sábado, 30 de novembro de 2013

Crónica de um sábado


Nestes últimos dias parece que Portugal tornou-se num país nórdico. Manhãs geladas e noites bem frias. 

Hoje resolvi correr de manhã no Parque da Paz, depois de uma hora de exercício continuava com as orelhas frias.

Nota mental, comprar um gorro.

Agora que chega a noite nada como...beber um copo com o melhor amigo.

Prazeres simples...pessoas felizes

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Everything that kills me makes me feel alive"


Um dia longo merece uma noite careta mas relaxante na companhia de um bom livro e uma bebida quente.


Amanhã vou "fugir" ao ginásio, vou arriscar às 9h um jogging matinal no Parque da Paz...

"Everything that kills me makes me feel alive"



terça-feira, 26 de novembro de 2013


Esclarecimento

Falei em saudade, uma palavra forte.

Tenho de arranjar tempo para matar as saudades da costa alentejana.

De fazer jogging percorrendo a estrada de Sines até S. Torpes.

De almoçar em S. Torpes, no Bom Petisco,  tendo o mar no horizonte e um belo pregado grelhado à mesa regado com um vinho branco fresquinho...

Mas sempre fui paciente e mais cedo ou mais tarde vou estar à mesa bem perto  do azul do mar.

Também tenho saudades de uma boa conversa junto ao...mar.


saudades...


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nota mental

Evitar colocar fotos próprias no blog.

Hoje o dia foi difícil, espero que a tranquilidade de uma noite solitária acalme o meu espírito irrequieto.

sábado, 23 de novembro de 2013

Faltava a da noite...



Agora sim...uma bela e fria tarde

...uma bela e fria tarde

Enquanto espero sentado...


Ouvir alto...e atenção à letra ...

Opinar...

Enquanto as castanhas crepitam nas brasas e o vinho flui como um rio para o mar lanço o debate da tarde...

O efeito do álcool (sem excessos dramáticos) na nossa forma de pensar e interagir com outras pessoas?

Aguardo os vossos testemunhos (vou esperar sentado)...

Perdido na serra...

Depois das infindáveis tarefas matinais nada como saborear um longo e quente café com um pastel de nata num sítio especial.

 Com o mar calmo no horizonte, onde os barcos preguiçosamente a seguem o seu rumo e o verde da serra da Arrábida a fazer "sombra", nem o frio atrapalha.

Felizmente poucos conhecem o local...

Um belo postal, mas puff acabou...tenho de voltar a Azeitão, família e amigos esperam por mim para o almoço.

A vida é movimento...

Passeio matinal


Ter um cão é ter um amigo, um companheiro sempre presente, resumindo é uma relação de entrega total.

Mas acordar bem cedo ao sábado, quando o frio abunda, para dar o merecido passeio é duro, muito duro...mas ele merece.

PS- o anúncio do "conto com o Continente" é um horror, o riso das velhotas tem algo de satânico :)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sugestão da noite...


Lá fora faz frio, nada como chegar a casa e uma boa música para aquecer a alma...

Eu ou o meu cão provocámos um acidente...

Não fiquem a pensar mal de mim, não tive culpa nenhuma, nem o cão :)

Estava a passear o meu cão quando uma vizinha jovem circulava no seu carro, reparei que olhava para nós e depois bum...saiu da estrada e foi contra um passeio bem alto.

 Felizmente um idoso daqueles especialistas em tudo e em nada foi logo opinar, o estrago era só plastico.

Eu e o cão, sorrateiramente, fomos logo para casa.

Moral da história se conduzires olha só para a estrada.

Começar bem o dia...


A primeira do dia é sempre a melhor...bom trabalho a todos :)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013



Por acaso nunca tive medo do escuro. É no escuro que se revelam segredos e  muito muito mais...




Panem et circenses

Pão e Circo...penso que o pão já se foi quase todo, resta o circo alimentado por um imprensa decadente e que vive ao sabor da maré...

Desde a antiguidade que a linha política de " adormecer" o povo funciona.

Portugal é um caso claro disso, futebol, seleção, patriotismo, tudo chavões repetidos até à exaustão, rádio, tv, jornais, tudo ajuda à festa.

E quem não entra na onda é visto de lado, não é patriota, não gosta do seu país.

