quinta-feira, 31 de março de 2016
domingo, 27 de março de 2016
sábado, 26 de março de 2016
crónica do naufrágio...
Aproveito que chove copiosamente.
Um manto de neblina cobre a paisagem, não consigo ver o rio que segue o seu curso, apenas oiço.
As ruas enfeitadas com flores de papel tingido sofrem com a humidade e queda de água.
Parecem o rosto maquilhado de uma mulher após uma noite intensa de amor.
Não deixa de ser belo, numa escala dramática.
Para mim o belo sem a magia do drama, da capacidade de nos surpreendermos, da impulsividade, do fazer depois pensar e enfrentar as consequências, não existe é mero exercício racional.
Não gosto, influenciado pela literatura, personalidade, sonhos, sinto que o universo, para quem é perspicaz, irá criar a conjunção para que o curso da vida seja vivida assim.
Embora não deixe de ser contraditório, quando sinto que tento viver da forma como descrevi e sinto que no universo que me rodeia não existe essa empatia, a mesma vontade de arriscar de viver, torno-me automaticamente racional, raramente retrocedo.
Aos trinta e poucos comecei a registar as minhas memórias, o que vi pelos meus olhos, o que senti em determinados momentos contextos ao longo da minha vida.
Acho que gostava de desligar metade do meu cérebro, demasiado frenético, confuso, contraditório...
É estranho, um mau feeling? Quiçá...adiante que é um problema meu =)
Tenho aproveitado para aumentar o índice de leitura, afetado por mudanças intensas a nível profissional.
Tenho-me dedicado à fantasia, ao romance histórico (de longe o meu favorito) e a história das secretas dos EUA (aqui funciona a formação académica)...
Correr tornou-se um sacrifício que tenho aguentado com uma dor demasiado penosa no meu joelho direito.
Hoje, acendo a lareira, o candeeiro de leitura, puxo do cadeirão de madeira, aproximo da janela coberta de gotas da chuva que cai sem cessar e ...
Um manto de neblina cobre a paisagem, não consigo ver o rio que segue o seu curso, apenas oiço.
As ruas enfeitadas com flores de papel tingido sofrem com a humidade e queda de água.
Parecem o rosto maquilhado de uma mulher após uma noite intensa de amor.
Não deixa de ser belo, numa escala dramática.
Para mim o belo sem a magia do drama, da capacidade de nos surpreendermos, da impulsividade, do fazer depois pensar e enfrentar as consequências, não existe é mero exercício racional.
Não gosto, influenciado pela literatura, personalidade, sonhos, sinto que o universo, para quem é perspicaz, irá criar a conjunção para que o curso da vida seja vivida assim.
Embora não deixe de ser contraditório, quando sinto que tento viver da forma como descrevi e sinto que no universo que me rodeia não existe essa empatia, a mesma vontade de arriscar de viver, torno-me automaticamente racional, raramente retrocedo.
Aos trinta e poucos comecei a registar as minhas memórias, o que vi pelos meus olhos, o que senti em determinados momentos contextos ao longo da minha vida.
Acho que gostava de desligar metade do meu cérebro, demasiado frenético, confuso, contraditório...
É estranho, um mau feeling? Quiçá...adiante que é um problema meu =)
Tenho aproveitado para aumentar o índice de leitura, afetado por mudanças intensas a nível profissional.
Tenho-me dedicado à fantasia, ao romance histórico (de longe o meu favorito) e a história das secretas dos EUA (aqui funciona a formação académica)...
Correr tornou-se um sacrifício que tenho aguentado com uma dor demasiado penosa no meu joelho direito.
Hoje, acendo a lareira, o candeeiro de leitura, puxo do cadeirão de madeira, aproximo da janela coberta de gotas da chuva que cai sem cessar e ...
sexta-feira, 25 de março de 2016
quinta-feira, 24 de março de 2016
um conto a aventura continua...
...
