terça-feira, 31 de dezembro de 2019
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
Mais um ano..
Mais uma volta na montanha russa que é a vida.
Foi um ano de altos e baixos...
Um turbilhão de sentimentos e sentidos...
Viajei, vi e saboreei paisagens, momentos que ficam no coração.
Errei e aprendi. Pedi desculpa e disse amo-te.
Trabalhei muito, provei mais uma vez ser bom no que faço.
Conheci pessoas únicas que ficam para a vida toda. Conheci outras que nem por isso.
Vivi momentos maravilhosos, inimagináveis puros. Vivi momentos em que me senti só.
Dias em que me senti atraente. Dias em que me senti feio.
Corri, ontem até acho que fiz uma ligeira contratura, a idade na perdoa.
Bebi uns copos mas também bebi muita água.
Li muito apesar de por mim, teria lido ainda mais.
Feliz 2020 a todos.
Foi um ano de altos e baixos...
Um turbilhão de sentimentos e sentidos...
Viajei, vi e saboreei paisagens, momentos que ficam no coração.
Errei e aprendi. Pedi desculpa e disse amo-te.
Trabalhei muito, provei mais uma vez ser bom no que faço.
Conheci pessoas únicas que ficam para a vida toda. Conheci outras que nem por isso.
Vivi momentos maravilhosos, inimagináveis puros. Vivi momentos em que me senti só.
Dias em que me senti atraente. Dias em que me senti feio.
Corri, ontem até acho que fiz uma ligeira contratura, a idade na perdoa.
Bebi uns copos mas também bebi muita água.
Li muito apesar de por mim, teria lido ainda mais.
Feliz 2020 a todos.
domingo, 29 de dezembro de 2019
3 anos depois
29 de Dezembro de 2016
4 da manhã.
Toca o meu telemóvel, resisto em ver quem me liga aquela hora, a insistência obriga-me a atender.
Era a Central de Alarmes, na tentativa de explodirem o ATM de uma das duas Agências que coordenava na altura, acabaram por explodir a Agência inteira...
Tomei um duche, vesti a primeira roupa que vi e meti-me no carro.
Segui rapidamente, num ímpeto diligente que pouco ou nada podia alterar o cenário.
Acabei por não me despedir...
Numa manhã normal, estando todos na mesma casa a festejar o Natal, teria-me despedido, não o fiz...
Autoridades, locais, colegas, curiosos, telemóvel a tocar constantemente.
11h da manhã, liga-me o meu pai.
Lembro-me perfeitamente, atendi no meio dos destroços.
- O teu avô partiu...
Sai, olhei para o céu, um céu azul, limpo.
Não consegui chorar, estava triste, sentia a morte dele no meu coração, mas não conseguia chorar.
Só chorei passado uns dias do funeral, sozinho, a recordar velhas histórias...
Passeios em Lisboa, Azeitão, Penha Garcia..
A paciência infinita que ele me dedicava. As centenas de perguntas que eu fazia, sobre os pássaros, sobre a sua juventude, sobre a vida...
As melhores férias, quando fugia para a casa dele das namoradinhas da adolescência, quando me sentia amado sem ele nunca ter tido a necessidade de me dizer “gosto de ti”.
Passaram três anos, mas continuas vivo no meu coração, todos os dias acordo e tento ser metade do
que tu foste.
Beijinho Luís.
4 da manhã.
Toca o meu telemóvel, resisto em ver quem me liga aquela hora, a insistência obriga-me a atender.
Era a Central de Alarmes, na tentativa de explodirem o ATM de uma das duas Agências que coordenava na altura, acabaram por explodir a Agência inteira...
Tomei um duche, vesti a primeira roupa que vi e meti-me no carro.
Segui rapidamente, num ímpeto diligente que pouco ou nada podia alterar o cenário.
Acabei por não me despedir...
Numa manhã normal, estando todos na mesma casa a festejar o Natal, teria-me despedido, não o fiz...
Autoridades, locais, colegas, curiosos, telemóvel a tocar constantemente.
11h da manhã, liga-me o meu pai.
Lembro-me perfeitamente, atendi no meio dos destroços.
- O teu avô partiu...
Sai, olhei para o céu, um céu azul, limpo.
Não consegui chorar, estava triste, sentia a morte dele no meu coração, mas não conseguia chorar.
Só chorei passado uns dias do funeral, sozinho, a recordar velhas histórias...
Passeios em Lisboa, Azeitão, Penha Garcia..
A paciência infinita que ele me dedicava. As centenas de perguntas que eu fazia, sobre os pássaros, sobre a sua juventude, sobre a vida...
As melhores férias, quando fugia para a casa dele das namoradinhas da adolescência, quando me sentia amado sem ele nunca ter tido a necessidade de me dizer “gosto de ti”.
