sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Um Conto parte XI


“ Afinal não és assim tão cabrão lol Onde estás?”

- A outra com quem foi para a cama…sei pouco dela, chama-se Marisa é mais nova que eu, morena, olhos esverdeados, sorridente, trabalha no mundo da moda, extrovertida, ousada…

- Parece-me a mulher dos meus sonhos, tem amigas? – Desde os doze anos que ele me faz esta pergunta.

- Sei lá, acho que na discoteca estava com duas – O que fui dizer – Já que desmarquei com a cota bem que podias dizer a essa Marisa para aparecer aqui com uma amiga.

- Convidei-te para beber um copo, falar um pouco, não para uma espécie bacanal – Achas que elas iam alinhar numa cena a quatro? – Porra só tu, vai ao bar e o que pedires para ti pede igual para mim.

“ Estou com um amigo, mas daqui a bocado vou para casa, cansado, semana complicada, beijos”

- Desculpa João, deixei-me levar, não pensei que estavas mesmo apanhado por essa tal de Inês, tens alguma foto dela? – Só entrando no facebook, aqui tens, faz a tua crítica – Ele olhou e sorriu.

- Tem um ar demasiado importante, bonita, muito bonita, mas não é para ti, és demasiado simples, ela não é para o teu bico – Sincero como sempre.

- Secalhar tens razão, ainda está tudo muito presente, o momento em que a conheci, as palavras que trocamos, os olhares, preciso de tempo – Mudando de assunto, amanhã temos jogo de basket às 10h30 na cidade universitária, sabes quem confirmou presença? – Quem? – perguntei eu.

- O tipo mais porreiro do Alentejo, o Pedro Bias – Fixe tenho saudades do gajo, trocamos uns mails mas não o vejo desde aquele jantar em Cacilhas.


“ Preciso mesmo de ver-te e falar contigo sobre o que se passou ontem, são só dez minutos, onde te posso encontrar, bjs”

“Daqui a 15m saio de Belém, se quiseres 00h30 no parque da bomba de saída antes da A1”

“Combinado até já bjs”

- Bem então vou dormir, ainda tenho uma hora de casa até casa e amanhã tenho de te dar uma sova, não te atrases – Ok amigo, ainda é ainda vou ver se tenho uma amiga acordada – Não gastes a energia toda.

Sorrimos e demos um abraço. Segui sem saber o que de importante ela me tinha para dizer.

Estava cansado, procurei uma rádio com um beat de noite de fim-de-semana e segui em direção a 2ª circular.

Parei o carro por trás da bomba, um parque mal iluminado e aquela hora quase sem carros. Respirei fundo e olhei para o telefone.

“Estou 5minutos atrasada”

“já cá estou, parei nas traseiras da bomba”

Detesto esperar e aquela hora muito menos sem esquecer que não tinha sido eu o mentor do inusitado encontro, o que me quereria ela dizer.

Estava eu absorvido na pura especulação quando um Renault estacionou ao pé do meu carro.

O parque era mal iluminado e a Marisa fez propositadamente ou não um compasso de espera para sair do carro.

Primeiro uma perna reparei que estava de meias escuras e sapatos de salto alto, estranhei era um encontro rápido informal. Depois a outra perna e tive o vislumbre total.

Caminhava na direção do meu carro. Usava uma gabardine creme que lhe chegava ao joelho, lábios pintados de um vermelho que realçava o cenário já de si demasiado libidinoso.

Fiquei tão boquiaberto que até me esqueci de sair do carro. Ela abriu a porta do pendura.

- Posso? – Claro entra. Ela sentou-se e o casaco subiu mostrando que por baixo do mesmo estaria apenas vestida com as meias de ligas e sapatos.

Eu feito pateta olhava para o rádio do carro evitando olhar para tudo o que ela me queria mostrar, 00h37 – “Duke Dumond – Ocean Drive”, bom som por acaso.

E comecei a balbuciar – Marisa o que me queres dizer? – Ela aproximou o dedo dos meus lábios e junto ao meu ouvido sussurrou – Cala-te, já vais perceber.

Admito que nem sempre sou bem mandado, mas fiquei calado enquanto ela tirava o casaco e deixava que o corpo ficasse exposto parente mim.

Finalmente retirei os olhos do rádio e deixei-me levar pelas instruções dela tal como um recruta na primeira parada.

- Só olhas não me tocas – E eu acenei com a cabeça, que grande totó. E as mãos dela começaram por abrir o cinto das minhas calças. Ela retirou o cinto, abriu o botão dos jeans sem retirar os olhos de mim, puxou o fecho e sorriu. Eu estava hipnotizado pela luxuria do momento.

Mais fiquei quando ela depois de abrir o fecho começou a acariciar e a provocar o meu membro tocando nele suavemente tendo os boxers como barreira. Fiquei perdido no tempo, já me tinha deixado levar era tarde para resistir.

Tentei agarrar-me à imagem da Inês mas pensei que ela provavelmente estaria a fazer o mesmo com o bastardo do Rui.

Quando se fartou de me provocar, puxou-me as calças totalmente para baixo e em seguida a mão deslizou por dentro da minha roupa interior.

- É grande, já tinha saudades – Quando me preparava para dizer qualquer coisa a boca dela desceu e começou por beijá-lo com candura, foi aumentando a intensidade até que olhando-me com profundidade abocanhou o meu membro que estava no estado de virilidade intensa.

- É bom não é?

Realmente é bom, mas…

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