quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Devia dormir:)

Devia, a noite de ontem foi mais longa que o esperado e bebida também.

Mas soube bem. A amizade é algo maravilhoso, faz bem à alma.

O programa de hoje é...


http://vidzi.tv/t6pne2fbu206.html#.VoQ1cXp-WrU

Filme sem pipocas, talvez com um chocolate sem açúcar :)

vejam é um clássico maravilhoso.


Moinho de Maré


Hoje quando fazia o curto percurso de cerca de dez minutos de carro para o trabalho lembrei-me de quando andava na faculdade e por vezes atravessava um período de saturação, vá cansaço mental.

Saia de casa, metia-me no carro, o destino deveria ser a estação de comboios para seguir até Lisboa. Ao seguir na estrada em direção a estação fazia um desvio.

 Parava o carro junto ao moinho de maré tendo esta vista como pano de fundo.

http://myguide.iol.pt/photo/moinho-de-mar-corroios


Estacionava o carro junto ao espelho de água, reclinava ligeiramente o banco, retirava um livro da mochila e ficava se fosse preciso horas comigo mesmo...

Hoje apetecia-me, mas apenas continuo jovem no coração...vamos lá trabalhar

conselho...

Se for sair com os seus amigos e no dia seguinte tem de trabalhar, não beba!:)


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

...

"Put your face to my window
Breathe a night full of treasure
The wind is delicious
Sweet and wild with the promise of pleasure

The stars are alive
And nights like these
Were born to be
Sanctified by you and me
Lovers thieves fools and pretenders

And all we gotta do is surrender
Come with me on a journey
Under the skin
Come with me on a journey under the skin
And we will look together..."

The Waterboys

The Police - Don't Stand So Close To Me 86 (Dance Mix)





Gosto tanto...

bom livro...

Os grandes erros da humanidade...

O maior erro é não expressar o que sentimos...:) outro é passar a vida toda sem amar...

sábado, 26 de dezembro de 2015


Sábado ...

Durante semanas coloquei "bocados" daquilo que é um romance, vá um conto ficcional.

Comecei a compilar todos esses excertos, a redefinir alguma da sua essência (sem mudar muito) e vou calmamente, sem colocar aqui, acabar o que comecei...

A compilação é um trabalho complexo, vai durar alguns dias e depois se o destino for favorável espero acabar a história até ao final do mês de Janeiro.


Mr. Probz - Waves (Robin Schulz Remix Radio Edit)





Um brinde a simplicidade da vida...

em processo criativo...


Corri, cansei-me, sorri, fiquei bem melhor...

"Acordei" fui lavar o carro (detesto mesmo)...:)

Agora...descanso no jardim.




bom dia

Novidades...vou experimentar os ténis novos.

Que interessante...:) Eu sei...hoje à tarde tenho umas horas livres, sozinho e ponho a escrita em dia.

À noite eu e dois amigos vamos ver o Star Wars...promete

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

cansado....cama


existem pessoas que nos fazem bem

Eu acredito no amor puro, aquele que não precisa de resposta, onde se dá sem ter necessidade de retribuição...

É o sentimento mais ....puro.

Tenho tantos defeitos, tantas imperfeições físicas,etc....mas sou assim, o André João...

Já reformulei o post 3x, a emoção a emoção sempre toldou o meu pensamento...:)

Fica a música...


desafio superado...

Tive de pedir ajuda a mente e pensar em coisas boas:)

Natal round 2

Bem este natal ou noite de 24 foi diferente, normalmente perdia-me sozinho, apenas com uma pequena luz, no sofá dos meus pais a folhear até altas horas os livros que tinha recebido...

Este natal foi mais roupa, perfumes, ténis, dinheiro...nada de livros.

...faltou aquela magia singela que me fazia todos os anos, por umas horas, sentir-me simplesmente um miúdo:)

Bem,agora que acordei e voltei aos famosos 35, apesar do frio....correr é a opção, faz bem ao corpo e a alma:)


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

venham os livros novos...atualização ñ recebi nenhum:(

Gosto muito desta versão...

22.14


o poder de um bom vinho

Dava uma tese...

tarde de 24...

Ganhei um beijo de um grande amigo.

Revi e falei com algumas pessoas.

Fui correr, isto dos 35 obriga a alguns cuidados...o vinho branco tem muitas calorias:)

Do que sinto falta? Daquele abraço...



Feliz Natal

Quero desejar um Feliz Natal aos leitores deste blog.

Apesar de ser um pagão convicto respeito todas as religiões e convicções.

Aos leitores,  aqueles que me dão força e vontade de continuar, "respirar", um obrigado do tamanho do mundo.

Nem sempre no Natal estamos fisicamente com quem mais amamos, mas felizmente existe o coração...

Um coração cheio de amor é o expoente máximo daquilo que podemos levar desta curta passagem que é a vida.

Deixo a única música de natal que tolero:)


de volta ao meu sofá:)


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

sinto-me assim tirando a parte gay:)


salvem me :)

...apesar do meu sorriso estupido....:)

apetece-me respirar

Sim isso mesmo, apetece-me respirar:)

Balanço 2015 - preâmbulo


O ano está a chegar ao fim, foi mais um daqueles anos que passa depressa, depressa.

 Faz-me pensar se a carruagem do tempo por vezes não é demasiado rápida para encaixar tudo o que queremos viver ou fazer, como entenderem...

No geral foi um ano diferente, coisas boas, coisas más, emoções diferentes, estados de alma que nunca vivi.

