sábado, 3 de dezembro de 2016

No sentido figurado...vamos brincar com a história

Um império com diversas legiões.

 Uma legião  composta por um legado, tribunos superiores e tribunos adjuntos , com diversas coortes.

Cada coorte era composta por diversas centúrias lideradas por um centurião e um ajudante, optio,  a liderar cerca de sessenta legionários.

Ok, antes que desistam de ler, vamos apimentar.

O centurião sobe das fileiras, mérito, capacidade de sobrevivência e liderança na linha da frente, obediência cega à cadeia de comando.

O legado e tribunos são nomeados, círculos de influências, famílias, política e muitos jogos de bastidores.

Dizia a estatística que em dez apenas um ou dois reuniam competência para a função.

No geral a máquina sobrevivia na sua essência pela capacidade singular daqueles que atingiam o centurionato.

Um centurião parou e pensou, arriscava tudo, estava na linha da frente lutando e motivando os homens a resistir a inimigos e às contingências de uma vida dura.

Pensou que para chegar a onde chegou lutou anos a fio, obedecendo a idiotas que o colocaram vezes sem conta em perigo e num  constante turbilhão de desgaste físico e mental.

Este centurião tenha um defeito, pensava e questionava.

Questionava interiormente as ordens recebidas sem sentido, os luxos dos superiores que hostilizam os soldados com ameaças e avareza e o sistema que apesar dos sintomas de doença continuava a proteger todos os parasitas que ocupavam posições de comando.

Os homens sofriam o comando prosperava e o império  ruía.

A história repete-se, foi no passado, será no presente e quase de certeza no futuro.

O império caiu em 476 DC. Outros já tinham caído no passado e muitos caíram no futuro.

Para cair basta que os "bravos centuriões" que ainda andam por aí cedam e resignem ao peso da mediocridade.


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