Passaram três anos, mas continuas vivo no meu coração, todos os dias acordo e tento ser metade do
que tu foste.
Beijinho Luís.
sábado, 28 de dezembro de 2019
Loud
Underneath your dream lit eyes
Shades of sleep have driven you away.
Shades of sleep have driven you away.
The moon is pale outside
And you are far from here.
And you are far from here.
Breathing shifts your careless head
Untroubled by the chaos of our lives.
Untroubled by the chaos of our lives.
Another day, another night
Has taken you again my dear.
Has taken you again my dear.
And you know that I'm gonna be the one
Who'll be there
When you need someone to depend upon
When tomorrow comes
When tomorrow comes
Who'll be there
When you need someone to depend upon
When tomorrow comes
When tomorrow comes
Wait till tomorrow comes, yea yea
Wait till tomorrow comes, yea yea
Wait till tomorrow comes, yea yea
Last night while you were
Lying in my arms
And I was wondering where you were
You know you looked just like a baby
Fast asleep in this dangerous…
Lying in my arms
And I was wondering where you were
You know you looked just like a baby
Fast asleep in this dangerous…
Traduzir para português
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
Reflexões...
Por vezes mesmo com a casa cheia de gente dou por mim sentado, no meu mundo.
É um período onde dou por mim muitas vezes a pensar, no que fui, no que sou, no queria ser.
Episódios da juventude, episódios atuais,d indecisões, vitórias, derrotas, erros, omissões, certezas...
A vida é mesmo assim, uma manta de retalhos que faz de nós algo, neste caso fez de mim aquilo que sou hoje...
É um período onde dou por mim muitas vezes a pensar, no que fui, no que sou, no queria ser.
Episódios da juventude, episódios atuais,d indecisões, vitórias, derrotas, erros, omissões, certezas...
A vida é mesmo assim, uma manta de retalhos que faz de nós algo, neste caso fez de mim aquilo que sou hoje...
Feliz Natal!
Um Feliz Natal a todos os que perdem um pouco do seu tempo e visitam este espaço.
Que todos os vossos desejos se concretizem.
Que todos os vossos desejos se concretizem.
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Um conto parte XIII
A minha pergunta gerou silêncio.
Olhos nos olhos, senti que a expressão dela transmitia tristeza pela minha questão.
- Entreguei-me a ti desde o momento em que te vi, sem contemplação, sem duvidas, repleta de um sentimento avassalador, que nunca tinha sentido por ninguém.
- Vi umas fotos tuas... - disse timidamente.
- Viste o meu passado, tu és o meu presente e se quiseres serás também o meu futuro - respondeu ela com convicção.
Ficamos uns segundos que pareceram horas a olhar um para o outro, imóveis, na expectativa.
Sorri, avancei, coloquei as minhas mãos na cintura dela, peito com peito, sussurrei-lhe ao ouvido.
- Amo-te.
Ela afastou um pouco o rosto, olhou-me com expressão de felicidade, tal como alguém que enfrenta uma tempestade e vence.
Beijámos-nos, como se dependesse disso a nossa vida, um beijo intenso, duas bocas sedentas uma da outra.
Era verdade, sentia um amor avassalador e era retribuído, o tempo podia parar...
Olhos nos olhos, senti que a expressão dela transmitia tristeza pela minha questão.
- Entreguei-me a ti desde o momento em que te vi, sem contemplação, sem duvidas, repleta de um sentimento avassalador, que nunca tinha sentido por ninguém.
- Vi umas fotos tuas... - disse timidamente.
- Viste o meu passado, tu és o meu presente e se quiseres serás também o meu futuro - respondeu ela com convicção.
Ficamos uns segundos que pareceram horas a olhar um para o outro, imóveis, na expectativa.
Sorri, avancei, coloquei as minhas mãos na cintura dela, peito com peito, sussurrei-lhe ao ouvido.
- Amo-te.
Ela afastou um pouco o rosto, olhou-me com expressão de felicidade, tal como alguém que enfrenta uma tempestade e vence.
Beijámos-nos, como se dependesse disso a nossa vida, um beijo intenso, duas bocas sedentas uma da outra.
Era verdade, sentia um amor avassalador e era retribuído, o tempo podia parar...
24 de Dezembro...
Véspera de Natal, chego de um jantar.
Sento-me no sofá, ouço música, fecho os olhos e penso...
Sento-me no sofá, ouço música, fecho os olhos e penso...
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
domingo, 22 de dezembro de 2019
Um conto parte XII
E acabei por vacilar.
Na vida por momentos o que separa o melhor do pior é uma tênue linha.
Afinal havia outro...
Afinal mais uma vez eu parecia ser o ator convidado.