 Amor, stress, desespero, monotonia, emoção, reflexão, alguma loucura e por vezes demasiado bom senso.

A expetativa é em 2016 fazer algo por mim, apostar novamente em mim.

Tenho 35 anos e muitas vezes continuo a ser um mistério para mim mesmo.

Se eu não acreditar 100% em mim ninguém pode acreditar.

Mas é uma reflexão que vou fazendo todos o dias até ao final do ano, partilhando por aqui algumas das ideias chave.

Por exemplo, a música que mais ouvi em 2015;

 
 

"Tens um minutinho..."





Ando numa de "tesourinhos"...Admito que até a tenho no meu Ipod...e muitas vezes é a aquela que uso para o último km...

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Eu juro que só bebi uma:)


Mas sim, meti esta música...:) É Natal ninguém leva a mal.

sorrir faz bem!

Foi assim durante grande parte da minha tarde, trabalhei, produzi e sorri.

Sorri de forma genuina.

 Cheguei mesmo a dar uma gargalhada.

É bom aquece alma:)

O final da tarde podia ser ainda mais caloroso mas o inverno é tramado.:)

Doí-me a cabeça. Vou tomar um  medicamento...lol




A precisar de férias...


Contagem descrescente...

Enquanto bebo café penso, falta um dia e meio.

Tenho planos para os quatro dias, passar algum tempo com a família, um sítio onde já não vou a imenso tempo e quero ir, um projeto para terminar...e outras coisas mais...

Estou a ser exigente comigo, mas sempre fui, dou sempre o meu melhor em tudo, muitas vezes não é o suficiente, estou a aprender a viver com isso...


Até que me apetecia...

Até que me apetecia escrever mas só ia sair disparate...

Estou a precisar com urgência que chegue a pausa do Natal, apesar da confusão consigo arranjar sempre algum tempo para mim...
 
Ficamos só pela música da manhã...manhã essa de frio e nevoeiro blá blá blá...



domingo, 20 de dezembro de 2015

Crónicas...

O rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur são para mim três dos melhores livros que já li.

Para ser honesto já li, reli, voltei a reler e é engraçado que tenho novamente o volume I, O rei do inverno aberto na minha mesa de cabeceira em Constância.

Sempre que lá vou leio mais um pouco. Derfel...


pormenores



Açores

A ilha de S. Miguel é um local único, a simbiose do verde com o mar é de uma dimensão enorme.

A história, beleza natural fazem dos Açores um destino a visitar.

Sou suspeito, já vivi dois em anos no Nordeste e tenho visitado a ilha com regularidade, fico sempre com vontade de voltar...

Assim, divulgo um blog de um leitor.


http://ernestocastanha.blogspot.pt/

depois da chuva...nevoeiro

Estava cansado e adoro "perder-me" na cama enquanto oiço o barulho da chuva a cair de forma incessante.

É uma sensação boa, ficar deitado, quente, a ver e ouvir a chuva cair.

Acabei por adormecer e acordei com um dia de neblina, o rio contribui, dá um certo ar de misticismo à terra.

Aqui estou eu, vou correr, não vou correr...

#Bomdia para quem já acordou ou ainda está na cama a saborear mais uma manhã de domingo:)


sábado, 19 de dezembro de 2015

noite...

Por aqui chove imenso, sinto o corpo cansado, a pedir cama...


bom vinho...


velho

Uma hora de basket chegou para perceber....estou velho:)

resumo do dia com música lamechas:)





ainda faltam mais XXIII para a história acabar...

E eles vão lutar por um final feliz:)

XXII


Estava a arrumar a cozinha, isolada de tudo, olhei pela janela estava frio, era uma daquelas típicas noites do interior do País, a escuridão inundava a rua.

 Tive um pressentimento estranho, algo aqueceu o meu coração, era estranho andava melancólica desde que o conheci.

Nunca o tive, nunca o beijei e passo as noites a chorar por ele, não compreendia, todos os dias lutava por o esquecer, impossível.

Mesmo quando descobri que ia ser mãe, a alegria transformou-se em mais um amargo estado de alma, a criança ia ser amada, era a minha razão de resistir, de não largar tudo mas tudo, o que eu pensava é que a criança devia ser dele. Era tudo mais fácil.

Sei que sou cobarde, estou a abdicar de ser feliz, a porta tocou. O Rui estava na sala a ver televisão.

Espreitei a rua vi um carro como os faróis acesos junto a entrada da casa, dirigi-me a porta, senti ansiedade, espreitei era o João. O que faz ele aqui.

Abri a porta, olhei para ele espanto, fiz um sorriso tímido, como é possível eu amar aquele homem tanto e resistir a dar-lhe os sinais que ele merecia.

- Estás perdido? – foi o que consegui dizer mas o meu coração queria dizer muito mais – Não, o GPS funcionou maravilhosamente, cheguei à primeira - disse ele.

- O que fazes aqui João? – questionei com medo da resposta – Vim dizer-te algo .

Ficámos em silêncio

- Inês vou amar-te para sempre, não vai passar um dia da minha vida que não me lembre de ti, desejo-te o melhor sempre, mesmo que o melhor para ti seja longe de mim.

Que prova de amor, senti naquele momento que nunca o iria deixar de amar, vivesse eu mil anos, tinha de lhe dizer que sentia o mesmo, de pedir desculpa, porque o certo era estarmos juntos, felizes.

- João… - ia falar, mas abruptamente o Rui tinha chegado junto à porta.

E o Rui estragou tudo, confusão instalada, descubro que o João vai para Inglaterra, não o censuro, estou grávida, não lhe consigo dar o amor que realmente sinto.

