segunda-feira, 27 de março de 2017

domingo, 26 de março de 2017

crónica de domingo

Normalmente escolho os dias mais cinzentos para escrever.

Tal torna a minha escrita  sorumbática, crua, nunca deixando de ser um extravasar de alma, a libertação de um conjunto de pensamentos que preenchem a  minha mente.

Hoje, enquanto chove copiosamente, escrevo junto a janela, com o som das gotas a namorar o vidro e uma suave música de fundo.

Sonhei ser grande e sou pequeno, sonhei em sair, descobrir, criar e tornei-me pequeno, demasiado pequeno para os meus pensamentos, que desde criança nunca me abandonaram.

Falta de coragem, estimulo, de autoconfiança, do tal "click" no momento certo, uma habituação ao conforto das pequenas e insignificantes "coisinhas" mundanas que nos prendem.

Acho que é um pouco de tudo. 

E sou aquilo que não quis ser mas no que tornei, um individuo com um emprego chato, absorvido num labirinto de burocracia. 

A encarnar um papel diário, um papel...

Na verdade se morresse hoje, seria uma vida tão incompleta, tão estranha, tão sem sentido, seria banal.

O meu pensamento almeja mais. Almeja libertar-se de mim, percorrer as estradas com as quais sonho desde criança.

A minha alma é maior do que eu. Sonho com o dia em que o "grito" que está preso dentro de mim ecoe e as grilhetas se quebrem.

Os livros são o ópio...ver, sentir, compreender o verdadeiro sentido da vida...

Entre morrer velho ou morrer percebendo o motivo...prefiro o conhecimento.










Cinzento...


Se eu me deixasse ser...

sexta-feira, 24 de março de 2017

A preparar...

A necessidade de mudar aumenta  de dia para dia de forma assombrosa.

Os últimos eventos provocaram um crescente sentimento de desintegração.

Quanto maior é a entrega  maior é a vulnerabilidade.

Desligar a ficha e partir parece a única solução...

Ontem li um excerto de uma biografia de Julio César e apetece citar;

"Até tu Brutus.."

domingo, 19 de março de 2017

Simply Red - If You Don't Know Me By Now (Live at the Royall Albert Hall)








19 de Março...

Pensei que com a idade ia melhorar.

Um tendência latente para um amadurecimento interior, a secundarização de alguns sentimentos, resumindo um aliviar do estado de alma.

Tudo tretas, cada vez estou pior...

Pior ou melhor, fica a dúvida, talvez me fique pelo pior, uma  personalidade com dificuldades em enquadrar-se, com dificuldades notórias em adaptar-se ao mundo atual.

Será o isolamento a solução? Não, será a mudança? Não, é algo que está entranhado em mim.

Estou literalmente "preso". Preso a algo de que não consigo fugir.

Sempre fui ansioso, melancólico, introspetivo, observador, de sorriso fácil mas ao mesmo tempo de levar tudo a sério.

Sou o que sinto, sou o que o consigo ser,  poderia ser muito mais, mas não consigo...

Cabeça e coração estranhos...tudo seria mais fácil se...