Nem sei como o mereço, o inferno é um lugar familiar.
Prometi não voltar cair.
Não me esqueço das palavras, da paz, de tudo parecer dar certo. Sem motivo vi o que não me apetecia ver, curiosidade mórbida e não consegui fingir que não queria saber.
Queria fugir ao confronto e ao mesmo tempo queria dizer o que me ia na alma e tinha de ser.
Tínhamos voltado ao quarto e perguntei.
-É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?
Afinal havia outro...
Afinal mais uma vez eu parecia ser o ator convidado.
Nem sei como o mereço, o inferno é um lugar familiar.
Prometi não voltar cair.
Não me esqueço das palavras, da paz, de tudo parecer dar certo. Sem motivo vi o que não me apetecia ver, curiosidade mórbida e não consegui fingir que não queria saber.
Queria fugir ao confronto e ao mesmo tempo queria dizer o que me ia na alma e tinha de ser.
Tínhamos voltado ao quarto e perguntei.
-É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?
se uma música traduzisse o que eu sou...
I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
But I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
But I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh, we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed
Nothing we can't shake
Oh, we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed
If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
If there's reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
If there's reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
sábado, 21 de dezembro de 2019
07h30
O sono é um bem precioso.
Acordo muitas vezes, demasiadas, ficando horas num estranho estado meditativo, onde as memórias ecoam sem parar na minha mente.
Hoje é sábado, a tempestade faz-se ouvir, lá fora a escuridão e eu novamente acordado...
Acordo muitas vezes, demasiadas, ficando horas num estranho estado meditativo, onde as memórias ecoam sem parar na minha mente.
Hoje é sábado, a tempestade faz-se ouvir, lá fora a escuridão e eu novamente acordado...
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
Noite
O vento voltou. Voltou com uma força avassaladora, fazendo-se ouvir no silêncio da noite.
E é durante a noite que custa mais...
E é durante a noite que custa mais...
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
Uma das últimas músicas do ano...
É uma música que me provoca dois efeitos, soletrar enquanto a ouço e refletir...
Mais um dia, enfrentar o mau tempo e a rotina, dias mecânicos e sem prazer...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
domingo, 15 de dezembro de 2019
preconceitos, preceitos, vivências, momentos, certezas, incertas, o mundo, o universo, uma chavéna de chá quente, um curso merdoso...
I got my eyes on you
You're everything that I see
I want your hot love and emotion endlessly
I can't get over you
You left your mark on me
I want your hot love and emotion endlessly
You're everything that I see
I want your hot love and emotion endlessly
I can't get over you
You left your mark on me
I want your hot love and emotion endlessly
sábado, 14 de dezembro de 2019
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
um conto parte XI
O calor abundava, caminhávamos pelas ruas, descontraídos, com pouca roupa, felizes.
Sem telemóvel, sem relógio, eramos nós, numa metrópole de milhões de habitantes nada importava.
Eu sorria, sorria como uma criança, de forma genuína, apaixonada.
Esquecia um passado amoroso que tinha deixado profundas feridas no meu intimo.
Trocas de olhares, cumplicidade, caricias, beijos apaixonados, parecia que nos conhecíamos fazia anos, quiçá fazia uma vida inteira.
A expressão corporal, a química era intensa, automática, natural.
Numa palavra, fluía...
Arrisquei e balbuciei.
- Gosto de ti - disse-o de uma forma tímida, mas honesta, com medo de me precipitar, de deitar todo a perder pela minha impetuosidade.
Ela parou, olhou nos meus olhos, encostou os lábios junto aos meus, de uma forma leve e provocadora, arrastando suavemente a boca dos lábios em direção ao meu pescoço, subindo levemente até a orelha.
- Eu também acho que gosto de ti - disse-o a sorrir, encantando-me cada vez mais a cada segundo que estávamos juntos.
Sentia-me leve, apaixonado, vivo, desejado, longe daquela pessoa que tinha iniciado a viagem, sozinho, a tentar esquecer algo, um passado.
Mas também sentia medo, de gostar demais, de sofrer, de me entregar e cair.
Mas no fundo também sabia, que se caísse, teria sempre de encontrar força para voltar a levantar.
Sem telemóvel, sem relógio, eramos nós, numa metrópole de milhões de habitantes nada importava.
Eu sorria, sorria como uma criança, de forma genuína, apaixonada.
Esquecia um passado amoroso que tinha deixado profundas feridas no meu intimo.
Trocas de olhares, cumplicidade, caricias, beijos apaixonados, parecia que nos conhecíamos fazia anos, quiçá fazia uma vida inteira.
A expressão corporal, a química era intensa, automática, natural.
Numa palavra, fluía...
Arrisquei e balbuciei.
