Um conto...

Meti-me no carro, a viagem era longa, a ansiedade e desejo inundavam o meu coração.

Queria viajar no tempo, chegar em segundos mas seriam preciso horas.

No caminho não parava de pensar, a saudade era imensa, o amor puro e o desejo ardente fazia-me sonhar acordado.

A paisagem bonita, o mar, no caminho nada interessava, só chegar.

Finalmente cheguei.

Estacionei o carro, olhei-me ao espelho, não gostei do que vi, sou o meu maior crítico.

Sai. Esperei longos cinco minutos. Caminhei, olhei o céu, esperei.

Ela surgiu, linda, sorridente, tudo parou numa troca de olhares, onde o amor era visível até pelo mais distraído.

Um olá, um beijo apaixonado, um abraço, um amo-te sentido, não apenas uma palavra vazia e oca.

Entramos, dois corpos, duas almas, um amor, o amor de uma vida.  Beijos, carícias, olhares, subimos.

Entramos no quarto, roupa atirada ao chão, toque, beijo, fizemos amor como se fosse a primeira vez, como se fosse a última.

Amor sublime, prazer, corpos em ebulição, entrega total.

“Amo-te”

Atingimos o clímax, um abraço, deitados lado a lado, contemplação, não são preciso palavras, apenas a alma, os olhos, os corpos ainda quentes.

Depois ver e ouvir o  mar , deixar os corações falar, sentidas juras de amor, planos e desejos de um futuro feliz.

Com tempo, sem distância e com o mesmo amor. Sonhar acordado, ter esperança.

Merecemos ser felizes, poucos podem dizer que descobriram o amor da sua vida, a sua alma gémea, a sua pessoa.

A despedida, nostalgia, tristeza, o sentir o mundo ao contrário, nada faz sentido. A dureza da vida e do momento.

A viagem de regresso, pensamentos, música, saudades, tudo ao contrário, vontade de gritar ao mundo...

Um amor tão profundo, tão lindo, um amor para a vida toda. Um amor que tem de ser vivido na plenitude, juntos para sempre...

Ele acredita...