A chamada deve ter durado trinta segundos, os trinta segundos mais penosos da minha.
A magia tinha desaparecido na totalidade. Após o telefonema o silêncio transformou-se numa espécie de tortura, falas tu ou falo.
Sempre fui péssimo nesse "jogo" e resolvi abrir as hostilidades.
- Quem era? - disse num tom mais autoritário do que desejava.
- Era o meu marido, sou casada faz cinco anos e agora que caí em mim foi tudo um erro, uma fraqueza momentânea, um fetiche - disse ela num tom gélido.
Olhei o teto, suspirei, balbuciei - Já tinha percebido ou imaginado que eras casada, ou que terias alguém pela marca no dedo - era mentira mas quis parecer mais forte do que realmente me sentia.
- Agora chamares-me de "erro"... - e calei-me.
- Sim um erro, um erro do meu libido, um simples ato carnal - repetiu ela.
O meu corpo tinha gelado, vesti-me atabalhoadamente de costas para ela, enrolada nos lençóis.
Vesti o casaco e dirigi-me à porta.
- Diz-me alguma coisa se estes trinta minutos foram apenas um equivoco.
- Adeus...
Era madrugada saí em direção ao carro, numa noite tinha vivido, paixão, prazer, sensações únicas e também sentido frieza, o verão e o inverno...
Continua
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
domingo, 26 de novembro de 2017
sábado, 25 de novembro de 2017
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
sábado, 18 de novembro de 2017
pensamentos
Eu já tentei mudar, tentei mesmo, não consegui...
Dizem que basta querer, mentira...
Refleti, idealizei, perspetivei e nada...
Não é o Mundo, sou eu o culpado.
Medo da mudança, medo de começar do zero, medo desconhecido...
Não me levo a sério, provavelmente irei acabar assim.
Um dia de cada vez.
Dizem que basta querer, mentira...
Refleti, idealizei, perspetivei e nada...
Não é o Mundo, sou eu o culpado.
Medo da mudança, medo de começar do zero, medo desconhecido...
Não me levo a sério, provavelmente irei acabar assim.
Um dia de cada vez.
Sábado
Novembro, o tempo estranho enquieta-me. Sou um saudosista das quatro estações.
Admito que me sinto perdido no caos das alterações climáticas.
Preferia estar a viver o inverno, a sentir o frio, ouvir a chuva, disfrutar de uma bebida quente e ouvir o crepitar da lenha na lareira.
Ainda não perdi a esperança...
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
terça-feira, 7 de novembro de 2017
adeus amigo
11 anos...passaram a voar, quando tudo começou eu era um miúdo de 26 anos tu um cachorro com 2kg.
Quando te vi pela primeira vez eras um cachorrinho escondido atrás dos teus irmãos.
Olhei para o teu pai, um matulão de 75kg chamado Brutus e pensei para mim mesmo, no que me vou meter...
Depois escolhemo-nos um ao outro, um impulso, um olhar e onze anos passaram a voar...
Crescemos juntos, corremos no Jamor, passeamos no Chiado e no jardim da Estrela.
Percorremos praias, montanhas, viajamos, também nos zangávamos mas rapidamente fazíamos as pazes.
Nunca fugiste, por ti estavas sempre junto a mim, como um irmão protetor.
Mal abria a porta de casa vinhas receber-me com alegria e curiosidade, nas minhas tristezas lá estavas tu deitado aos meus pés.
Contigo nunca me sentia só.
Foram curtos estes anos, repletos de companheirismo, tu deste-me tanto que eu teria de viver cem anos para retribuir o teu genuíno amor.
Hoje partiste, foi de repente, em dois dias tudo mudou, não estava preparado, doeu, não queria que sofresses.
Enorme, majestoso, bom, dócil, amigo, fiel, companheiro, teimoso, comilão, eras e serás o meu grande amigo Thor.
Nunca me irei esquecer de ti estejas onde estiveres.