- Gosto de ti - disse-o de uma forma tímida, mas honesta, com medo de me precipitar, de deitar todo a perder pela minha impetuosidade.
Ela parou, olhou nos meus olhos, encostou os lábios junto aos meus, de uma forma leve e provocadora, arrastando suavemente a boca dos lábios em direção ao meu pescoço, subindo levemente até a orelha.
- Eu também acho que gosto de ti - disse-o a sorrir, encantando-me cada vez mais a cada segundo que estávamos juntos.
Sentia-me leve, apaixonado, vivo, desejado, longe daquela pessoa que tinha iniciado a viagem, sozinho, a tentar esquecer algo, um passado.
Mas também sentia medo, de gostar demais, de sofrer, de me entregar e cair.
Mas no fundo também sabia, que se caísse, teria sempre de encontrar força para voltar a levantar.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Bem cedo, algures na A33
Chovia, era cedo, a caminho do trabalho, estava parado no trânsito da A33 junto ao acesso da ponte Vasco da Gama.
Na rádio tocou “Heaven” eu murmurei para mim, “ é mesmo isto”...
Heaven
Baby, you're all that I want
When you're lyin' here in my arms
I'm findin' it hard to believe
We're in heaven
When you're lyin' here in my arms
I'm findin' it hard to believe
We're in heaven
And love is all that I need
And I found it there in your heart
It isn't too hard to see
We're in heaven
And I found it there in your heart
It isn't too hard to see
We're in heaven
Oh once in your life you find someone
Who will turn your world around
Bring you up when you're feelin' down
Who will turn your world around
Bring you up when you're feelin' down
Yeah nothin' could change what you mean to me
Oh there's lots that I could say
But just hold me now
'Cause our love will light the way
Oh there's lots that I could say
But just hold me now
'Cause our love will light the way
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
domingo, 8 de dezembro de 2019
sábado, 7 de dezembro de 2019
Uma manhã fria do primeiro sábado de Dezembro
O dia começou com uma corrida de 8km pela formosa Vila de Azeitão.
Frio, 3 graus, não impediram ou reduziram o prazer do esforço físico.
As corridas de fim-de-semana acabam por ser um bálsamo para minimizar o stress de mais uma semana de trabalho.
Enquanto corria ouvi a música que partilho, penso que faz parte da banda sonora de uma produção da BBC...
Um excelente sábado a todos os frequentadores do blog.
Frio, 3 graus, não impediram ou reduziram o prazer do esforço físico.
As corridas de fim-de-semana acabam por ser um bálsamo para minimizar o stress de mais uma semana de trabalho.
Enquanto corria ouvi a música que partilho, penso que faz parte da banda sonora de uma produção da BBC...
Um excelente sábado a todos os frequentadores do blog.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Finitude
É intrínseco, com o passar do tempo e consequentemente da idade, a noção da finitude ganha dimensão.
O medo de ver o tempo passar e o adiar dos sonhos...
Com o avolumar da idade é um pensamento comum do ser humano.
Aos vinte não existe essa noção, a caminho dos quarenta surge num ápice.
Afinal só se vive uma vez.
O medo de ver o tempo passar e o adiar dos sonhos...
Com o avolumar da idade é um pensamento comum do ser humano.
Aos vinte não existe essa noção, a caminho dos quarenta surge num ápice.
Afinal só se vive uma vez.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Música do dia
Li, reli, voltei a ler.
Gravei na alma e no coração cada sílaba, cada palavra, cada emoção...
Viver é sentir...o resto é apenas sobreviver.
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
domingo, 1 de dezembro de 2019
Noites...
What in this world keeps us from falling apart?
No matter where I go
I hear the beating of our one heart
I think about you when the night is cold and dark
sábado, 30 de novembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
terça-feira, 26 de novembro de 2019
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
domingo, 24 de novembro de 2019
As tardes de domingo...
Chove, faz frio, a pouca luz começa a abandonar o dia que caminha para a escuridão da noite.
Durante alguns anos deixei de diabolizar as tardes de domingo.
Agora fruto de uma saturação crescentes que me aflige volto a sentir aquele síndrome de domingo.
Uma angústia estranha que faz pensar e repensar...
Durante alguns anos deixei de diabolizar as tardes de domingo.
Agora fruto de uma saturação crescentes que me aflige volto a sentir aquele síndrome de domingo.
Uma angústia estranha que faz pensar e repensar...
sábado, 23 de novembro de 2019
O fantástico mundo das empresas o retrato quase geral.
Reuniões por tudo e quase sempre por nada...
E-mails por tudo e quase sempre por nada...
Autonomia e criatividade vedadas...
Decidir é tabu...
Liberdade de expressão, What?
Exigir só a alguns...
Mérito, o que significa isso?