Na despedida atribulada ele subtilmente deixa um bilhete com algo manuscrito e segue no seu carro.

 Entrei em casa, quando o que queria era sair, o Rui gritava irado, pedi para ele se acalmar pelo nosso filho, ele saiu de casa, foi ter com os amigos, deixou-me sozinha.

Ainda bem era sozinha que eu queria estar. Sentei-me no sofá, abri o bilhete, tive medo de o ler, fechei-o novamente e voltei a abrir.

“Inês,

Tinha de te ver, espero que me perdoes a ousadia.
Vou partir, preciso de me descobrir, de vencer o vazio em que a minha vida ficou.  Não mudava nada. O que sinto por ti vai para além do sublime, contigo descobri o amor mesmo nunca te tendo ou venha a ter.

Todos os dias acordo com uma dor no peito, todos os dias sonho em beijar-te, fazer amor contigo, a tua ausência sufoca-me.

Deixo-te a minha morada no Reino Unido e o meu endereço de e-mail.
Se um dia perceberes ou sentires o mesmo, a criança nunca será uma barreira…

Oak Road 20121 – Cardiff – País de Gales”

Li três vezes, guardei o bilhete e fechei os olhos...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

XXI

Lá adormeci, nada de sonhos, só a escuridão de um sono profundo, estava exausto.
Acordei, o meu dia tinha um plano, fiz a barba, tomei um duche de água fria e vesti o meu melhor fato.
Comi uma torrada bem tostada, bebi um sumo de laranja, não me apeteceu o copo de leite frio.
Sorri para mim, sou forte, acredito em mim, quando disse que a amava era verdade, não brinco com o amor, não brinco com as pessoas.
 Sou assim, às vezes intempestivo, difícil, sei que posso magoar quando me sinto atacado, um erro, mas sou humilde e sei reconhecer, só peço que ela tenha acreditado em mim.
 Fraca consolação mas era tudo o que eu desejava.
Queria apanhar o diretor bem cedo, eram sete e meia quando me meti no carro, fiz a viagem a ouvir música, a recriminar-me sobre a forma infantil como me despedi da Inês.
Entrei em Lisboa, liguei ao Nuno.
- Estás acordado? – Sim, graças a ti – respondeu ele com voz ensonada – Quero que sejas o primeiro a saber, vou despedir-me e para a semana mudo-me para Inglaterra.
- Fodasse enlouqueceste de vez, os teus pais já sabem? – Não e não digas nada ainda – retorqui.
- Logo reunião de emergência vou avisar os outros, vamos apertar contigo – Hoje não Nuno, fica para amanhã combina com eles, quero despedir-me da malta.
- Ok, que grande maluco, aquela miúda deu mesmo cabo de ti, adeus urso – Adeus pá, vou entregar o pedido demissão.
Cheguei ao escritório, disse o meu simpático bom dia, segui no elevador, tentei que a emoção não transparecesse, tinham sido bons anos, a mudança custa sempre.
Liguei o computador, já tinha recebido o contrato da outra Empresa, imprimi li, assinei e remeti de volta era oficial, a decisão estava mesmo tomada.
Aproximei-me da sala do diretor. A secretária olhou para mim, um sorriso maroto, há muito que sabia que a Rita tinha simpatia por mim.
- Bom dia Rita, cada vez mais bonita, o Dr. António está ocupado? – Ela sorriu não resistia a um elogio – Ele está sempre, mas como é para ti eu arranjo maneira de ele te dispensar cinco minutos.
Pisquei-lhe o olho e aguardei. Passados dez minutos fez-me sinal para entrar. Apesar de convicto custa sempre.
- Bom dia Doutor como vai? – Disse tentando controlar o nervosismo – Bom dia João, por acaso queria falar consigo, gostei imenso do projeto da Empresa de Turismo Rural.
Oh porra, o tipo não está a ajudar.
 – Obrigado, mas o assunto que me leva aqui é outro – Então Diga? – Quero entregar-lhe a minha carta de despedimento, vou emigrar.
- O que? Ouvi bem? – Disse em tom petulante, nitidamente o homem não estava habituado a ouvir o que não queria.
- Ouviu, sim, aqui está a carta e eu não sou o Paulo Portas a minha demissão é mesmo irrevogável, vou arrumar as minhas coisas, adeus Dr. António.
- Você é que sabe, passe pelos recursos humanos e acerte as contas, boa sorte João eu até gostava de si.
Sorri e dei-lhe um aperto de mão vigoroso. Arrumei as coisas, usei o computador para comprar uma passagem de ida para Londres, despedi-me dos colegas, os quais ficaram de agendar um jantar para uma despedida melancólica regada a álcool.
Enfiei tudo num saco, olhei pela última vez para a janela do escritório, observei o sítio onde a tinha visto pela primeira vez, sorri e fui até aos recursos humanos.
Estava com uma ideia parva na cabeça desde manhã, depois de tratar da burocracia resolvi fazer uma pergunta.
- Colega pode dizer-me a morada da Inês, a colega que trabalha nos projetos da zona centro, que vive perto da Covilhã, tenho um livro dela quero devolver, mas não sei a morada.
E ele deu-me a morada, apontei. E fui embora, só faltava um parágrafo para encerrar este capítulo da minha vida.
Saí acabei por comer qualquer coisa em Lisboa, fui a casa, troquei de roupa, vesti uns jeans, t-shirt uns ténis, agarrei num pacote de bolachas, um casaco e enfiei-me novamente no carro.
 Meti a morada no GPS, ia chegar lá por volta das onze, paciência mais vale tarde que nunca.
Foi uma viagem ansiosa, os kilometros não passavam, a paisagem era enfadonha, só queria chegar e libertar o que tinha dentro de mim.
Parei para tomar café e comprar água, não atendi as dúzias de chamadas, a minha partida espalhou-se rapidamente, não me apetecia falar disso.
Cheguei a terra dela, uma pequena vila, passei junto ao rio, parei para respirar e concentrar-me fiquei cinco minutos a ouvir o som da água a borbulhar e disse para mim é agora.
Andei mais dois minutos, parei a porta da casa dela, havia luz na janela, estava frio, devia ter vestido algo mais quente, não interessa, olhei em redor, só se via a escuridão da noite, toquei a porta.
Foi um toque tímido mas sentia-me corajoso.
Ela abriu a porta, usava umas calças cinza, justas, umas pantufas engraçadas e uma camisola larga, olhou-me por três segundos, espantada, depois sorriu levemente.
- Estás perdido? – disse enquanto tirava o sorriso espontâneo do rosto – Não, o GPS funcionou maravilhosamente, cheguei à primeira.
Ela não resistiu e sorriu novamente.
- O que fazes aqui João? – questionou – Vim dizer-te algo – disse com convicção.
Ficou em silêncio a espera que eu falasse. Suspirei e disse aquilo que devia ter dito no restaurante.
- Inês vou amar-te para sempre, não vai passar um dia da minha vida que não me lembre de ti, desejo-te o melhor sempre, mesmo que o melhor para ti seja longe de mim.
- João… - ela ia falar, mas o Rui tinha chegado junto à porta.
Quem é este tipo? Não é o teu coleguinha da discoteca? O que ele faz aqui? – disse meio irado, o tipo era ciumento.
- Olá Rui, sim sou eu o João, vim despedir-me da sua mulher, vou para Inglaterra e vim dizer que a amo.
E levei um grande murro, vi uma lágrima e um meio sorriso maroto no rosto dela.
- Meu cabrão se voltas aqui dou cabo de ti – gritava o Rui em pleno pulmões.
- Adeus Inês - disse eu - Adeus João, boa sorte – disse ela meio timidamente.

