Algarve, 27 de Julho de 2017.
Reli textos e apontamentos que escrevi num já no longínquo Inverno em 2015.
Atravessei nesse ano um terramoto de emoções, de uma sinceridade atroz, de sensações que colocava no papel, quiçá vivi o meu apogeu criativo.
Como tudo na vida, precisava de alimento para continuar a escrever daquela forma incessante, de dar corpo aos rabiscos, aos textos desconexos, as ideias, todas elas diferentes mas com um único propósito.
O rio secou, a mente bloqueou as ideias, tudo me parecia ridículo, as personagens, o tema, os sentimos, eu próprio...
Atravessei o deserto criativo, refugiei-me na racionalidade dos números do trabalho, dos resultados, das palmadas nas costas dos elogios vazios, das vitórias que sinceramente me souberam a pouco ou a nada.
Envelheci, sorri menos, fechei o rosto, vi o mundo de uma forma monocromática.
Aos poucos as ideias voltam, o desejo por escrever, passar para o papel um pouco do que vai na minha
Acabar os romances que comecei e deixei a meio...
Talvez com personagens diferentes, rostos, atitudes personalidades, mas sempre na busca do verdadeiro amor.
Ainda sou capaz de corar...
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