terça-feira, 24 de março de 2020

divagações

Tenho quase 40 anos, nasci amado, tive uma infância feliz, carreguei sonhos e tristezas.

Aprendi, lutei, ganhei e muitas vezes perdi.

Fui orgulhoso, teimoso, humilde, observador, tímido, ousado, magoei, fui magoado.

Sonhei acordado, sonhei com a vida, li e perdi-me em mil aventuras que um dia gostaria de viver.

Nunca nos meus sonhos, ou pesadelos, nem naquelas histórias, mesmo as mais assustadoras, pensei que a humanidade iria estar refém de si própria.

 Enclausurada, onde a mensagem principal e a luta é pelo afastamento, pela distancia, onde reina a incerteza, a intoxicação mediática e quiçá a mentira de quem nos governa.

E quem nos governa, tiveram três meses para preparar, para planear, para precaver e o que fizeram? Nada, ou quase nada, não serão eles criminosos? Para mim sim.

Que pai é aquele que sabe que o lobo vai atacar e não se prepara para defender as suas crias? Que só reage depois de a fera estar dentro de sua casa...

Passa-se o mesmo nas Instituições, o politicamente correto, a inação, o fingir que não se vê, quando está à vista de todos.

Quando devia vencer a necessidade de agir, tempos conturbados exigem o melhor de cada um, exigem grandes mulheres e grandes homens.

Nunca esperei, não estava preparado, sou forte e sobrevivo, mas custa, tanto, ver a vida parada.

No fundo é uma grande lição, vive hoje o que não sabes se puderas viver amanhã.

O dia está bonito, apetecia-me … tu sabes o que me apetecia...













Sem comentários:

Enviar um comentário

Parte 5

Os dias,  as noites, sobretudo as noites assumiram um ritual.  Um permanente sonhar acordado. Um formigueiro no corpo, mil imagens a passar ...