O meu lábio sangrava, mas olhar dela dizia tudo, meti-me no carro e parei novamente junto ao rio, precisava de um pouco de frio no rosto mas sorri para mim mesmo.
A vida tinha de continuar, só o que sinto por ela  é que nunca irá mudar.

Palavras para que...basta ouvir

Se...

Se pudesses pedir um desejo para ti, o que pedias? O que alteravas na tua vida?

Lunch music...


Havia uma leitora que usava as músicas do blog como companhia para o dia de trabalho. 

Para ela um feliz natal.

Hoje vou falar de ...

nada...isso mesmo nada:)


stiches

Ontem acabei com um clássico.

Hoje a acompanhar com os cereais oiço uma música atual.

É uma daquelas que quando passa na rádio faz-me arriscar cantarolar um pouco.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Um clássico...



Sempre gostei da música, vinha no carro a ouvir e partilhei...

No dia 30 de Novembro...

Fui correr, não estava planeado, ainda me dói imenso a perna, lembram-se?

Fui pois precisava de me massacrar, de cansar o corpo, de dizer a mim mesmo o quanto tinha estado mal hoje no início do dia eu não sou assim. 

Foi uma corrida rápida, usei o pouco disponível para exigir o maximo de mim.

 Tirei uma foto da lua, olhei, pensei se mais alguém a estaria a observar,  acho que não.


Segui até aos meus pais, hoje jantamos todos juntos, abraço a minha mãe, estou sentado na sala onde vivi a minha juventude, tento disfarçar a minha má disposição, o meu pai sorri e tenta puxar por mim...e ainda é tão cedo para jantar.

A esta hora quem lê o texto pergunta porque o título, 30 de Novembro, nesse dia escrevi um texto,  "hoje vou falar de alguém", foi um texto que aparentemente gerou nenhuma curiosidade e admito que estranhei.

Não surgiram perguntas, nada, até pensei que tinha deixado pistas suficientes, errado.

Normalmente com peso e medida, vou revelando curiosidades sobre mim, umas boas outras más, umas visíveis, algumas puros estados de alma.

Ao contrário de muitos de nós é nos momentos mais melancólicos que consigo sempre revelar um pouco mais do que sou.

Aquele rapaz sou eu...

Apesar do meu feitio, naquele Novembro de 1998, aprendi uma lição, aprendi a dar importância às coisas boas e a rapidamente desvalorizar as pequenas coisas más...porque na verdade o amor é o combustível que alimenta o ser humano.

#boanoite

Parabéns aos meus pais

36 anos de casamento, 35 anos a aturarem o meu mau feitio, acreditem não é fácil...

Mas como diz a minha mãe eu sou só fogo de vista, depois bem no fundo sou um coração de manteiga.

Particularizo o meu grande amor pela minha mãe, na altura o mais fácil teria sido interromper a gravidez e consequentemente não estaria aqui para atormentar quem amo.

Mas a minha mãe era e é uma lutadora, nunca desistiu de mim.

acrescentando...

A pouco disse, "Sou um estúpido", muitas das vezes sim, tal deve-se a uma cegueira momentânea, associada a uma emotividade fervilhante.


Quem me conhece ou vai conhecendo, desvaloriza, sabe que na essência não sou assim.
Mas diga-se que essa emotividade só surge com as pessoas que significam algo para mim.

