Desde os nosso primórdios que somos um pais desequilibrado, por um lado uma elite, que vive faustosamente, que ocupa os principais lugares na politica, economia, justiça e por outro lado, a maioria, o denominado povo.
Durante algumas décadas, floresceu uma classe média com algum poder de compra, dava a impressão que se vivia melhor em Portugal.
A pobreza era escondida em guetos, o país crescia artificialmente através de danosos negócios e parcerias público-privadas, através de BPN´s, fundações e muito mais (difícil para mim falar em coisas que me deixam mal disposto...).
Até que os mercados financeiros acordaram, perceberam que éramos um país sem rumo, corrupto, desigual, com uma economia depauperada, dependente das importações e pior do que isso com sector primário e secundário completamente moribundo.
Surge o espectro da crise, inflação, desemprego aumenta, carga fiscal digna de um filme medieval, custo de vida, custo dos empréstimos, aumenta o mal parado, as insolvências aumentam exponencialmente, só existe dinheiro para a obscena despesa do Estado e dos seus boys.
A classe média definha, o fosso aumenta, voltamos ao verdadeiro Portugal, ricos e pobres ...
Poderia descrever a pobreza que se apodera de uma sociedade doente, mas todos vós andam na rua, todos observam e provavelmente a maioria de vós sente no bolso...