Justiça salarial vs desempenho, progressão na carreira, mais tabus...
Bom fim de semana!
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
Um conto parte x
Acordámos com a luz que trespassava de forma inclemente as cortinas da janela.
Não foram preciso palavras, apenas um intenso cruzar de olhares um suave toque no rosto.
Estava estupidamente apaixonado, a simbiose tinha sido perfeita.
Dois corpos tão abissalmente diferentes completavam-se numa união perfeita, magia pura.
Tinha receio-me de estar a sentir o que não devia, a caminhar para um precipício de forma despreocupada sem saber que o fim poderia estar próximo.
Ela viu o meu rosto pensativo e questionou.
- No que pensas?
- Em nada - respondi.
- Não acredito - disse ela.
- Tenho fome, vamos comer? - disse eu mudando de assunto.
Tomámos um duche juntos, fizemos amor no chuveiro e vestimo-nos.
- Agora também estou cheia de fome - disse ela a rir
E fomos procurar alimento para saciar o apetite de uma noite intensa..
Não foram preciso palavras, apenas um intenso cruzar de olhares um suave toque no rosto.
Estava estupidamente apaixonado, a simbiose tinha sido perfeita.
Dois corpos tão abissalmente diferentes completavam-se numa união perfeita, magia pura.
Tinha receio-me de estar a sentir o que não devia, a caminhar para um precipício de forma despreocupada sem saber que o fim poderia estar próximo.
Ela viu o meu rosto pensativo e questionou.
- No que pensas?
- Em nada - respondi.
- Não acredito - disse ela.
- Tenho fome, vamos comer? - disse eu mudando de assunto.
Tomámos um duche juntos, fizemos amor no chuveiro e vestimo-nos.
- Agora também estou cheia de fome - disse ela a rir
E fomos procurar alimento para saciar o apetite de uma noite intensa..
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Once divided nothing left to subtract
Some words when spoken can't be taken back
Walks on his own with thoughts he can't help thinking
Future's above but in the past he's slow and sinking
Caught a bolt 'a lightnin' cursed the day he let it go
Nothingman
Some words when spoken can't be taken back
Walks on his own with thoughts he can't help thinking
Future's above but in the past he's slow and sinking
Caught a bolt 'a lightnin' cursed the day he let it go
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
She once believed in every story he had to tell
One day she stiffened took the other side
Empty stares from each corner of a shared prison cell
One just escapes one's left inside the well
And he who forgets will be destined to remember oh oh oh
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
Oh, she don't want him
Oh, she won't feed him after he's flown away
Oh, into the sun ah, into the sun
Burn burn
Nothingman
Nothingman
She once believed in every story he had to tell
One day she stiffened took the other side
Empty stares from each corner of a shared prison cell
One just escapes one's left inside the well
And he who forgets will be destined to remember oh oh oh
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
Oh, she don't want him
Oh, she won't feed him after he's flown away
Oh, into the sun ah, into the sun
Burn burn
Nothingman
Isn't it something?
Nothingman
Nothingman
Nothingman
Nothingman
Coulda' been something
Nothingman
Oh ohh ohh
Nothingman
Oh ohh ohh
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
domingo, 17 de novembro de 2019
sábado, 16 de novembro de 2019
um conto parte IX
O céu estava coberto de estrelas, sentia-me um escravo das emoções, não conseguia tirar os olhos dela.
Sentia-me inebriado, num estado emocional onde tinha prometido a mim mesmo não regressar.
Depois daquela simples troca de palavras, resolvemos, sair, caminhar em direção ao hotel.
Caminhamos em silencio, olhando de fugida um para o outro, um jogo perigoso de atração, onde ambos estávamos a arriscar que o toque fosse inevitável.
Estranho destino, queria encontrar-me e acabei na primeira noite ofuscado por um sentimento estranho e avassalador.
Tudo podia correr bem, tudo podia correr mal, estava a jogar na roleta russa, num turbilhão de emoções que me poderiam magoar, mas arrisquei.
Parei, era bem mais alto que ela, olhei a nos olhos, sorri, puxei o corpo dela encontra o meu. Sorri e toquei-lhe na face.
Ela retribuiu e o beijo aconteceu. Intenso, molhado, mágico, não parecia um primeiro beijo, na verdade os nossos lábios pareciam moldados um a outro.
- Sempre durmo no chão? - perguntei eu
- Acho que posso abrir uma excepção - respondeu ela maliciosamente.
Terei de descrever o que aconteceu naquela madrugada?
É demasiado difícil descrever em palavras o que eu senti, é penoso até devido ao calor do momento.
Dois corpos, sem pudores, quentes, duas pessoas, duas almas, que se entregaram, olhos nos olhos, prazer intenso, respiração ofegante, olhares penetrantes, carinho, impetuosidade.