 Deixar o tempo falar, repito isto constantemente para mim e nem sempre cumpro...

Mas existe algo que faz parte de mim desde que me conheço, dentro do meu orgulho imenso existe a capacidade de reconhecer o erro, de pedir desculpa.

Afinal errar é humano, reconhecer o erro é a forma de desmistificar as minhas falhas e tenho tantas...

Não gosto do André, explosivo…sempre o detestei…

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Boa noite...


Night song

XX

A radio tocava...


Olhei para a lua, limpei os olhos, para que chorar.

Dei por mim a pensar ela nunca confiou em mim, apesar do que tudo o que lhe disse ser verdade, de a amar incondicionalmente, de dar a vida por ela, não acreditou.

Senti-me um traste, por não ter consigo demonstrar o meu afeto, mas tinha tentado, tinha sido sincero.

Tinha dentro das minhas limitações humanas demonstrado o quanto a amava.

Falhei.

A rádio continuava a tocar.




Arranquei, fui para casa, amanhã era um novo dia precisava de dormir, a minha única certeza era a pureza dos meus sentimentos, eu nunca mas nunca lhe menti. Vou amar a Inês para sempre, essa era a minha única certeza Segui pela estrada escura, o silêncio era desconcertante, queria dormir, sinto-me feio.




XIX

Era noite Parei a porta de um bar.  Um daqueles bares de terra pequena, cheio de homens, homens de aspeto gasto por noites e noites de consumo de bebidas em excesso.

Homens que mais nada faziam a não ser trabalhar e beber. Também haviam mulheres, poucas.

Parei na soleira da porta. Observei e recuei. Não era aquilo que queria para aquela noite.

Meti-me no carro, segui até uma enseadada junto ao Rio Zêzere, parei, deixei o rádio ligado, abri a porta-se deixei-me estar encostado ao capot, fechei os olhos e imaginei.

Imaginei que estava num quarto, não se onde, um quarto com pouca luz e a Inês sorria se forma tímida para mim.

O meu corpo aproximou-se do dela de forma lenta, absorvendo todo o calor que ela emanava.

 Sorri também, parecíamos dois miúdos, que descobriam a sensação de desejar alguém de forma pura e simples.

Trocamos um beijo, beijo que começou tímido e foi crescendo até a nossa boca se fundir e os nossos corpos se entrelaçarem unidos por um amor inabalável, profundo.

Ela tirou a minha roupa, explorou o meu corpo enquanto a minha respiração acelerava, o prazer era intenso, despia-a, a sua pele era clara,  o corpo era de uma sensualidade única, beijei cada centímetro da sua pele mas aquele olhar profundo.

Tão profundo que me fazia perder o sentido de tudo, que olhar acompanhado por uma expressão, misto de prazer e de uma solenidade capaz de deixar na dúvida o mais confiante dos homens.

Já nus deitamo-nos numa cama, beijos, carícias, excitação, amor, olhares trocados, empatia, química, desejo, tudo junto em dois corpos em simbiose.

Até que começamos a fazer amor, era mesmo amor.

Nesse momento abri os olhos, ela não estava aqui, só o barulho da água e música.

Foi nesse momento que chorei, que realmente percebi, a Inês não está nem vai estar aqui.



terça feira...


domingo, 13 de dezembro de 2015

Café e música...


XVIII

Grávida, grávida, grávida, disse uma centena de vezes a palavra no meu subconsciente.
 
O tempo que demorei a reagir pareceu uma eternidade. E foi ténue, a minha maneira de lidar com o choque e a perda é singular.
 
- Parabéns Inês espero do coração que tudo corra bem para ti e o bebé - foi o que consegui dizer antes de me levantar e virar costas.
 
- Espera - virei-me e encarei o olhar dela. percebi naquele o momento o porque de a amar com toda a minha alma.
 
 Aquele olhar profundo onde eu conseguia "ler" aquilo que mais ninguém via, os traços do rosto dela mesmo triste incendiavam o meu coração moribundo. Eu tinha a chave do cofre mas não o podia abrir.
 
- A sério que te amo João, lutei contra isso, repudiei-me, achei que era tudo errado, mas enganei-me, foi o maior erro da minha vida.

- Obrigado pela simpatia, boa sorte com a tua vida Inês - soa a estúpido mas foi o que consegui dizer antes de sair do restaurante abruptamente.

Andei cerca de uma hora a vaguear pelas ruas de Lisboa, sem destino motivo o razão, andava para não me sentar e encaixar todas as peças.

Voltei ao escritório, sentei-me e chorei do nada, não sei se chorei de raiva, de resignação ou mesmo desespero.

Pensei em ligar a Marisa, o sexo ia fazer-me bem, desisti era uma ilusão, depois viria o vazio.

Fui lavar a cara, voltei, apaguei o número da Inês, eliminei todos os registos nas redes sociais que me podiam levar a ela.

Fui ao email, em tempos tinha recebido um convite tentador para ir para o Reino Unido trabalhar, tinham-me dado três meses para ponderar se aceitava a mudança para Gales.

Estive mais de vinte vezes pronto a responder que não aceitava, mas aguardei sempre. Provavelmente eu sabia que iria ter de aceitar, de mudar, de reencontrar-me, longe de tudo e todos.

E aceitei, era tarde quando tinha a carta de despedimento pronta, deixei a entrega para o dia seguinte, era demasiado tudo no mesmo dia.

Estava triste, demasiado triste mas não iria deixar que a tristeza ultrapassasse o limiar do meu amor por mim.

