições.

O tratamento da doença tinha progredido imenso nos últimos vinte anos. No passado teria morrido aos dezoito...

Mas deixemos a diabetes, pequeno-almoço a correr, carro, deslocação, trânsito, pessoas zangadas, Lisboa no seu melhor.

Recordo-me era um daqueles dias frios, estacionei perto do Saldanha e segui a pé para o escritório num enorme edifício de dez pisos, espelhado, que concentrava advogados, corretores, instituições financeiras, a nata.

A «nata» que pensando para mim mesmo tinha quase destruído um país com centenas e centenas de anos de história.

Bebi mais um café num pequeno quiosque de rua, o dono, um idoso de nome Jorge era de uma simpatia extrema, perguntava-me constantemente, «Então não mete açúcar no café?».

Entrei no prédio, cumprimentei o segurança disse bom dia a alguns conhecidos e enquanto subia ao oitavo piso no elevador pensei, do que eu preciso é de férias.

Férias, para sair de Lisboa, para tentar dormir, para desabafar e se calhar procurar algumas respostas.

Já tinha pensado na psicanálise. Mas era tão cético a tudo que teria de estar mesmo desesperado para arriscar.



sábado, 27 de agosto de 2016

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ah e esqueci-me

infelizmente às vezes "papo grupos" ;)

Mais um dia

" ...és inteligente mas não és o mais inteligente, és simpático, mas não és o mais simpático, mas és um lutador. Nunca baixas os braços, nunca te metes em "bicos de pés", mesmo na derrota não te deixas afundar e sobretudo tu nunca nunca desistes."

É verdade, aprendo sempre em qualquer contexto com a opinião dos outros...

Sempre a lutar, cair, levantar e aprender. Por isso transpiro muito.

É quase de férias...

domingo, 21 de agosto de 2016


um amigo...

Tenho um amigo que diz ter descoberto o amor. Apesar de incorrespondido ele não deixa de pensar nela de uma forma, segundo ele "quase sufocante"

O amor é um sentimento esquizofrénico. Sonhamos em ter a pessoa e muitas vezes quando se chega a ela criamos barreiras para a perder...

Nem falo da banalização do conceito mas reconheço que amar é sentir que estamos mesmo vivos...que o mundo não é o vazio que nos impingem diariamente.

Bom domingo

sábado, 20 de agosto de 2016

oculto...

Racionalmente sou cético...nos últimos tempos...algumas coisas fazem pensar...

Na verdade sozinhos podemos aspirar ganhar algumas batalhas, nunca a guerra.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Ou isto!


No fundo é isso


paliativo

Quando estás rodeado de gente e ao mesmo tempo só, quando te vês é apenas reconheces a sombra do que eras...

Quando sentes necessidade de mandar tudo a merda e engoles a seco, quando tentas ser perfeccionista e ninguém liga puto, quando ouves dezenas de disparates por dia e tens de abanar a tromba...

Simplesmente sou um mau ator, a vida deveria ser o meu filme e não é...culpa própria? Claro que si...sou bipolar.

Forte em muitos aspetos, cobarde em alguns...

No fundo tenho medo de mim, de me descobrir de deitar cá para fora tudo o que queria ser...mil ideias...algumas certezas, muita insegurança.

Já sobrevi a purgas adolescentes, paixões falhadas, mal estar físico, um curso de taxa de emprego 0, saltitei de trabalho em trabalho à procura de melhor, ouvi muitos "nãos", lutei por uma carreira contra tantos obstáculos...

Caio, levanto-me e mesmo assim...

Será que nunca vou aprender a acreditar em mim? Olho para o céu e não sei responder.




sábado, 23 de julho de 2016

Fim‑de‑semana

Saio do trabalho, 19 horas, sigo para casa, buuum!!!

Uma doida não para num cruzamento e abalroa o meu carro...

Hospital, urgências, dor forte nas costas, pescoço e omoplata...

Sou um homem de sorte...

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sensações

Querer "saborear" o que já não posso...

