Continua a história...
Passou um ano desde aquele encontro que se tornou num desencontro.
Um ano de silêncio, onde vivi de forma bucólica, deixei que as trevas se adensassem junto do meu coração.
Viver de rotinas, trabalho, livros, fugas para a solidão do campo, afastamento daqueles que me queriam bem.
Um ano onde corria para esquecer, lia para viver, trabalhava para não cair e procurava o silêncio da paisagem junto ao rio para pensar.
Pensamentos desconexos, apáticos com picos de adrenalina que se desapareciam tal como surgiam.
Bebia ocasionalmente, procurava ela nos meus sonhos, não aparecia, passava nos sítios onde tínhamos estado.
Sonhava acordado com o beijo, o toque, a respiração enquanto fazíamos amor.
Nenhuma mulher me interessava, fiz sexo sem prazer, com arrependimento, chorei sozinho, perguntei porque?
Passou um ano, nem uma mensagem, nem um sinal. Tinha de fazer algo, de me reencontrar.
Pedi uma licença sem vencimento, liguei aos amigos que tinha afastado, jantei com eles, jantei com a família que sofria com o meu mutismo.
A todos eles disse vou viajar, não sei quando volto...
Olhei para o mapa e pensei em três sítios que gostaria de visitar, um na Ásia, outro na Oceânia e um na Europa.
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Próximo capítulo será fora de Portugal, uma viagem, novas pessoas e talvez uma nova paixão.
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