Um império com diversas legiões.
Uma legião composta por um legado, tribunos superiores e tribunos adjuntos , com diversas coortes.
Cada coorte era composta por diversas centúrias lideradas por um centurião e um ajudante, optio, a liderar cerca de sessenta legionários.
Ok, antes que desistam de ler, vamos apimentar.
O centurião sobe das fileiras, mérito, capacidade de sobrevivência e liderança na linha da frente, obediência cega à cadeia de comando.
O legado e tribunos são nomeados, círculos de influências, famílias, política e muitos jogos de bastidores.
Dizia a estatística que em dez apenas um ou dois reuniam competência para a função.
No geral a máquina sobrevivia na sua essência pela capacidade singular daqueles que atingiam o centurionato.
Um centurião parou e pensou, arriscava tudo, estava na linha da frente lutando e motivando os homens a resistir a inimigos e às contingências de uma vida dura.
Pensou que para chegar a onde chegou lutou anos a fio, obedecendo a idiotas que o colocaram vezes sem conta em perigo e num constante turbilhão de desgaste físico e mental.
Este centurião tenha um defeito, pensava e questionava.
Questionava interiormente as ordens recebidas sem sentido, os luxos dos superiores que hostilizam os soldados com ameaças e avareza e o sistema que apesar dos sintomas de doença continuava a proteger todos os parasitas que ocupavam posições de comando.
Os homens sofriam o comando prosperava e o império ruía.
A história repete-se, foi no passado, será no presente e quase de certeza no futuro.
O império caiu em 476 DC. Outros já tinham caído no passado e muitos caíram no futuro.
Para cair basta que os "bravos centuriões" que ainda andam por aí cedam e resignem ao peso da mediocridade.
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