Um caldeirão de emoções.
Demasiado estranho, duas pessoas estranhas, duas almas, dois corações, tanta sintonia.
Fizemos amor durante horas, até o sol nascer e adormecermos nos braços um do outro.
Sentia-me inebriado, num estado emocional onde tinha prometido a mim mesmo não regressar.
Depois daquela simples troca de palavras, resolvemos, sair, caminhar em direção ao hotel.
Caminhamos em silencio, olhando de fugida um para o outro, um jogo perigoso de atração, onde ambos estávamos a arriscar que o toque fosse inevitável.
Estranho destino, queria encontrar-me e acabei na primeira noite ofuscado por um sentimento estranho e avassalador.
Tudo podia correr bem, tudo podia correr mal, estava a jogar na roleta russa, num turbilhão de emoções que me poderiam magoar, mas arrisquei.
Parei, era bem mais alto que ela, olhei a nos olhos, sorri, puxei o corpo dela encontra o meu. Sorri e toquei-lhe na face.
Ela retribuiu e o beijo aconteceu. Intenso, molhado, mágico, não parecia um primeiro beijo, na verdade os nossos lábios pareciam moldados um a outro.
- Sempre durmo no chão? - perguntei eu
- Acho que posso abrir uma excepção - respondeu ela maliciosamente.
Terei de descrever o que aconteceu naquela madrugada?
É demasiado difícil descrever em palavras o que eu senti, é penoso até devido ao calor do momento.
Dois corpos, sem pudores, quentes, duas pessoas, duas almas, que se entregaram, olhos nos olhos, prazer intenso, respiração ofegante, olhares penetrantes, carinho, impetuosidade.
Um caldeirão de emoções.
Demasiado estranho, duas pessoas estranhas, duas almas, dois corações, tanta sintonia.
Fizemos amor durante horas, até o sol nascer e adormecermos nos braços um do outro.
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
um conto parte VIII
Recolhemos as malas, rimos com a burocracia, com o toda a azafama, parecíamos duas crianças.
Entrámos num táxi, seguimos para um hotel no centro.
Era noite, as luzes, o barulho, tudo era abafado pelo olhar da Rita, sem dar conta estava a cometer mais um erro, ainda não tinha superado uma desilusão e caminhava novamente num trapézio sem rede.
Será atração pelo abismo, será masoquismo, não sei, apenas me sentia preenchido, encantado pela presença dela, tudo isto sem a ter tocado, beijado.
Estranha sensação de que a conhecia faz longos anos, de que tudo fluía, o tempo voava na presença dela, quando o que que queria era perpetuar os momentos que vivia.
Sem angustia, sem necessidade de forçar nada, a empatia crescia com o tempo em que passávamos juntos.
Chegámos ao hotel, a lua poderosa iluminava a rua, paguei ao taxista e perguntei.
- Já decidiste? Um ou dois quartos?
- Vais fazer-me mal se dormir no mesmo quarto que tu? - respondeu ela maliciosamente
- Nunca - respondi com sinceridade
- Os teus olhos dizem o mesmo, são demasiado transparentes, partilhámos quarto, mas se apenas tiver uma cama, dormes no chão - disse ela
- Ok, combinado! Mas se dormir no chão pagas tu o jantar.
E assim foi, o quarto era pequeno e apenas tinha uma cama e eu afirmei o compromisso assumido antes de entrarmos no hotel.
- Já vi que durmo no chão, mas o jantar fica por tua conta.
Depois de um duche reconfortante, vestimo-nos e partimos para as ruas em busca de refeição e uma bebida.
Estava uma noite quente, mas chovia ligeiramente, uma chuva quente, ela vestia uns jeans e uma t-shirt justa branca, que realçava o corpo, magro, com curvas, um corpo bonito, insinuante.
Quis dizer que ela era linda, que estava linda, que ofuscava a luz da cidade, que a sua presença ofuscava os milhares que circulavam pela rua.
Guardei para mim, caminhamos, dissemos banalidades, comemos num pequeno restaurante de rua e bebemos umas cervejas.
- Queres ir descansar, ou vamos dançar um pouco? - disse ela no fim da refeição.
Deixei o cansaço de lado e disse que sim,
Caminhamos mais um pouco pela cidade do pecado, corremos as ruas de Sukhumvit e parámos num bar que passava música dos anos 80.
Foi divertido, boa música, bebemos mais umas cervejas e a medida que a noite ia passando ambos nos íamos libertando mais um pouco.
A troca de olhares ganhava intensidade, uma cumplicidade estranha e boa, que mexe com tudo, que abala a nossa convicção e as nossas ideias.