Sonhar acordado com momentos...

A natureza é implacável, todos os dias "morremos" um pouco, sobram as memórias, mas até quando?

É um exercício olharmos para o dia espelho, sem tiques de narcisismo, olhar para os nossos olhos e ver o que somos, o que desejaríamos ser e na realidade no que nos estamos a tornar.

Amanhã sigo para o campo, sozinho, aguardo ansiosamente os livros novos...

Bom fim-de-semana.

domingo, 17 de julho de 2016

http://observador.pt/especiais/terrorismo-e-especulacao-a-historia-e-um-circulo/


De volta





Calor, amigos, livros, praia, jantaradas, família...uma semana com todos os condimentos para descontrair...Mentira, dúzias de chamadas condiciona qualquer um...

O que poderia ser o "recarregar da bateria" torna-se o inverso...

sábado, 9 de julho de 2016

Flashback

A memória é algo que me fascina. A minha nunca puxou por mim para números de telefone, contas, contribuintes mas sim para imagens, situações, diria uma memória cinematográfica.

Juntando esse condimento ao tipo que pensa demasiado....

Quando estás em alta, é maravilhoso, delicias-te horas a fio a pensar e a reviver aquele beijo, aquele, toque, aquela palavra, o abraço do amigo, o carinho da mãe, o amor daqueles que se preocupam contigo, até uma pequena vitória no jogo de basket com os amigos ou uma piada mais atrevida.

Quando estás mais em baixo é pior, torna-se "triturador"...

Vou de férias, uma semana de praia, para acalmar a memória e tentar recarregar as baterias de um ano tão exigente a vários níveis.

Tenho aprendido imenso em 2016, coisas boas más, a nível profissional e pessoal muito mudou...

Mas isso daria um texto bem grande e agora tenho de fazer as malas...

Pode ser que durante as férias arranje um tempinho para vir aqui.




domingo, 3 de julho de 2016

crónica de um domingo quente...

Banhei-me no frio Zêzere, corri pelo fresquinho da manhã, puxei por mim, pensei em coisas boas...

Li, aventurei-me pela Britânia e pela Pérsia, embrenhei-me na história, viajei no tempo...

Dormi a sesta, acordei mal disposto, rezingão, mas passa sempre rápido.

Bebi um bom vinho, fiquei mais "solto", sentei-me no terraço a ver as estrelas e saborear uma suave brisa quente que temperava a noite...

Tudo isto são momentos e o que é a vida senão momentos...

Podia contar muito mais, fica para uma próxima.

ROBIN SCHULZ & RICHARD JUDGE – SHOW ME LOVE (OFFICIAL VIDEO)





grande música, grande vídeo...



Uns desistem, outros lutam, uns sobrevivem, outros sonham, uns definham, outros reinventam-se...


É a "beleza" da vida!








domingo, 26 de junho de 2016

Domingo...


Ontem dia de festa...14 horas de diversão, muita música, bebida e humor.

Noite mal dormida, graças a seis cafés e é um conjunto de interessante de bebidas.

Hoje fui correr...e acabei a dormir a sesta.

Amanhã volta tudo à realidade,  fim‑de‑semana versão " home  alone ", percebi na essência o sentido de muita coisa...

Não abdiques das coisas que te dão prazer, não deixes para segundo plano quem te quer bem, equilibra carreira com vida pessoal.

O cemitério está cheio de imprescindíveis, a vida só se vive uma vez.

PS - farto de 24h dia Europeu...a terra é redonda mas o mundo não é só bola!



quarta-feira, 22 de junho de 2016

segunda-feira, 20 de junho de 2016

sábado, 18 de junho de 2016

Heroes - Scala and Kolacny Brothers





A frieza molda-nos...

o fim de uma era...

Nasci em 1980, vivi 36 anos a pensar que seria mais feliz se tentasse de certo modo agradar a todos.

 Preocupar-me com tudo o que me rodeia e muitas vezes catalisar todas as "dores" do que gravitavam nas imediações nas minhas costas.

