Tenho estado ausente. Absorvido pelo ritmo incessante do trabalho. Frustrado por não ter mais tempo para mim e para os meus...
Faz sentido viver assim? Não será uma espécie de escravatura dissimulada? Serei um mero fantoche?
Podia ter, devia ter tempo para amar, contemplar, descobrir, descobrir-me ...
Vou morrer sem saber o que sou e quem sou? Se calhar ...
Os anos passam, espero, mudo, quebro, luto, fujo, fico...
Não existe plano perfeito, não existe mudança sem sacrifício, não existe um sentido sem amor.
O que sou, o que serei e o que quero ser...
Sorrir de forma espontânea, sonhar, respirar fundo, ver, tocar, saborear...
O amanhã pode ser tarde demais.
Tenho saudades.
Escrito numa hora tardia por um gajo com uma crise de meia idade.
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