Entrei no aeroporto de Lisboa, respirei fundo, olhei para trás, tinha de partir. Sou impulsivo, podia viver mais mil anos que para o bem ou o mal seria assim.
Levava comigo duas malas, uma cheia de roupa e a outra de livros. Fiz o check in, sorri para hospedeira de terra, ela retribuiu, afinal estou vivo.
Sentei-me num dos cafés do aeroporto, pedi um café longo, olhei para o telemóvel, nada, melhor assim.
Tinha de fazer tempo até ao embarque, folhei o jornal, observei as pessoas que gravitavam naquela zona.
Foquei-me num casal jovem, apaixonado, ambos sorriam e trocavam prolongados beijos. Dei por mim a sorrir, era isso o que eu queria da vida, sorrir constantemente.
Acordei do meu "sonho" com uma voz feminina, falava português com sotaque.
- Olá, as mesas estão todas ocupadas, posso sentar-me? - pelo sotaque era inglesa.
- Claro que pode, faça favor - respondi usando o meu formalismo pouco sexy.
- Obrigado sou a Heather, desculpa o meu mau português - usou um sorriso genuíno.
Ela era jovem, na casa dos trinta, loira, pele clara, olhos esverdeados, elegante, mas foi no sorriso que me concentrei.
- Hi Heather - sorri também - Sou o João ou se preferires John.
- John João ehehehe - disse a rir.
- Pode ser, vais para onde? - concentrei-me nos pormenores, usava uns jeans rasgados no joelho, uns ténis da moda e uma camisa de ganga clara.
- Estas a olhar para mim João ? - apanhado pensei eu - Não nada disso estava apenas a reparar que tinhas uma camisa muito bonita - retorqui num tom jovial
Ambos rimos, fazia tempo que não me sentia assim leve, sem fantasmas, duas pessoas só...
- Vou para Londres, estive em trabalho em Lisboa, agora regresso e tu?
- Vou viver para o País de Gales, aceitei uma proposta de trabalho, vou trabalhar para uma financeira.
- Nice, ops, que bom e queres ser meu amigo John? - Claro que sim, a minha primeira amiga inglesa.
O mundo é um mar de coincidências, embarcamos no mesmo voo, lugares diferentes mas com poder de persuasão conseguimos trocar lugares e ficar juntos.
Senti-me bem, a conversa fluía, foram três horas onde falámos de história, de nós, do mundo, de expetativas.
Falámos de comida, de música, de viagens, ficou prometido um passeio pelo Alentejo, uma ida a Almourol, um cruzeiro no Douro, uma ida Cornualha, a muralha de Adriano, falamos de tudo e de nada.
Chegámos a Londres, eu tinha o tempo cronometrado para apanhar o comboio para Cardif, trocamos números de telefone e moradas.
- Adeus Heather, vou ter saudades - Saudades? what? - disse ela a rir e agarrou-me o meu corpo envolvendo-me num abraço forte, intenso e beijou ao leve os meus lábios, demasiado leve.
- Miss you João - partiu fiquei um minuto parado, suou a uma eternidade.
Segui para a estação pensativo, tinha-me esquecido de ligar a dizer que estava bem, olhei para o visor do telemóvel.
"Se voltasses atrás no tempo tentavas mudar algo? Eu sim... beijo"
Irónico, demasiado tarde, demasiado sofrimento, quando abri o meu coração, expus-me ao limite das minhas forças, fui rejeitado.
"Tu escolheste o presente...beijo se feliz"
Suspirei tinha um comboio para apanhar, uma vida nova a começar, o sorriso da Heather, meti os phones e ouvi...
Olha a Heather lembrou-se de mim.
Entrei no aeroporto de Lisboa, respirei fundo, olhei para trás, tinha de partir. Sou impulsivo, podia viver mais mil anos que para o bem ou o mal seria assim.
Levava comigo duas malas, uma cheia de roupa e a outra de livros. Fiz o check in, sorri para hospedeira de terra, ela retribuiu, afinal estou vivo.