Errado, perdi provavelmente metade da minha vida a pensar errado.

Fui usado, manipulado, induzido, subtilmente em alguns casos, inconscientemente noutros e mais grave em alguns foi pura manipulação.

Ingenuidade, personalidade, feitio, coração mole, fraqueza, tudo serve para me catalogar e tudo é verdade, mas basta...

Basta, deixei de acreditar em grande parte do que me rodeia, em algumas crenças, sentimentos, formas de pensar.

Sinto as palavras como uma libertação de um fardo, um fardo que pesava demasiado em mim.

Ausência, esquecimento, indiferença, frieza, pragmatismo, seja na vida pessoal seja na profissional.

2016 tem sido um ano terrível, cheio de descobertas, até digo mais não descobri nada...os sinais eram claros...mas ainda acreditava nas pessoas...

O mundo não é dos crédulos, dos sonhadores, daqueles que não guardam rancor, que se preocupam...

Desabafava numa destas noites, quanto mais queremos, mais nos preocupamos, mais tentamos ser justos e corretos mais as pessoas espezinham.

Continuarei a ser um desalinhado, mais frio e orgulhoso...o mundo dos cavaleiros acabou faz  600 anos...












segunda-feira, 13 de junho de 2016

in the night....

You hear me calling...

Penha Garcia Castle and Dam aerial view


a "insignificância" da nossa passagem pelo planeta que batizamos como Terra



Os meus críticos diriam lá vem o tipo negativo, o tipo chato.

Sim, sou eu, mas hoje não se trata de falar de mim nem dos milhões de refugiados e vitimas de guerra, maltratos e miséria que habitam o nosso planeta.

No fundo é ridículo falar de mim quando o mundo atravessa uma das maiores crises de valores de todos os tempos. Por mais que leia, que estude nunca compreendi a "civilização.

Mas nada de dispersar como é apanágio, mas sou assim, como evitar.

Hoje vou falar de algo que me faz refletir desde novo, a "insignificância" da nossa passagem pelo planeta que batizamos como Terra...

Quem um dia irá contar a minha "história"? Quem irá recordar os meus momentos embaraçosos? Os meus primeiros passos? O meu primeiro "cesto" no Basket? O meu primeiro beijo? O meu primeiro amor?  O último amor? As noites em que me entreguei? Os dias em que me afastei? O meu sorriso, as minhas lagrimas, o meu discurso desconexo...

Ao fim de algum tempo, ninguém...

Ontem final do dia, no campo, os barulhos da natureza, canto dos pássaros, vento, riso de crianças nas proximidades a brincar, adultos a conversar sobre assuntos mundanos.

 Eu estava a quinze metros sentando num lado de uma cama, janela meio fechada, abafando os raios de luz ainda fortes, mas deixando entrar os sinais da azafama exterior.

Do outro lado da cama um homem moribundo, no limiar do fim da vida, sem forças para falar sem forças quase mexer os braços debilitados.

Mas o olhar, cada vez que fitava aqueles olhos expressivos a observar-me, sentia-me impotente, minúsculo...era o mesmo olhar...o mesmo carinho e admiração.

Tantas recordações, tantas aventuras que vão acabar por "morrer"...

Sei que a maioria não quer saber dos nossos passeios, das idas ao ZOO, de percorrermos Lisboa toda a pé, de calcorrearmos Azeitão inteiro na companhia dos nossos cães para observar aves, das nossas conversas sobre história, politica e vida.

Do teu ar austero mas ao mesmo tempo bondoso, dos valores que me passaste.

De Penha Garcia, de Castelo Branco, do Vale Feitoso, das corujas, mochos, corvos e da minha insana loucura por animais...

Apesar de ser uma luta inglória, vou combater a "insignificância" da nossa passagem...pois uma parte do que sou devo-te a ti.





quarta-feira, 8 de junho de 2016

terça-feira, 7 de junho de 2016

da noite


o estúpido sentido do dever...

Sempre me fez perder...

