terça-feira, 15 de dezembro de 2015

XX

A radio tocava...


Olhei para a lua, limpei os olhos, para que chorar.

Dei por mim a pensar ela nunca confiou em mim, apesar do que tudo o que lhe disse ser verdade, de a amar incondicionalmente, de dar a vida por ela, não acreditou.

Senti-me um traste, por não ter consigo demonstrar o meu afeto, mas tinha tentado, tinha sido sincero.

Tinha dentro das minhas limitações humanas demonstrado o quanto a amava.

Falhei.

A rádio continuava a tocar.




Arranquei, fui para casa, amanhã era um novo dia precisava de dormir, a minha única certeza era a pureza dos meus sentimentos, eu nunca mas nunca lhe menti. Vou amar a Inês para sempre, essa era a minha única certeza Segui pela estrada escura, o silêncio era desconcertante, queria dormir, sinto-me feio.




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