Sentei-me num dos cafés do aeroporto, pedi um café longo, olhei para o telemóvel, nada, melhor assim.
Tinha de fazer tempo até ao embarque, folhei o jornal, observei as pessoas que gravitavam naquela zona.
Foquei-me num casal jovem, apaixonado, ambos sorriam e trocavam prolongados beijos. Dei por mim a sorrir, era isso o que eu queria da vida, sorrir constantemente.
Acordei do meu "sonho" com uma voz feminina, falava português com sotaque.
- Olá, as mesas estão todas ocupadas, posso sentar-me? - pelo sotaque era inglesa.
- Claro que pode, faça favor - respondi usando o meu formalismo pouco sexy.
- Obrigado sou a Heather, desculpa o meu mau português - usou um sorriso genuíno.
Ela era jovem, na casa dos trinta, loira, pele clara, olhos esverdeados, elegante, mas foi no sorriso que me concentrei.
- Hi Heather - sorri também - Sou o João ou se preferires John.
- John João ehehehe - disse a rir.
- Pode ser, vais para onde? - concentrei-me nos pormenores, usava uns jeans rasgados no joelho, uns ténis da moda e uma camisa de ganga clara.
- Estas a olhar para mim João ? - apanhado pensei eu - Não nada disso estava apenas a reparar que tinhas uma camisa muito bonita - retorqui num tom jovial
Ambos rimos, fazia tempo que não me sentia assim leve, sem fantasmas, duas pessoas só...
- Vou para Londres, estive em trabalho em Lisboa, agora regresso e tu?
- Vou viver para o País de Gales, aceitei uma proposta de trabalho, vou trabalhar para uma financeira.
- Nice, ops, que bom e queres ser meu amigo John? - Claro que sim, a minha primeira amiga inglesa.
O mundo é um mar de coincidências, embarcamos no mesmo voo, lugares diferentes mas com poder de persuasão conseguimos trocar lugares e ficar juntos.
Senti-me bem, a conversa fluía, foram três horas onde falámos de história, de nós, do mundo, de expetativas.
Falámos de comida, de música, de viagens, ficou prometido um passeio pelo Alentejo, uma ida a Almourol, um cruzeiro no Douro, uma ida Cornualha, a muralha de Adriano, falamos de tudo e de nada.
Chegámos a Londres, eu tinha o tempo cronometrado para apanhar o comboio para Cardif, trocamos números de telefone e moradas.
- Adeus Heather, vou ter saudades - Saudades? what? - disse ela a rir e agarrou-me o meu corpo envolvendo-me num abraço forte, intenso e beijou ao leve os meus lábios, demasiado leve.
- Miss you João - partiu fiquei um minuto parado, suou a uma eternidade.
Segui para a estação pensativo, tinha-me esquecido de ligar a dizer que estava bem, olhei para o visor do telemóvel.
"Se voltasses atrás no tempo tentavas mudar algo? Eu sim... beijo"
Irónico, demasiado tarde, demasiado sofrimento, quando abri o meu coração, expus-me ao limite das minhas forças, fui rejeitado.
"Tu escolheste o presente...beijo se feliz"
Suspirei tinha um comboio para apanhar, uma vida nova a começar, o sorriso da Heather, meti os phones e ouvi...
“Bebi” tudo o que estava no
horizonte do trajeto do comboio. A paisagem que desde muito sonhava observar,
tinha tanto para ver, os meus heróis de juventude todos eles tinham pisado,
amado, sofrido naquele solo.
Planos não faltavam para ocupar o
meu tempo livre, sentia-me livre, um adolescente trintão a viver uma segunda
vida. Os rios, os campos, as ruínas, os livros de Bernard Cornwell e Simon
Scarrow.
E a Heather, pensava nela, mas na
verdade eu precisava de respirar, não de me voltar a sufocar na teia da paixão.
Na verdade estava carente, mas
lúcido, aprendemos sempre com o que sofremos no passado e a Inês tinha-me
magoado.