Férias estragadas...Sou um daqueles velhos em extinção, refilo, resmungo mas, mas o dever está sempre em primeiro...

Na realidade, deixando a esfera profissional, sempre que fui irreverente..."espatifei-me"


segunda-feira, 6 de junho de 2016

eu o céu e talvez tu...


É possível não sabermos o que somos?

É possível "sufocar" por não dizer aquilo que se sente?

É possível viver num estado condicionado?

Serei o  "herói" de alguém? Não sei...talvez não.

Desde novo senti que iria encontrar uma razão. Sonhava acordado, olhava noites a fio o céu...chorava, sonhava, ouvia, relia....

Mas razão, o sentido, tudo desaparece como uma insana ilusão.

Terei capacidade para voltar a sonhar pela noite dentro, observando o céu...

mais uma semana

Com alguns planos para fugir ao marasmo da rotina...

terça-feira, 31 de maio de 2016

Band Of Horses - The Funeral (2006)





Hoje nem eu me consigo aturar...=)



Boa noite a todos...sonhem muito, amem muito...

Oblivion || Multifandom


Eivør - Morning Song (Official Audio)







apesar de ser Morning Song eu gosto de ouvir no crepúsculo, olhos fechados, num sussurro...



Todas as histórias ....as boas

Em todas as histórias, aquelas que lemos, vemos ou vivemos, o amor é feito de encontros e desencontros.

O amor e a fatalidade andam de braços dados. Nada é fácil, o universo conspira contra duas almas que apenas nutrem de um sentimento sublime e arrebatador.

Muitas vezes para minorar o sofrimento, guardam para si o que sentem, o poder maléfico do universo cria anticorpos, para que dizer, para que sentir...ignorar, omitir, viver como se aquilo fosse um sonho de uma noite de verão...

Eu sempre fui mais de encarnar num sofrimento lúcido...

Tanto disparate...:)


domingo, 29 de maio de 2016

Do dia...


Considerações

Fui para um retiro solitário ...campo, rio e um sábado cheio de chuva...

Querem estudar em colégios privados? ...paguem...eu andei no ensino público e sobrevivi.

 A história dos colégios privados é só mais uma nojice e teia de interesses económicos.

Apesar de ser semana de rock in rio, um festival humanitário, ajuda uma singela família brasileira de nome Medina, o foco deveria  encontra-se no drama no Mediterrâneo.

Passou mais de um ano e a "união" Europeia e o seu aliado EUA não encontram solução para a crise que eles próprios criaram no Médio Oriente...

No Brasil trinta animais violaram uma miúda e meteram na internet...vale a pena comentar?

 Um país onde a cada onze minutos violam uma mulher...se eu tivesse um "irmão" assim...

A ministra dos negócios estrangeiros da Suécia  foi a Angola...mas não teve tempo para falar de direitos civis, democracia, pluralidade e corrupção.

Quando um país como a Suécia vai a Angola vender "móveis"  e negoceia com um regime como o angolano chego à conclusão definitiva que tudo é dinheiro e só dinheiro...

Venha mais uma semana...





158 visualizações??? ...uau

terça-feira, 17 de maio de 2016

me myself and I...

let's chill...

Alguma privacidade e isolamento, depois de doze horas diárias num gabinete com gente a entrar  e sair mas no intimo sempre só...

O que me apetece fazer? ...Podia dizer mas não quero transformar o blog num site xxx...

Vamos a versão adulta e madura....

Jantar, ler um livro, ouvir música, pensar no trabalho, oh fdx...chega de trabalho!

Bem ao que eu cheguei...preciso de um choque urgente...

I lost that fire in my soul...

domingo, 15 de maio de 2016

O "peso" da solidão


Bebo mais um copo, só pelo gesto compulsivo de afastar algumas imagens.

Feridas abertas que não saram, fogo que queima mesmo em noites frias, uma inércia que mata lentamente...

Falta qualquer coisa, as vitórias sabem a nada, os bons momentos passam a velocidade da luz deixando apenas espaço para a dúvida, para questões que nunca terão resposta...