O racional deixa de fazer sentido, tudo à volta desaparece, ficamos nós, a outra pessoa, a música de fundo e mais nada…
Enquanto tocava "Wicked Game" e dançávamos juntos, olhamo-nos nos olhos e a primeira frase foi dela.
- És bonito sabias - e riu-se, sentindo que me tinha desconcertado
Fiquei nervoso, bebi mais um pouco da cerveja e olhei novamente ela nos olhos.
- Pensei o mesmo de ti, ainda não tinha tido coragem para o dizer - afirmei.
Estranho destino que tinha colocado dois desconhecidos no mesmo trilho, juntos num bar numa cidade a milhares de km do seu país, a dançar olhos nos olhos.
continua…
Entrámos num táxi, seguimos para um hotel no centro.
Era noite, as luzes, o barulho, tudo era abafado pelo olhar da Rita, sem dar conta estava a cometer mais um erro, ainda não tinha superado uma desilusão e caminhava novamente num trapézio sem rede.
Será atração pelo abismo, será masoquismo, não sei, apenas me sentia preenchido, encantado pela presença dela, tudo isto sem a ter tocado, beijado.
Estranha sensação de que a conhecia faz longos anos, de que tudo fluía, o tempo voava na presença dela, quando o que que queria era perpetuar os momentos que vivia.
Sem angustia, sem necessidade de forçar nada, a empatia crescia com o tempo em que passávamos juntos.
Chegámos ao hotel, a lua poderosa iluminava a rua, paguei ao taxista e perguntei.
- Já decidiste? Um ou dois quartos?
- Vais fazer-me mal se dormir no mesmo quarto que tu? - respondeu ela maliciosamente
- Nunca - respondi com sinceridade
- Os teus olhos dizem o mesmo, são demasiado transparentes, partilhámos quarto, mas se apenas tiver uma cama, dormes no chão - disse ela
- Ok, combinado! Mas se dormir no chão pagas tu o jantar.
E assim foi, o quarto era pequeno e apenas tinha uma cama e eu afirmei o compromisso assumido antes de entrarmos no hotel.
- Já vi que durmo no chão, mas o jantar fica por tua conta.
Depois de um duche reconfortante, vestimo-nos e partimos para as ruas em busca de refeição e uma bebida.
Estava uma noite quente, mas chovia ligeiramente, uma chuva quente, ela vestia uns jeans e uma t-shirt justa branca, que realçava o corpo, magro, com curvas, um corpo bonito, insinuante.
Quis dizer que ela era linda, que estava linda, que ofuscava a luz da cidade, que a sua presença ofuscava os milhares que circulavam pela rua.
Guardei para mim, caminhamos, dissemos banalidades, comemos num pequeno restaurante de rua e bebemos umas cervejas.
- Queres ir descansar, ou vamos dançar um pouco? - disse ela no fim da refeição.
Deixei o cansaço de lado e disse que sim,
Caminhamos mais um pouco pela cidade do pecado, corremos as ruas de Sukhumvit e parámos num bar que passava música dos anos 80.
Foi divertido, boa música, bebemos mais umas cervejas e a medida que a noite ia passando ambos nos íamos libertando mais um pouco.
A troca de olhares ganhava intensidade, uma cumplicidade estranha e boa, que mexe com tudo, que abala a nossa convicção e as nossas ideias.
O racional deixa de fazer sentido, tudo à volta desaparece, ficamos nós, a outra pessoa, a música de fundo e mais nada…
Enquanto tocava "Wicked Game" e dançávamos juntos, olhamo-nos nos olhos e a primeira frase foi dela.
- És bonito sabias - e riu-se, sentindo que me tinha desconcertado
Fiquei nervoso, bebi mais um pouco da cerveja e olhei novamente ela nos olhos.
- Pensei o mesmo de ti, ainda não tinha tido coragem para o dizer - afirmei.
Estranho destino que tinha colocado dois desconhecidos no mesmo trilho, juntos num bar numa cidade a milhares de km do seu país, a dançar olhos nos olhos.
continua…
um conto parte VII
Embarquei, sem expetativas, sem sonhos, apenas com o vazio e a sombria esperança de o preencher.
Queria esquecer finalmente, voltar a acreditar em algo. No fundo voltar a viver, ver, cheirar, sentir, tocar, até dançar.
Aqui não podia ficar…
Fiz o check-in, entreguei o passaporte e sorri para a rapariga da Companhia Aérea.
Ela sorriu de volta, pensei afinal ainda não estou assim tão acabado. Ultimamente, fugia do espelho, pouca vontade de me enfrentar, olhos nos olhos.
Entrei no avião, sentei-me junto da janela, era uma viagem longa, rumava ao oriente, a onde ninguém sabia quem eu era e o meu passado.