Conhecer Portugal, a sua história, a sua cultura, as suas belezas naturais, a sua língua, pagar os impostos, tentar viver com o maior civismo, não é sinônimo de patriotismo.

Ser patriota é gritar, mesmo não percebendo nada do jogo, por um jogador de futebol, é passar dias e dias a falar no mesmo, é seguir a manada.

Eu gosto de futebol, fico contente pela ida ao mundial mas só isso, mal acaba o jogo a minha vida continua, temos tanto por fazer  e melhorar no nosso Portugal.

Convido as centenas de patriotas que estavam no aeroporto às 5h a citarem as capitais de distrito de Portugal e os nomes dos últimos quatro Presidentes da República...


PS - isto é mel para o governo...e Portugal não foi campeão do Mundo, apenas conseguiu no playoff ir ao mundial.

Música do dia


A Lana tem qualquer coisa na expressão que a torna diria...especial.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Bon Jovi - I'll Be There For You



nada como um clássico para me despedir por hoje do blog!

boa noite...

será?

Enquanto saboreio um longo café  vou divagar sobre um tema que me atormenta...

Será que  já não vivi no passado, com outro nome, talvez outro rosto, outras alegrias e sofrimentos?...

Sou uma pessoa pouco espiritual, por vezes apelidada de fria e racional, mas em certos momentos olhando para algumas pessoas algo me diz que as conheço de outras vivências de uma outra realidade...

Estranho não é? 

Prometo um dia aprofundar o tema...

O que é o amor? Será um truque da mente...


O amor é uma palavra forte, poetas, apaixonados, mães, pais, irmãos...todos tentaram explicar esse forte sentimento, uns por palavras, outros gestos e até sacrifícios.



Eu não sei se existe o amor, para mim existem laços, fios que tecemos que nos unem a pessoas especiais, memórias, recordações, umas boas outras más. 


Num mundo perfeito, o laço que une um filho a uma mãe ou a um pai, a amizade e cumplicidade de irmãos de amigos de infância é o que encontro de mais parecido com o "amor". 

A capacidade de ler uma pessoa pela expressão corporal é a sublime forma de conhecer e sentir alguém.

Passando para a esfera das relações é desde a antiguidade comum todas as histórias de "amor" acabarem de forma trágica, a morte de um dos apaixonados ainda jovens marca a maioria dessas prosas ou poemas. 

São relações intensas, mágicas, carregadas de um drama masoquista que tem o condão de nós atrair e fazer suspirar. 

Algum de nós pensou que Tristão e Isolda, Pedro e Inês, Romeu e Julieta iriam viver para sempre daquela forma?...Claro que não, mas confundir paixão, desejo, com um conceito abstrato chamado amor vai acompanhar para sempre a nossa forma de viver.

Para mim o melhor da vida são aqueles momentos, só nossos, que escolhemos viver com  intensidade...

domingo, 17 de novembro de 2013


A treinar kizomba com o cão :) muito sensual ...

Matar ou morrer...

Passa a hora e o sono tarda, recordo agora que sou um velho o nervosismo do meu primeiro combate. 

Resumia-se a matar ou morrer, sobrevivência em estado bruto.

É instintivo nenhum ser humano quer morrer, ao longo de décadas vi centenas de mortes e em nenhuma senti uma resignação total, mesmo nos prisioneiros sacrificados ou nos moribundos o olhar transmitia sempre um desejo de prosseguir, de viver.

Apesar disso os nossos inimigos eram temerários, os Deuses do Norte abençoavam aqueles que morriam em batalha de arma em punho, mas mesmo estes não tinham muita pressa em festejar nos salões de Odin.

Reconheço que quando os vi avançar em direção ao nosso grupo tive medo. Eram homens robustos com longos cabelos e barbas vestidos na maioria com cabedal fervido e peles de animais, todos usando um escudo redondo e uns com espadas compridas e outros machados.

 Apenas o líder, um suevo enorme que seguia na frente tinha um elmo de ferro e uma cota de malha que descaia até ao joelho,remendada na zona do peito usava um machado enorme.

Parou à distancia do lançamento de um lança e presentou-nos com um sorriso desdentado.

- Procuram a morte porcos romanos? - rosnou num latim típico de um bárbaro habituado no passado a servir como auxiliar nas Legiões do Império.

Nenhum de nós respondeu, cerrámos a formação e batemos com as espadas nos escudos mostrando estar prontos para matar ou morrer.