Tenho uma semana comigo mesmo para tentar redescobrir...

sábado, 14 de maio de 2016

vergonha....

Portugal é um hino à corrupção...

Mania essa de as pessoas não viverem do que produzem...

Podridão total...agora na viciação de resultados da 2 Liga Futebol.

O dinheiro não pode ser tudo...

sábado, 7 de maio de 2016

o "errado" é bom...

cada vez mais me convenço disso...e no fundo o bom nada tem de errado.

Rihanna - Kiss It Better (Explicit)







Chove copiosamente, o céu tinge-se de um cinzento escuro e o vento liberta toda a sua fúria...



Ouve a música, fecha os teus olhos, imagina um beijo prolongado nos lábios que desejas.



No canto mais recôndito da tua mente saboreia o beijo, o calor, a intensidade, o desejo,  recorda o seu rosto...

sexta-feira, 6 de maio de 2016

do dia


36

É um número como os outros. Pronto eu sei a idade não perdoa.

Não será às 7H30 que vou fazer um balanço.

Apenas duas frases.

No meu coração continuo a ser aquele rapazinho cheio de sonhos, ideias, amante de livros e da história.

Vivi entre os 35 e os 36 emoções que mesmo que sobreviva mais 36 tenho certeza que dificilmente irei repetir...


segunda-feira, 25 de abril de 2016

sábado, 16 de abril de 2016

Música do dia




Ontem fui ver o Risen ao cinema, difícil, foge à esfera do comercial, só tinha a opção Setúbal ou Alfragide.

Optei por Setúbal, cidade que aprecio...

Bom filme, um retrato de época muito bem conseguido.

Não sendo religioso, custa-me perceber como uma religião fundada na base do amor pelo próximo conseguiu ao longo dos séculos desviar-se  desse propósito tão nobre...

sábado, 9 de abril de 2016

novo amigo...


Ecos...



Quando dás por ti a ouvir os teus amigos falar de assuntos mundanos e a tua mente foge...

Quando dás por ti a pensar que és "prisioneiro" do teu corpo...

Quando dás por ti a imaginar que tudo seria diferente...

Quando dás por ti a querer que pensasses menos....

Quando dás por ti a ver e imaginar coisas que não vão acontecer...

Quando dás por ti e não sabes o que és...




quarta-feira, 6 de abril de 2016

Alan Walker - Faded









Os papéis do Panamá, os últimos casos de corrupção em Portugal, os meus dias surreais...nada interessa quando oiço...

sábado, 2 de abril de 2016

probabilidades

Qual a probabilidade de seguires numa estrada vazia e sair um carro de um cruzamento e enfiar-se na tua traseira.

Pior é a desculpa da senhora..."ia a olhar para trás" ....


Fucked...:(

loucura

Quando o mundo à tua volta entra numa espiral de loucura como deves reagir?

Agora percebo aqueles que viveram sobre o jugo do Nero, Caligula, entre outros...

Entramos na espiral de loucura ou fingimos e guardamos a nossa lucidez...escondida a aguardar uma oportunidade...


Fucked...

sábado, 26 de março de 2016

crónica do naufrágio...

Aproveito que chove copiosamente.

Um manto de neblina cobre a paisagem, não consigo ver o rio que segue o seu curso, apenas oiço.

As ruas enfeitadas com flores de papel tingido sofrem com a humidade e queda de água.

Parecem o rosto maquilhado de uma mulher após uma noite intensa de amor.

Não deixa de ser belo, numa escala dramática.

 Para mim o belo sem a magia do drama, da capacidade de nos surpreendermos, da impulsividade, do fazer depois pensar e enfrentar as consequências, não existe é mero exercício racional.

Não gosto,  influenciado pela literatura, personalidade, sonhos, sinto  que o universo, para quem é perspicaz, irá criar a conjunção para que o curso da vida seja vivida assim.

Embora não deixe de ser contraditório, quando sinto que tento viver da forma como descrevi e sinto que no universo que me rodeia não existe essa empatia, a mesma  vontade de arriscar de viver, torno-me automaticamente racional, raramente retrocedo.