Saí entrei no carro, meti um velho cd dos meus dezassete anos e fui beber um copo...




 

fui ver...

Passei perto e resolvi fazer o desvio....laranjeiro...é a arte a entrar em locais mais desfavorecidos, faz falta. A cultura deve chegar a todos...só assim se constroe verdadeiramente uma nação.

sábado, 12 de dezembro de 2015

cair e levantar ...pronto para outra

Fui correr, algo que faço com alguma regularidade e na maior parte das vezes com prazer.

Hoje não me apetecia muito, poucas horas de sono devido a uma noitada condicionavam imenso.

Fiz um esforço e fui, corria bem 27m 5.4km, phones, boa música, a pensar em coisas boas...um sitio menos iluminado, um buraco e consequentemente uma queda.

 Uma ferida simpática na perna esquerda, mais uma cicatriz sexy e uma história para contar.

Moral levantei-me e estou pronto para ir correr amanhã:)

Que saudades que tenho de correr na vila poema.





conceitos ll

Para terminar...medindo sempre o peso dos sentimentos às palavras...quando sentirem amor por alguém, nunca tenham receio de dizer todos os dias a essa pessoa que a amam:)

conceitos


Definam amor? O que é amar? É igual a gostar? É abstrato? É um estado de alma inexplicável?  Já disseram a alguém "amo-te?"

 Se sim...Sentiam o que diziam? Banalizaram a palavra? Confundiram conceitos/sentimentos? Confundem tesão desejo com amor?

É possível na nossa vida esquecendo outro tipo de amor, amar mais do que uma pessoa durante o nosso ciclo na terra?

Partilho o que eu penso, não se deve banalizar a palavra, é mágica, devemos dizer apenas quando sabemos que a pessoa é demasiado especial, a tal, sem equívocos ou segundas interpretações.

 A magia dessa palavra ou conceito está na singularidade, na exclusividade...inclusive penso que a maior parte das pessoas vive uma vida inteira sem amar ou ser amada.

Amar inclusive pode não ser algo recíproco mas amar tem de ser algo profundo, único.

Almejar esse sentimento com a certeza que é real, profundo é o máximo que um ser humano pode aspirar...




sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

sexta

Uma correção ao texto anterior, só perdura o amor verdadeiro.

E mesmo assim precisa de ser "alimentado" ... E não falo de doces:)

Hoje superei mais um obstáculo, sinto-me sempre mais forte, aprendo sempre algo dos períodos difíceis.

É uma característica de quem teve sempre de lutar por tudo. Aprender...

Hoje sou mais capaz do que era ontem. Sempre a aprender, mas sempre eu, teimoso, duro, lutador e pontualmente inteligente.

Obrigado a quem me deu sempre a palavra de apoio certa no momento ideal.

 São essas pessoas que nos fazem bem...

Agora é descontrair, beber uns copos rir, sem nunca deixar de pensar...é a crueza da vida, falta sempre algo...

o que se pode esperar.

Sempre fui responsável, mas sempre  vi as coisas de uma forma plural.

Muitas vezes é preciso um timming, conceito diferente para responder a uma situação.

Drama, existe muita gente que só vê preto e branco.

 O mundo é colorido, feito de mudança.

Só o amor perdura mas não é de amor que falo...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

aqueles dias....

Aqueles dias em que apesar do nosso melhor tudo mas tudo corre mal...


hoje precisava de...


XVII

Resumir a forma como passei o meu tempo até quarta-feira é algo simples de descrever. Ocupei-me ao máximo com tarefas mundanas. 

No domingo lavei o carro, algo que raramente faço, li, vi o Senhor dos anéis e dormi, ou tentei dormir.

Nos restantes dias deixei-me absorver pelo trabalho e bem precisava, na semana anterior tinha descurado um pouco, algo anormal em mim. 

Em suma isolei-me um pouco dos amigos, internet e afins.

Finalmente quarta, acordei eram 6h30,  segui o ritual, duche, mais longo que o habitual, vesti-me,  manti o meu registo sóbrio, escolhi um fato escuro a combinar com uma gravata lisa azul escura. 

Bebi, um café, não me apeteceu leite, algo estranho, comi uma torrada. Lavei os dentes, olhei-me ao espelho e sai levando uma peça de fruta para o meio da manhã.

Recordo-me de ter sido uma manhã calma, uns mails, telefones, um olhar constante para o relógio. 

Sabia que naquele momento não valia a pena embrenhar-me em tarefas de maior rigor, iria dar asneira a ansiedade fazia com que o simples gesto de respirar fosse doloroso.

O tempo foi passando. Faltavam quinze minutos resolvi sair, sempre detestei chegar atrasado.

Desci no elevador, pensei que talvez a encontra-se mas nada. No hall cruzo-me com um velho conhecido, sou rápido no diálogo, tenho um compromisso.

Sigo em direção ao restaurante, o caminho é curto, o sol brilha apesar de não estar calor. Olho tento ver se ela se encontra nas redondezas, nada.

Entro no restaurante, observo e ali está ela, sentada numa pequena mesa a um canto. Cabelo apanhado, olhos levemente pintados de escuro, está linda como sempre.

- Olá, posso sentar-me? - pergunto com voz nervosa - Claro João, estava a tua espera? Está tudo bem?   

-  Sim e tu estás bem? - Acho que sim - respondeu ela - Achas? - retorqui.

- João eu não sei como dizer isto é avassalador, não me julgues por favor - Diz - foi a única palavra que consegui verbalizar.

