Segui o ritual de ficar uns minutos na cama a pensar na vida, levantei-me devagar abrindo de seguida a cortina.
Observei a forma lenta e melancólica como o caudal do rio Tejo seguia o seu curso. Banho, pequeno almoço, café na rua enquanto leio o jornal.
O tempo passa, almoço combinado na Foz do Cobrão, fujo à autoestrada, sigo parando em todos os sítios aprazíveis, Belver é o expoente máximo.
Chego a Vila Velha de Ródão, restaurante fechado. Mudança de planos é sábado nada me prende, apetece improvisar, fazer sem pensar muito.
Destino Marvão, sigo pela nacional, curva contra curva, mal deixo Nisa a paisagem vai ficando mais bela.
Almoço no restaurante Sever, na Portagem antes de subir para Marvão. Boa comida e bebida, mas o que quero mesmo é subir.
Chego a Marvão, local mágico, profundo, já aqui dormi várias vezes. Nada como passear à noite pelas brumas, percorrendo as ameias da cidadela, vivendo a história. Perdendo a noção do tempo.
A visita acaba, sinto-me sempre bucólico quando abandono Marvão. Sigo pela estrada ouvindo música, tendo a noite a cair no horizonte.
Vejo o Benfica, desgraça.
Agarro num livro esqueço o presente, estou no século lV...
Alone?
ResponderEliminarNão, com um grande amigo. Ontem fiz uns 600km...mas foi bom, terapia de estrada.
ResponderEliminarTemos mesmo de combinar os caminhos de Santiago.
Abraço,