Aos trinta e poucos comecei a registar as minhas memórias, o que vi pelos meus olhos, o que senti em determinados momentos contextos ao longo da minha vida.

Acho que gostava de desligar metade do meu cérebro, demasiado frenético, confuso, contraditório...

É estranho, um mau feeling? Quiçá...adiante que é um problema meu =)

Tenho aproveitado para aumentar o índice de leitura, afetado por mudanças intensas a nível profissional.

Tenho-me dedicado à fantasia, ao romance histórico (de longe o meu favorito) e a história das secretas dos EUA (aqui funciona a formação académica)...

Correr tornou-se um sacrifício que tenho aguentado com uma dor demasiado penosa no meu joelho direito.

Hoje, acendo a lareira,  o candeeiro de leitura, puxo do cadeirão de madeira, aproximo da janela coberta de gotas da chuva que cai sem cessar e ...











quinta-feira, 24 de março de 2016

no filter...


um conto a aventura continua...

...

Entrei no aeroporto de Lisboa, respirei fundo, olhei para trás, tinha de partir. Sou impulsivo, podia viver mais mil anos que para o bem ou o mal seria assim.

Levava comigo duas malas, uma cheia de roupa e a outra de livros. Fiz o check in, sorri para hospedeira de terra, ela retribuiu, afinal estou vivo.

Sentei-me num dos cafés do aeroporto, pedi um café longo, olhei para o telemóvel, nada, melhor assim.

Tinha de fazer tempo até ao embarque, folhei o jornal, observei as pessoas que gravitavam naquela zona.

Foquei-me num casal jovem, apaixonado, ambos sorriam e trocavam prolongados beijos. Dei por mim a sorrir, era isso o que eu queria da vida, sorrir constantemente.

Acordei do meu "sonho" com uma voz feminina, falava português com sotaque.

- Olá, as mesas estão todas ocupadas, posso sentar-me? - pelo sotaque era inglesa.

- Claro que pode, faça favor - respondi usando o meu formalismo pouco sexy.

- Obrigado sou a Heather, desculpa o meu mau português - usou um sorriso genuíno.

Ela era jovem, na casa dos trinta, loira, pele clara, olhos  esverdeados, elegante, mas foi no sorriso que me concentrei.

- Hi Heather - sorri também - Sou o João ou se preferires John.

- John João ehehehe - disse a rir.

- Pode ser, vais para onde? - concentrei-me  nos pormenores, usava uns jeans rasgados no joelho, uns ténis da moda e uma camisa de ganga clara.

- Estas a olhar para mim João ?  - apanhado pensei eu - Não nada disso estava apenas a reparar que tinhas uma camisa muito bonita - retorqui num tom jovial

Ambos rimos, fazia tempo que não me sentia assim leve, sem fantasmas, duas pessoas só...

- Vou para Londres, estive em trabalho em Lisboa, agora regresso e tu?

- Vou viver para o País de Gales, aceitei uma proposta de trabalho, vou trabalhar para uma financeira.

- Nice, ops, que bom e queres ser meu amigo John? - Claro que sim, a minha primeira amiga inglesa.

O mundo é um mar de coincidências, embarcamos no mesmo voo, lugares diferentes mas com poder de persuasão conseguimos trocar lugares e ficar juntos.

Senti-me bem, a conversa fluía, foram três horas onde falámos de história, de nós, do mundo, de expetativas.

Falámos de comida, de música, de viagens, ficou prometido um passeio pelo Alentejo, uma ida a Almourol, um cruzeiro no Douro, uma ida Cornualha, a muralha de Adriano, falamos de tudo e de nada.

Chegámos a Londres, eu tinha o tempo cronometrado para apanhar o comboio para Cardif, trocamos números de telefone e moradas.

- Adeus Heather, vou ter saudades - Saudades? what? - disse ela a rir e agarrou-me o meu corpo envolvendo-me num abraço forte, intenso e beijou ao leve os meus lábios, demasiado leve.