Quando te vi pela primeira vez eras um cachorrinho escondido atrás dos teus irmãos.
Olhei para o teu pai, um matulão de 75kg chamado Brutus e pensei para mim mesmo, no que me vou meter...
Depois escolhemo-nos um ao outro, um impulso, um olhar e onze anos passaram a voar...
Crescemos juntos, corremos no Jamor, passeamos no Chiado e no jardim da Estrela.
Percorremos praias, montanhas, viajamos, também nos zangávamos mas rapidamente fazíamos as pazes.
Nunca fugiste, por ti estavas sempre junto a mim, como um irmão protetor.
Mal abria a porta de casa vinhas receber-me com alegria e curiosidade, nas minhas tristezas lá estavas tu deitado aos meus pés.
Contigo nunca me sentia só.
Foram curtos estes anos, repletos de companheirismo, tu deste-me tanto que eu teria de viver cem anos para retribuir o teu genuíno amor.
Hoje partiste, foi de repente, em dois dias tudo mudou, não estava preparado, doeu, não queria que sofresses.
Enorme, majestoso, bom, dócil, amigo, fiel, companheiro, teimoso, comilão, eras e serás o meu grande amigo Thor.
Nunca me irei esquecer de ti estejas onde estiveres.
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
um conto parte II
Louco, na realidade naquele momento esqueci tudo, entrei numa dimensão onde o prazer jorrava por em cada poro da minha pele.
Ambas as línguas moviam-se freneticamente, os olhos transmitiam cumplicidade, como se os dois corpos ansiassem por se reencontrarem.
Era a personificação da química, o tempo parou, era o nosso momento, de uma forma natural as nossas mãos tocaram-se, palma contra palma, respiração ofegante, gemidos de prazer.
Até que ambos os corpos se fundiram, lentamente, num encaixe perfeito, olhos nos olhos, rostos a transparecer o prazer da envolvência e o ritmo aumentar.
O corpo dela era esguio, suave, perfeito nas suas pequenas imperfeições, o sorriso era arrebatador.
O olhar era meigo com um toque de perversidade que desmoronava qualquer defesa que o meu subconsciente pudesse criar.
Calor, suor, risos, palavras em forma de sussurro ao ouvido, não era sexo, para mim parecia-me algo próximo do amor.
Até que o telefone toca, ela muda, retrai-se, o corpo retesa-se.
Fico expectante, a excitação abandona gradualmente o meu corpo.
- Atende, sem problemas - digo eu num tom suave.
Noto desconforto no olhar dela, segura no telemóvel e afasta-se de mim e diz baixinho.
- Olá amor, estava a dormir...
A continuar....
Ambas as línguas moviam-se freneticamente, os olhos transmitiam cumplicidade, como se os dois corpos ansiassem por se reencontrarem.
Era a personificação da química, o tempo parou, era o nosso momento, de uma forma natural as nossas mãos tocaram-se, palma contra palma, respiração ofegante, gemidos de prazer.
Até que ambos os corpos se fundiram, lentamente, num encaixe perfeito, olhos nos olhos, rostos a transparecer o prazer da envolvência e o ritmo aumentar.
O corpo dela era esguio, suave, perfeito nas suas pequenas imperfeições, o sorriso era arrebatador.
O olhar era meigo com um toque de perversidade que desmoronava qualquer defesa que o meu subconsciente pudesse criar.
Calor, suor, risos, palavras em forma de sussurro ao ouvido, não era sexo, para mim parecia-me algo próximo do amor.
Até que o telefone toca, ela muda, retrai-se, o corpo retesa-se.
Fico expectante, a excitação abandona gradualmente o meu corpo.
- Atende, sem problemas - digo eu num tom suave.
Noto desconforto no olhar dela, segura no telemóvel e afasta-se de mim e diz baixinho.
- Olá amor, estava a dormir...
A continuar....
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