Estava cansado, ninguém se sentou ao meu lado, adormeci ainda o avião não tinha passado a fronteira de Portugal.
- Olá posso sentar-me? - acordei com uma voz feminina, abri os olhos, era morena, magra, sorria e eu ainda meio acordado.
- Claro que sim - disse de forma algo monossilábica. Ela sentou-se mantendo o sorriso.
- Não suportava mais estar no meu lugar, o tipo ressona imenso - disse ela, ao qual respondi.
- Também tenho os meus momentos, como te chamas? - perguntei eu vencendo a vergonha.
- Rita e tu? - disse ela com voz melosa e suave.
- João, vais para onde? Se é que não levas a mal a pergunta - respondi eu
- Tailândia e tu?
- Também, Banguecoque.
- Somos companheiros de viagem, consegues aturar-me pelo menos até ao aeroporto? - disse ela a rir e eu não resisti e ri também.
- Claro que sim, vamos ver se tu me aturas a mim.
A viagem passou depressa, falámos do presente, do que queríamos ver, do que procurávamos descobrir, ouvimos música juntos, rimos e senti uma cumplicidade estranha que aumentava de minuto para minuto.
Acabámos por perceber que ambos viajávamos sem um plano perfeito, ambos teríamos de procurar alojamento na cidade.
Quando o avião se preparava para aterrar ganhei coragem e perguntei.
- Mal te conheço e não teria coragem de te convidar para partilhar, quarto, mas podíamos enquanto estamos em Banguecoque ficar no mesmo hotel.
Fez-se silencio, senti que tinha abusado, ultrapassado a linha ténue da cordialidade.
De repente ela deu uma gargalhada.
- Adorei essa ver-te a mudar de cor, és tímido, sabias? Claro que gosto da tua ideia, partilhar quarto, ainda não decidi, eras capaz de dormir no chão?
- Quando decidires eu respondo a essa pergunta.
E o avião aterrou, clima tropical, um mar de gente e dois desconhecidos, que se pareciam conhecer partiram à descoberta.
Continua….
Queria esquecer finalmente, voltar a acreditar em algo. No fundo voltar a viver, ver, cheirar, sentir, tocar, até dançar.
Aqui não podia ficar…
Fiz o check-in, entreguei o passaporte e sorri para a rapariga da Companhia Aérea.
Ela sorriu de volta, pensei afinal ainda não estou assim tão acabado. Ultimamente, fugia do espelho, pouca vontade de me enfrentar, olhos nos olhos.
Entrei no avião, sentei-me junto da janela, era uma viagem longa, rumava ao oriente, a onde ninguém sabia quem eu era e o meu passado.
Estava cansado, ninguém se sentou ao meu lado, adormeci ainda o avião não tinha passado a fronteira de Portugal.
- Olá posso sentar-me? - acordei com uma voz feminina, abri os olhos, era morena, magra, sorria e eu ainda meio acordado.
- Claro que sim - disse de forma algo monossilábica. Ela sentou-se mantendo o sorriso.
- Não suportava mais estar no meu lugar, o tipo ressona imenso - disse ela, ao qual respondi.
- Também tenho os meus momentos, como te chamas? - perguntei eu vencendo a vergonha.
- Rita e tu? - disse ela com voz melosa e suave.
- João, vais para onde? Se é que não levas a mal a pergunta - respondi eu
- Tailândia e tu?
- Também, Banguecoque.
- Somos companheiros de viagem, consegues aturar-me pelo menos até ao aeroporto? - disse ela a rir e eu não resisti e ri também.
- Claro que sim, vamos ver se tu me aturas a mim.
A viagem passou depressa, falámos do presente, do que queríamos ver, do que procurávamos descobrir, ouvimos música juntos, rimos e senti uma cumplicidade estranha que aumentava de minuto para minuto.
Acabámos por perceber que ambos viajávamos sem um plano perfeito, ambos teríamos de procurar alojamento na cidade.
Quando o avião se preparava para aterrar ganhei coragem e perguntei.
- Mal te conheço e não teria coragem de te convidar para partilhar, quarto, mas podíamos enquanto estamos em Banguecoque ficar no mesmo hotel.
Fez-se silencio, senti que tinha abusado, ultrapassado a linha ténue da cordialidade.
De repente ela deu uma gargalhada.
- Adorei essa ver-te a mudar de cor, és tímido, sabias? Claro que gosto da tua ideia, partilhar quarto, ainda não decidi, eras capaz de dormir no chão?
- Quando decidires eu respondo a essa pergunta.
E o avião aterrou, clima tropical, um mar de gente e dois desconhecidos, que se pareciam conhecer partiram à descoberta.
Continua….
terça-feira, 12 de novembro de 2019
domingo, 10 de novembro de 2019
sábado, 9 de novembro de 2019
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
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