- Miss you João - partiu fiquei um minuto parado, suou a uma eternidade.

Segui para a estação pensativo, tinha-me esquecido de ligar a dizer que estava bem, olhei para o visor do telemóvel.

"Se voltasses atrás no tempo tentavas mudar algo? Eu sim... beijo"

Irónico, demasiado tarde, demasiado sofrimento, quando abri o meu coração, expus-me ao limite das minhas forças, fui rejeitado.

"Tu escolheste o presente...beijo se feliz"

Suspirei tinha um comboio para apanhar, uma vida nova a começar, o sorriso da Heather, meti os phones e ouvi...





“Bebi” tudo o que estava no horizonte do trajeto do comboio. A paisagem que desde muito sonhava observar, tinha tanto para ver, os meus heróis de juventude todos eles tinham pisado, amado, sofrido naquele solo.

Planos não faltavam para ocupar o meu tempo livre, sentia-me livre, um adolescente trintão a viver uma segunda vida. Os rios, os campos, as ruínas, os livros de Bernard Cornwell e Simon Scarrow.

E a Heather, pensava nela, mas na verdade eu precisava de respirar, não de me voltar a sufocar na teia da paixão.

Na verdade estava carente, mas lúcido, aprendemos sempre com o que sofremos no passado e a Inês tinha-me magoado.

Pensei friamente, iria divertir-me, sexo, brincadeira, algo leve. Provavelmente era o que ela queria, amor a primeira vista, acreditei, senti, mas já não mais para esse peditório.

A minha boca tinha saudades de beijar, de calor. Não sou perfeito, precisava de ser desejado.

Liguei para um amigo.

- Então bofia maluco, tudo bem? – do outro lado responde-me uma voz rouca.

- Então miúdo, estas a gostar disso? As gajas? – não pude deixar de sorrir, teria de aprender a ser como ele, para bem da minha sanidade mental.

- Por acaso conheci uma, chama-se Heather, uma loira inglesa, gira e simpática.

- Sacaste o número? – disse de forma quase a soar a repreensão se a resposta fosse negativa.

- Ando a aprender umas merdas contigo, sim saquei, acho que podemos ser bons amigos – Amigos? Bah não sejas urso, ainda agora aterraste, tens um vasto mercado para explorar.

- Eheheh, tens razão, tens razão – ele no fundo tinha razão e eu estava decidido a ser um cabrão frio.

- Daqui a um mês vou ter férias, vou ver-te, vê se conheces umas malucas para me apresentares, agora vou ter de ir trabalhar, abraço.

- Abraço pá, vou dando notícias do fantástico País de Gales.

Custa sempre despedir do nosso melhor amigo, mas sozinhos que encontramos o nosso rumo e equilíbrio, sem medos de falhar, na verdade pior também não podia ficar.

Estava a meia hora do destino quando recebi outra mensagem;

“ só tens isso para me dizer?”

Mas o que ela quer? Deixar-me maluco? Não, não podia deixar isso acontecer, abri o meu coração em Lisboa, fiz 300km até as origens dela para apelar ao coração, ao sentimento.

Ela foi racional, optou pelo marido, fez de mim a última escolha, o dispensável indispensável, no meu orgulho isso era impossível.

E agora diz-me isto, respondi;

“Já te disse muita coisa no passado, optaste, escolheste outro…”

Não lhe quis dar o “prazer” de saber que quando me deitava a minha cabeça ficava a pensar nela sem fim mesmo apesar da frieza que demonstrou em tantos momentos.

Esquece, esquece João, vida nova.

“Hi João eu penso em ti…”


Olha a Heather lembrou-se de mim.






venha a festa


quarta-feira, 23 de março de 2016

Lykke Li - I Follow Rivers (The Magician Remix)







Mala feita, livros, material de treino, portátil, muita música...



5 dias, muitas ideias....

cantar no carro...

Atualmente faço mais de 100km todos os dias ...