- Amo-te desde que te vi, senti isso no meu coração, como nunca tinha sentido até hoje, não se explicar, tentei entender,  não existe nada para entender, tinha de te dizer que te amo, não me iria perdoar se nunca o fizesse. Mas...

- Mas? - não sei como o meu coração não parou, senti uma alegria, comunhão, inexplicável, estava enervado, mas aquele "mas"...

- Estou grávida do Rui e vamos casar...

Pronto, desci a terra...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Até amanhã...


Formas de amar

Quem conhece um pouco de mim sabe que desde tenra idade tenho duas paixões, a história e os animais.

 Bem cedo, desde que aprendi a ler, comecei a explorar livros sobre o mundo animal, aves e mamíferos eram a paixão. Ao mesmo tempo delirava de satisfação com os livros sobre as figuras da nossa história, reis, cavaleiros, princesas, heróis e vilões.

Perdi-me na figuras da Lusitânia desde Viriato ao general rebelde Sertório.

Sonhei ser veterinário, explorador, arqueólogo e ainda hoje dou por mim a pensar nisso mas acabei bem longe, longe demais diria.

O meu amor por animais perdura, já sorri imenso e perdi as vezes em que chorei a perda de um amigo do coração.

Relembro o nome de todos os que perdi, badaro, fofinha, príncipe, puppy, pintas, Zezinho, sasha e o último foi o Thomas. Uns por doença, outros por velhice...

O Thomas foi um caso especial, entrou na minha vida em 1998, talvez um dos anos mais complicados da minha vida. Foi me dado pelo meu pai, uma surpresa.

Entrou com uma energia e uma loucura saudável que me contagiou no imediato. Toda a vida dele,que terminou em 2013, foi marcada por uma loucura estravagante é uma devoção enorme à minha pessoa.
Era um Huskie, de olhar desprendido, louco por passeios e corridas intempestivas, morreu nos meus braços, encontrei a coragem que ele merecia para o acompanhar até ao fim e serei sempre grato ao meu Thomas.

Cedo percebi que a nobreza dos animais quando amam alguém. E nobreza de muitos seres humanos quando retribuem esse amor.

Essa é a história de Charlotte uma égua da Polícia americana, infelizmente faleceu, um susto, uma queda do cavaleiro é um atropelamento significaram a morte do animal. E eu sei isso pela lição de vida que o Thomas me deu.

A morte por vezes é lenta e cabe a quem ama estar de coração aberto ao pé de quem nos dá tanto. Foi isso que fez o cavaleiro, esteve sempre junto do animal até ao último suspiro.

Não são precisas mais palavras...




Hoje sou Chelsea

É dia mas podia ser noite

Durante um período da minha vida conduzi imenso durante a noite.

 Viagens, trabalho, estudos, faziam-me percorrer algumas estradas tendo apenas a escuridão e o rádio como companhia.
 
Habituei-me a ouvir o João Chaves, a música que aqui coloco era raro o dia em que não passava na 93.2.

Apesar de pitosga continuo a gostar de conduzir à noite, sobretudo quando não tenho pressa de chegar ao destino...



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

#boanoite


Copo leite frio, quatro bolachas e livro...

Marcou os meus 18 anos...

Bela música, boas recordações...



Refleti

Escrever faz-me bem. É libertador. Além disso  só tenho de ser eu. 

E ser eu significa ser transparente, teimoso, impulsivo, observador, sonhador, às vezes parvo, é sobretudo dar sem pedir nada..mas grato a quem me dá ...


Madrugar...

Ando a dormir mal, demasiado mal, sem falar da parte estética, olheiras e afins, dormir mal rouba-me no dia a dia alguma clarividência. O cansaço acumula-se...

Falando em cansaço hoje de manhã tenho como opção correr na praia, tem tudo para correr mal por causa dos meus tornozelos mas eu sou mesmo assim, teimoso.

O blog vai entrar de férias, não sendo inflexível e até podendo retomar ou não antes, sinto que partilhar estados de alma, ideias, conceitos, histórias, músicas, filmes em suma um pouco de mim, exige uma constante reflexão.

Sendo um blog, existindo presumo eu leitores, leitores invisíveis, toda a comunicação acaba por ser  silenciosa. De mim para ti, de mim para alguém, de mim para quem tenha curiosidade.

O feedback não existe, não sendo católico é uma espécie de conversa com Deus. 

Não se espera uma resposta, apesar de ela ser possível.

Parar para observar pode ser algo bom, na minha aparente calma sempre tentei fazer as coisas bem, fazendo muitas vezes mal, mas com a tranquilidade de nada ser premeditado, sou assim ponto.

Não podia deixar de colocar uma música, escolhi um tema atual, não vivo só do passado...

Boas leituras, se não voltar antes, feliz natal a todos os que festejam o natal, feliz solstício de inverno para quem vê de outra forma.




segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Amanhã é feriado?

Quando penso na minha vida adulta, sempre me censurei, por muitas vezes não fazer o que queria fazer, quando onde, como, tudo em comum só tem uma resposta.
 
Usei brinco quando só meia dúzia usavam, deixei o cabelo crescer, vesti-me sempre de acordo com o que eu gostava não me preocupando com os outros, ouvia a minha música, fui a concertos, bebi os meus copos, fiz roadtrips mirabulantes, viajei sozinho, com amigos, escrevi imensas cartas, conheci pessoas de norte sul, fugi de bares, andei a porrada em bares, disse sempre não às drogas,  parti corações, partiram o meu, parti vários ao mesmo tempo,  li imenso, sonhei acordado, sonhei a dormir...
 