Pensei friamente, iria
divertir-me, sexo, brincadeira, algo leve. Provavelmente era o que ela queria,
amor a primeira vista, acreditei, senti, mas já não mais para esse peditório.
A minha boca tinha saudades de
beijar, de calor. Não sou perfeito, precisava de ser desejado.
Liguei para um amigo.
- Então bofia maluco, tudo bem? –
do outro lado responde-me uma voz rouca.
- Então miúdo, estas a gostar
disso? As gajas? – não pude deixar de sorrir, teria de aprender a ser como ele,
para bem da minha sanidade mental.
- Por acaso conheci uma, chama-se
Heather, uma loira inglesa, gira e simpática.
- Sacaste o número? – disse de
forma quase a soar a repreensão se a resposta fosse negativa.
- Ando a aprender umas merdas
contigo, sim saquei, acho que podemos ser bons amigos – Amigos? Bah não sejas
urso, ainda agora aterraste, tens um vasto mercado para explorar.
- Eheheh, tens razão, tens razão –
ele no fundo tinha razão e eu estava decidido a ser um cabrão frio.
- Daqui a um mês vou ter férias,
vou ver-te, vê se conheces umas malucas para me apresentares, agora vou ter de
ir trabalhar, abraço.
- Abraço pá, vou dando notícias
do fantástico País de Gales.
Custa sempre despedir do nosso
melhor amigo, mas sozinhos que encontramos o nosso rumo e equilíbrio, sem medos
de falhar, na verdade pior também não podia ficar.
Estava a meia hora do destino
quando recebi outra mensagem;
“ só tens isso para me dizer?”
Mas o que ela quer? Deixar-me
maluco? Não, não podia deixar isso acontecer, abri o meu coração em Lisboa, fiz
300km até as origens dela para apelar ao coração, ao sentimento.
Ela foi racional, optou pelo marido,
fez de mim a última escolha, o dispensável indispensável, no meu orgulho isso
era impossível.
E agora diz-me isto, respondi;
“Já te disse muita coisa no passado,
optaste, escolheste outro…”
Não lhe quis dar o “prazer” de
saber que quando me deitava a minha cabeça ficava a pensar nela sem fim mesmo
apesar da frieza que demonstrou em tantos momentos.
Esquece, esquece João, vida nova.
“Hi João eu penso em ti…”
Olha a Heather lembrou-se de mim.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Lykke Li - I Follow Rivers (The Magician Remix)
Mala feita, livros, material de treino, portátil, muita música...
5 dias, muitas ideias....
cantar no carro...
Atualmente faço mais de 100km todos os dias ...
Música e os pensamentos são o hobbie...
Dou por mim a cantar;
Música e os pensamentos são o hobbie...
Dou por mim a cantar;
"Staring at two different views on your window ledge
Coffee has gone cold, it's like time froze
There you go wishing, floating down our wishing well
It's like I'm always causing problems, causing hell
I didn't mean to put you through this, I can tell
We're gonna sweep this under the carpet
I hope that I can turn back the time
To make it all alright, all alright for us
I'll promise to build a new world for us two
With you in the middle..."
Coffee has gone cold, it's like time froze
There you go wishing, floating down our wishing well
It's like I'm always causing problems, causing hell
I didn't mean to put you through this, I can tell
We're gonna sweep this under the carpet
I hope that I can turn back the time
To make it all alright, all alright for us
I'll promise to build a new world for us two
With you in the middle..."
bah...se a vida fosse uma música =)))
voltei...
Partilhei à meia luz mais do que alguma vez sonhei.
Vivi aventuras, pesadelos, angustias, fantasias, loucuras, torturas, o paraíso, guerra, envelheci, cresci, falhei, acertei, meditei, disparatei...
E achei que foi um erro dizer "FIM"....
Vivi aventuras, pesadelos, angustias, fantasias, loucuras, torturas, o paraíso, guerra, envelheci, cresci, falhei, acertei, meditei, disparatei...
E achei que foi um erro dizer "FIM"....
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