Música e os pensamentos são o hobbie...

Dou por mim a cantar;
 
"Staring at two different views on your window ledge
Coffee has gone cold, it's like time froze
There you go wishing, floating down our wishing well
It's like I'm always causing problems, causing hell
I didn't mean to put you through this, I can tell
We're gonna sweep this under the carpet

I hope that I can turn back the time
To make it all alright, all alright for us
I'll promise to build a new world for us two
With you in the middle..."
 
 
 
 
bah...se a vida fosse uma música =)))

voltei...

Partilhei à meia luz mais do que alguma vez sonhei.

Vivi aventuras, pesadelos, angustias, fantasias, loucuras, torturas, o paraíso, guerra, envelheci, cresci, falhei, acertei, meditei, disparatei...

E achei que foi um erro dizer "FIM"....

Mike Posner - I Took A Pill In Ibiza (Seeb Remix) (Explicit)


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

FIM

O blog termina com a transcrição do primeiro post em 2010 e com uma das primeiras músicas que coloquei.

"Aproveitando o início da noite, fonte de inspiração nocturna, abro este espaço ao mundo...

Vou desabafar, expressar a minha opinião e quiçá se a coragem e a imaginação ajudar partilhar um pouco do meu mundo."




FIM

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


Quase nas 20.000


É um número bonito, aqui disse coisas que normalmente não diria a ninguém, refleti, ri e até chorei.

Com as 20.000 o ciclo fecha, foram muitos anos, muitas mutações, coisas boas e coisas más.

Vou guardar parte dos textos, nunca sabemos o dia de amanhã...

Ontem eram 2H da manhã, estava no hospital com a minha mãe, chateado preocupado.

Ao regressar a casa, olhei-me ao espelho  pensei, neste momento nem tempo para mim tenho quanto mais para blogs...

Fica uma caneta e um papel para aqueles dias especiais...

Felicidades a todos os leitores e leitoras.

Os que me conhecem, andamos por aí, o mundo é pequeno =)





descubra as diferenças...



quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

pensamentos de mais uma noite

Passei de trajetos diários de quinze minutos para uma hora e meia dentro do carro sozinho.

Apesar do cansaço físico e mental da minha atualidade aliada a uma estranha resiliência e capacidade de me auto desafiar e procurar todos os dias melhorar um pouco, aproveito as viagens para refletir.

Normalmente na manhã os pensamentos são mais intensos, soam a luta, mudança, vontade de...

No regresso, normalmente sempre acompanhado pela escuridão do anoitecer tardio o mote muda.

Estou mais melancólico, um barco perdido no oceano à procura de um porto de abrigo....

É assim passam as horas, os dias, os anos, adorava pensar um terço do que penso, ser mais básico em tudo...ser menos André ...tudo seria mais ligeiro, tudo seria mais fácil.

Mas não sou assim...mas cansa ser como sou...

Mas não me vou descrever, fica para outro dia..

Recordo com carinho algumas noites que vivi, todas diferentes, todas especiais e todas iguais num denominador...o sentimento.


domingo, 24 de janeiro de 2016

Portugal dos pequeninos

Um país que nada faz para mudar que se afunda em clientelismo, favores, corrupção, onde tudo se sabe e nada se faz.

Seja no estado, seja no privado  prolifera a mentalidade mesquinha e egoísta.

O português no geral parou no século XVI, fala, fala e nada faz.

Hoje foi mais uma prova da fraqueza de uma nação, mais um homem do sistema no poder...

Feliz de mim por não ser mais um "Carneiro" nesta nação de comentadores de café.


Vou ver um filme...

música da tarde


ando numa de revisitar locais onde "vivi" ...estranho




soalheiro

Que dia, sol, 20 graus...toca a passar o dia fora de casa.

Manhã no parque, tarde na praia.

Hoje é dia de viver os momentos...

Parte 4

 - É uma pessoa que conheci faz muitos anos, chegámos a trabalhar na mesma empresa - e acrescentou na tentativa de que a conversa acabasse a...