Quem conhece um pouco de mim sabe que desde tenra idade tenho duas paixões, a história e os animais.
Bem cedo, desde que aprendi a ler, comecei a explorar livros sobre o mundo animal, aves e mamíferos eram a paixão. Ao mesmo tempo delirava de satisfação com os livros sobre as figuras da nossa história, reis, cavaleiros, princesas, heróis e vilões.
Perdi-me na figuras da Lusitânia desde Viriato ao general rebelde Sertório.
Sonhei ser veterinário, explorador, arqueólogo e ainda hoje dou por mim a pensar nisso mas acabei bem longe, longe demais diria.
O meu amor por animais perdura, já sorri imenso e perdi as vezes em que chorei a perda de um amigo do coração.
Relembro o nome de todos os que perdi, badaro, fofinha, príncipe, puppy, pintas, Zezinho, sasha e o último foi o Thomas. Uns por doença, outros por velhice...
O Thomas foi um caso especial, entrou na minha vida em 1998, talvez um dos anos mais complicados da minha vida. Foi me dado pelo meu pai, uma surpresa.
Entrou com uma energia e uma loucura saudável que me contagiou no imediato. Toda a vida dele,que terminou em 2013, foi marcada por uma loucura estravagante é uma devoção enorme à minha pessoa.
Era um Huskie, de olhar desprendido, louco por passeios e corridas intempestivas, morreu nos meus braços, encontrei a coragem que ele merecia para o acompanhar até ao fim e serei sempre grato ao meu Thomas.
Cedo percebi que a nobreza dos animais quando amam alguém. E nobreza de muitos seres humanos quando retribuem esse amor.
Essa é a história de Charlotte uma égua da Polícia americana, infelizmente faleceu, um susto, uma queda do cavaleiro é um atropelamento significaram a morte do animal. E eu sei isso pela lição de vida que o Thomas me deu.
A morte por vezes é lenta e cabe a quem ama estar de coração aberto ao pé de quem nos dá tanto. Foi isso que fez o cavaleiro, esteve sempre junto do animal até ao último suspiro.
Não são precisas mais palavras...
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