- Cães chamo-me Aguilfo e vou matar-vos a todos - vociferou o enorme suevo fazendo um gesto com o machado para os seus homens avançarem.

Os bárbaros estavam habituados a vencer, sobretudo em campo aberto, esperavam que a nossa formação se desintegrasse devido ao medo e em seguida usariam as suas armas para nos abaterem como gado.

Mas aguentamos, o medo nem sempre leva à fuga, o medo por vezes faz com que as pessoas se unam e sob a liderança de António e Daerlig sustivemos o ímpeto do inimigo.

Os primeiros homens vacilaram ao sentirem que a nossa muralha de escudos não se desmoronou, o que era para ser uma matança fácil tornou-se uma luta encarniçada.


Senti um machado a bater no meu escudo tentando quebrar a formação para permitir aos guerreiros que vinham atrás penetrar e romper a nossa linha. 


Aguentei, esqueci o medo, o rosto do inimigo estava próximo do meu, sentia a sua respiração bafienta, olhos vermelhos do álcool, o suor, uma cicatriz que descia do nariz ao queixo. Sobretudo recordo a forma como o abati.

O gládio romano sempre foi a melhor arma para o choque de escudos, o espaço é exíguo, manobrar um enorme machado de guerra ou uma espada é difícil senão em muitos casos impossível.  

Era a arma que possuía no momento e instintivamente usei a usado toda a minha força com o escudo para desequilibrar o suevo e espetar o gládio no estômago perfurando com ímpeto de forma a atingir um orgão vital.

Ao expor o meu flanco a minha sobrevivência dependia do homem que estava ao meu lado e Daerlig usou o seu escudo para me proteger de algum golpe.

Ao golpear o inimigo senti o sangue a ensopar a minha mão e a sua expressão a passar de raiva para estupefacção até cambalear e cair aos meus pés. 

Sempre senti receio antes de um combate é normal sou humano, mas durante a escaramuça o receio transformava-se em calma numa fúria racional que me fazia ser temerário e ao mesmo tempo consciente

Em pouco tinha conhecido o amor e tinha morto o primeiro homem, uma parte de mim morreu naquela estrada junto ao rio.

A escaramuça corria a nosso favor a arrogância do inimigo tinha ditado a sua derrota. Vi Marco e António abaterem dois guerreiros com golpes certeiros, observei a queda de um soldado romano  abatido com um golpe de machado no crânio. 

Daerlig abateu três inimigos de rajada usando a sua espada com mestria e provocando a fuga do inimigo.


Tínhamos perdido apenas um homem e abatido seis inimigos. A perseguição era inútil, infelizmente nenhum suevos abatidos era Aguilfo. 

Este tinha fugido com os restantes guerreiros para norte, procurando juntarem-se a outro grupo de pilhagem suevo e avisar para a presença de alguns inimigos na estrada que seguia para Dipo.


Daerlig e António procuraram-me sorrindo pela minha primeira morte.

- Pensei que ias fugir romano - disse Daerlig enquanto limpava a espada - sorri perante a sua calma.

- Pensei nisso mas se tu ficaste saxão eu nunca poderia deixar-te à mercê dos teus primos suevos.

António deu-me uma palmada nas costas rindo mas logo o seu semblante mudou quando um dos soldados o procurou.

- Senhor um deles ainda respira - disse o soldado apontando para uma árvore onde um jovem estava sentado com ar combalido.

- Décimus, Daerlig um dos cães ainda vive vamos tentar saber novas da invasão-  fomos os três falar com o inimigo enquanto os restantes soldados pilhavam as armas dos guerreiros abatidos.


















terça-feira, 12 de novembro de 2013


Hoje estou melancólico, acabei de escrever a primeira batalha de Décimus, escrevi com ardor e paixão mas apesar do toda a bravura e honra que ilustram as páginas também existe horror, medo é sangue.


Depois do que tenho visto nas Filipinas, onde a vida de milhões foi arrasada por um fenômeno natural ou menos natural, pois o homem continua a sua cruzada para destruir o planeta, penso na tristeza daquele povo.

Cenário devastador, devia fazer-nos corar de vergonha quando deixamos a nossa mesquinhez falar mais alto, quando os nossos problemas são uma mera ilusão da mente, quando a inação reflete a nossa vivência, quando temos medo de viver um momento, quando somos reféns da nossa consciência e depois olhamos para aquele povo em agonia...

