sábado, 16 de novembro de 2019

um conto parte IX

O céu estava coberto de estrelas, sentia-me um escravo das emoções, não conseguia tirar os olhos dela.

Sentia-me inebriado, num estado emocional onde tinha prometido a mim mesmo não regressar.

Depois daquela simples troca de palavras, resolvemos, sair, caminhar em direção ao hotel.

Caminhamos em silencio, olhando de fugida um para o outro, um jogo perigoso de atração, onde ambos estávamos a arriscar que o toque fosse inevitável.

Estranho destino, queria encontrar-me e acabei na primeira noite ofuscado por um sentimento estranho e avassalador.

Tudo podia correr bem, tudo podia correr mal, estava a jogar na roleta russa, num turbilhão de emoções que me poderiam magoar, mas arrisquei.

Parei, era bem mais alto que ela, olhei a nos olhos, sorri, puxei o corpo dela encontra o meu. Sorri e toquei-lhe na face.

Ela retribuiu e o beijo aconteceu. Intenso, molhado, mágico, não parecia um primeiro beijo, na verdade os nossos lábios pareciam moldados um a outro.

- Sempre durmo no chão? - perguntei eu

- Acho que posso abrir uma excepção - respondeu ela maliciosamente.

Terei de descrever o que aconteceu naquela madrugada?

É demasiado difícil descrever em palavras o que eu senti, é penoso até devido ao calor do momento.

Dois corpos, sem pudores, quentes, duas pessoas, duas almas, que se entregaram, olhos nos olhos, prazer intenso, respiração ofegante, olhares penetrantes, carinho, impetuosidade.

Um caldeirão de emoções.

Demasiado estranho, duas pessoas estranhas, duas almas, dois corações, tanta sintonia.

Fizemos amor durante horas, até o sol nascer e adormecermos nos braços um do outro.




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