Em resumo...
 
Na escola fui o que quis, no desporto o que me apeteceu ser, na juventude fui tudo, no trabalho sou aquilo que quero ser e no resto?

"I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same"


Às vezes um pequeno gesto de rebeldia, um olá inesperado pode iluminar as trevas de alguém.

Pensem nisso, não guardem esse "olá" para amanhã, vivam hoje!




sempre gostei de uma boa despedida

Em tudo na vida, desde o bom fim de semana, até à próxima, gosto de ti, adoro-te, até amanhã, pensa em mim, boa noite, boa tarde...etc sempre gostei de sentir calor.

Calor em moldes diferentes, do amigo, da paixão, do pai, da mãe, da irmã e até do conhecido...

Quando não sentes o calor é o vazio, para vazio mas vale a pena não dizer nada...

domingo, 6 de dezembro de 2015

Ultima do dia a minha favorita dos U2


esperança

É o combustível da alma...eu tenho  esperança... é isso que me faz viver...


Clássico


Comprar um livro

Talvez seja um dos meus poucos vícios. Com o início da crise economica assisti com tristeza à diminuição drástica da oferta de títulos traduzidos para português.

Eu até consigo ler em inglês e por necessidade  tenho lido algumas obras não traduzidas. Tal fato obriga-me a estar mais concentrado e exercer um esforço que após um dia de trabalho é por vezes difícil de gerir.

Bem sei que a crise é evidente mas um país sem cultura é um país duplamente pobre. Tenho as minhas prateleiras cheias de coleções inacabadas por simplesmente as editoras pararem a meio...

Autores como Simon Scarrow, Bernard Cornwell, Harry Sidebottom entre outros possuem o poder de nos transportar no tempo e espaço...


Lá vai o tempo em que o natal era fértil em novidades.

mais um domingo


Li uma cena gira, não consigo transcrever, o sentido era algo assim, a vida é uma viagem que acaba sempre na morte.

Sabendo essa premissa, tão crua como verdadeira, temos de aprender a viver, valorizando as coisas boas, perdendo menos tempo com o trivial.

Simplesmente temos de aprender todos os dias a viver...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

a última do dia...





Gosto, a sonoridade faz desta música um reflexo de muitos estados de alma.



Livro, um copo de leite frio, quatro bolachas maria e cama...


Amanhã é outro dia.



#boanoite

capítulo XVI


A outra mensagem dizia assim.

"J vê a foto da nossa colega Inês no facebook, atrevidota eheheh"

Era  o António, colega de trabalho. Acabei de flutuar e regressei à terra invadido por uma ansiedade quase juvenil.

Afastei-me e deixei a curiosidade vencer, no fundo amaldiçoei o pateta gordo do António.

Ainda estava a digerir o melhor momento da semana e levei com um meteorito em cima.

Entrei na merda da aplicação e vi, desliguei, voltei a ver e desliguei novamente, acho que fiz isto umas dez vezes. Até que fiquei hipnotizado a olhar.

Na verdade a foto não estava no facebook dela, era  uma foto onde ela aparecia identificada.

 Estava num sofá, vestido escuro, curto, bem colada ao namorado a trocar um beijo. Associado a foto vinham os comentários, "adoro-te Rui".

 A foto iria irritar-me, sempre, mas a terrível coincidência de a ver cinco minutos após receber uma mensagem dela foi a gota de água, o comentário simplesmente arrasou.

Senti-me um palhaço, perdi a força de lutar, ceguei.

"Inês faz-me um favor, deixa-me, consigo viver sem ti"

Era mentira, estupidamente ainda gostava mais dela mas tinha de reagir, o meu amor próprio tinha levado um rombo.

- João que cara é essa, estavas a rir sozinho e agora parece que viste um fantasma - disse o Nuno - Traz mais uma e cala-te urso - foi o que consegui dizer.

Bebemos, rimos feitos adolescentes, velhas histórias. Amizades com mais de vinte anos, loucuras e brincadeiras do passado, sabe sempre bem recordar.

- Bem malta vou indo, já tive a minha conta - disse em jeito de despedida - Fica pá, vamos sair, vamos ao Bairro -  responderam  quase em uníssono.

- Na, estou cansado, fiquem bem - fiz um sorriso forçado e saí. Queria a autocomiseração apenas para mim.

Falar com alguém só iria acentuar o sofrimento. Entrei no carro, olhei-me, não me reconheci, amaldiçoei o amor.

Jurei nunca mais amar outra mulher, a Inês era a minha mulher, ela era o que sempre quis, o que sonhei, desde miúdo que procurei o amor e quando o encontrei ele fugiu de mim.

Liguei o carro, sabia que iria ter outras mulheres, mas sabia que as feridas nunca iriam sarar, só uma pessoa podia curar-me e ela apesar da contradição que me fazia assolar a alma, no fundo escolheu outro caminho.

A Inês respondeu a minha mensagem, ela era inteligente, sem precisar de dizer algo percebeu.

"Quarta-feira no sítio onde almoçámos, uma da tarde, aparece, desculpa..."

- Oh fodasse, escrevi cem vezes e apaguei que não ia e nunca consegui enviar, acabei por dizer, "ok".

Arranquei, era sábado, principio de noite, precisava de ir para o meu refúgio, conduzir fazia-me relaxar.

Respirei, no fundo eu era um escravo do amor e um escravo consciente...








Naughty Boy - Runnin' (Lose It All) ft. Beyoncé, Arrow Benjamin


sexta


Mudança de planos. Com muito pesar já não vou para norte...