Temos de dar mais valor as simples pequenas coisas que dão sentido e prazer à nossa vida e nunca devemos esquecer-nos que a vida é uma roda, um dia estamos em cima outro em baixo mas sempre solidários pois nunca sabemos quando passa um "tufão"...




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

mundo pequeno...


Depois de um dia bem duro que começou às 6h30 e terminou às 20h...nada como ouvir este som no rádio do carro...=)

domingo, 3 de novembro de 2013

Partiram rumo ao desconhecido

Não existe nada pior do que percebermos que a mulher que desejamos se encontra com outro homem.

Foi uma noite mal dormida, acordei com um humor  taciturno. Juntei os meus poucos pertences, comi um pouco de pão de centeio com um pedaço de queijo duro, bebi água e procurei os homens que me acompanhavam rumo ao norte.

Encontrei o grupo pronto, éramos cerca de vinte homens, António e Daerlig eram os mais experientes e assumiam a liderança de forma natural.

À excepção do saxão que tinha vestido uma cota de malha, escudo, machado e espada curta, os restantes estavam armados de forma muito ligeira.  Aproximei-me, reparei que alguns rezavam ao Deus cristão, outros deviam prestar culto ao Deus dos Soldados, Mitra enquanto Daerlig mantinha a religião ancestral, os Deuses do norte gelado.

- É hora de seguirmos o nosso caminho, quero palmilhar o máximo de léguas, Daerlig é o único que possui cavalo, segue na vanguarda - Sim jovem senhor, vamos aproveitar a manhã para percorrer a máxima distancia, os selvagens suevos devem estar embriagados ou ocupados a dividir algum despojo - disse Daerlig.


António assentiu chamou os restantes soldados,  partimos, deixando o pequeno bosque onde tínhamos acampado.

Antes de seguir dirigi-me ao legado -  Públio vamos partir, desejo que regresses em paz a Olissipo alerta o governador para o que se passa na província, deve enviar o quanto antes uma galera a pedir ajuda.

- Sim, tentarei chegar o mais depressa possível apesar de ter comigo velhos e crianças, vou enviar dois batedores para chegarem  o mais depressa a Olissipo - respondeu o legado.

- Promete que defendes os civis - afirmei com convicção - Farei os possíveis para que sobrevivam -  trocamos um cumprimento formal e segui.

Daerlig  seguia na frente, o objectivo era seguirmos a via que levava a estação de Dipo, uma pequena povoação que ficava a um dia de caminho, passando primeiro por Ad Atrum Flumen.

Existem momentos na via que nós marcam e apesar de agora ser um velho, uma sombra do passado, nunca me vou esquecer daquela manhã.

Seguíamos cautelosamente na estrada, qualquer barulho causa apreensão, as conversas eram em forma de sussurro.

Recordo-me daquela estrada que palmilhei dezenas e dezenas de vezes, ligava Ebora à poderosa Emerita Augusta, conhecia as árvores, os sopés, os rios e povoações.

Mas naquele dia o receio de encontrar o inimigo fazia com que um fio de suor atravessasse constantemente o meu rosto e a minha mão apertava inconscientemente o copo do gládio.

O receio tinha fundamento, perto de Ad Atrum Flúmen, Daerlig galopou furiosamente na nossa direção.

-  Vinte bárbaros junto ao rio Atrum, saquearam a estação. Dirigem- se para nós, preparam-se.

Antônio posicionou os homens com escudo e lança na vanguarda formando uma débil muralha de escudos, os restantes formavam atrás procurando uma nesga para atingir o inimigo.

Daerlig desmontou e aproximou-se de mim - Jovem Senhor fica perto de mim, respira e faz aquilo que te ensinei.

 Acenei coma cabeça o nervosismo incomodava-me mas pensar no meu pai e em todas as mortes que vira dava-me um fogo interior, um fogo que faria um dia de mim um guerreiro temido.

Os Suevos aproximavam-se...


A próxima parte da história relata a primeira escaramuça de Décimus.







Mais um filme

Penso que ainda hoje vou colocar mais uma página do livro, entretanto deixo uma sugestão para o final de tarde de domingo.

Rei Artur

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Uma figura mitológica ou real? Não sei mas sempre me despertou enorme curiosidade, já li imenso sobre o século V e VI e quero saber sempre mais e mais...