sábado, 21 de outubro de 2017

conto - parte I

Algures numa casa, num soalheiro bairro de uma cidade em Portugal...

Sexta-feira, 23h estava cansado, tinha sido mais uma semana dura no trabalho

Na verdade começava a tornar-se rotina, o excesso de competitividade e zelo estavam a roubar tempo, tempo para mim, para descansar, ler, dormir, estar com alguém.

Todos os finais de semana dizia que iria mudar, mudar tudo e o ciclo repetia-se a contragosto, sem denotar qualquer capacidade real em mudar o que fosse.

Estava de boxers deitado na cama, apenas com a fraca luz de um candeeiro colocado na mesa de cabeceira.

Tinha tomado um longo duche e ingerido o que tinha na dispensa e frigorifico, fruta, pão, queijo e uma cerveja.

Estava já naquele estado difícil de explicar, cérebro a fervilhar, corpo cansado e desligado, algo estranho num tipo de trinta e poucos anos.

Até que o telefone vibra.

Não liguei ao inicio, seria mais um email de trabalho, um desafio de algum amigo ou conhecido para beber um copo, não me apetecia.

Mas a curiosidade venceu e olhei, alias fiz mais que olhar.

- Olá João como estás? - estranhei uma mensagem da Rita, já não falávamos faz uma década.

Pensei em não responder, mas achei indelicado, na verdade tinha pensamentos ambíguos em relação a ela.

Morena, baixa expressivo, algo melancólico, insinuante, não muito bonita mas sensual, capaz de atrair todos os homens que gravitassem a sua volta.

Toquei e não me respondeu, simplesmente abriu a porta e segui para o elevador.

Era um quarto andar, esperei o que me pareceu uma eternidade pelo elevador e finalmente senti a pulsação a aumentar. 

Não era nervosismo, era a expetativa do que iria encontrar.

A porta estava ligeiramente aberta, a luz era mínima, duas velas iluminavam levemente o corredor, de fundo ouvia música, Rush, Rush da Paula Abdul.

Segui e de repente ela apareceu, num passo seguro em direção a mim, trazia apenas uma lingerie mínima preta e calçava uns sapatos elegantes que lhe faziam ganhar alguns centímetros.

Disse  Olá Rita, e ela colocou um dedo na minha boca.

Percebi, deixei-me levar, encostou-me a parede e tirou-me a t-shirt com energia, passando a língua pelo meu peito, subindo até ao pescoço e queixo.

Olhou-me diretamente nos olhos e tentei beijar-lhe os lábios, recuou, sorriu e voltou roçando o corpo dela no meu e continuando a passar a língua agora pelo meu rosto e a usar as mãos para explorar o meu corpo.

Até que os lábios dela se aproximaram dos meus, as minhas mãos desceram e exploraram o seu corpo esguio e gracioso.

Ambos tremendamente excitados, beijos caricias, mãos a percorrer o corpo um do outro com avidez.

Até que a mão dela começa a desapertar as minhas calças enquanto lhe acaricio o peito.

Apenas se ouve a música e o barulho da nossa respiração cada vez mais ofegante.

Ela tira-me as calças e começa a tocar-me, enquanto o faz sorri para mim com uma expressão de prazer que me deixa completamente louco...


....a continuar






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