terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Um conto parte XIII

A minha pergunta gerou silêncio.

Olhos nos olhos, senti que a expressão  dela transmitia tristeza pela minha questão.

- Entreguei-me a ti desde o momento em que te vi, sem contemplação, sem duvidas, repleta de um sentimento avassalador, que nunca tinha sentido por ninguém.

- Vi umas fotos tuas... - disse timidamente.

-  Viste o meu passado, tu és o meu presente e se quiseres serás também o meu futuro - respondeu ela com convicção.

Ficamos uns segundos que pareceram horas a olhar um para o outro, imóveis, na expectativa.

Sorri, avancei, coloquei as minhas mãos na cintura dela, peito com peito, sussurrei-lhe ao ouvido.

- Amo-te.

Ela afastou um pouco o rosto, olhou-me com expressão de felicidade, tal como alguém que enfrenta uma tempestade e vence.

Beijámos-nos, como se dependesse disso a nossa vida, um beijo intenso, duas bocas sedentas uma da outra.

Era verdade, sentia um amor avassalador e era retribuído, o tempo podia parar...






Sem comentários:

Enviar um comentário

Parte 5

Os dias,  as noites, sobretudo as noites assumiram um ritual.  Um permanente sonhar acordado. Um formigueiro no corpo, mil imagens a passar ...