“ Afinal não és assim tão cabrão
lol Onde estás?”
- A outra com quem foi para a
cama…sei pouco dela, chama-se Marisa é mais nova que eu, morena, olhos
esverdeados, sorridente, trabalha no mundo da moda, extrovertida, ousada…
- Parece-me a mulher dos meus
sonhos, tem amigas? – Desde os doze anos que ele me faz esta pergunta.
- Sei lá, acho que na discoteca
estava com duas – O que fui dizer – Já que desmarquei com a cota bem que podias
dizer a essa Marisa para aparecer aqui com uma amiga.
- Convidei-te para beber um copo,
falar um pouco, não para uma espécie bacanal – Achas que elas iam alinhar numa
cena a quatro? – Porra só tu, vai ao bar e o que pedires para ti pede igual
para mim.
“ Estou com um amigo, mas daqui a
bocado vou para casa, cansado, semana complicada, beijos”
- Desculpa João, deixei-me levar,
não pensei que estavas mesmo apanhado por essa tal de Inês, tens alguma foto
dela? – Só entrando no facebook, aqui tens, faz a tua crítica – Ele olhou e
sorriu.
- Tem um ar demasiado importante,
bonita, muito bonita, mas não é para ti, és demasiado simples, ela não é para o
teu bico – Sincero como sempre.
- Secalhar tens razão, ainda está
tudo muito presente, o momento em que a conheci, as palavras que trocamos, os
olhares, preciso de tempo – Mudando de assunto, amanhã temos jogo de basket às
10h30 na cidade universitária, sabes quem confirmou presença? – Quem? –
perguntei eu.
- O tipo mais porreiro do
Alentejo, o Pedro Bias – Fixe tenho saudades do gajo, trocamos uns mails mas
não o vejo desde aquele jantar em Cacilhas.
“ Preciso mesmo de ver-te e falar contigo sobre o que se passou ontem, são só dez minutos, onde te posso encontrar, bjs”
“Daqui a 15m saio de Belém, se
quiseres 00h30 no parque da bomba de saída antes da A1”
“Combinado até já bjs”
- Bem então vou dormir, ainda
tenho uma hora de casa até casa e amanhã tenho de te dar uma sova, não te
atrases – Ok amigo, ainda é ainda vou ver se tenho uma amiga acordada – Não
gastes a energia toda.
Sorrimos e demos um abraço. Segui
sem saber o que de importante ela me tinha para dizer.
Estava cansado, procurei uma
rádio com um beat de noite de fim-de-semana e segui em direção a 2ª circular.
Parei o carro por trás da bomba,
um parque mal iluminado e aquela hora quase sem carros. Respirei fundo e olhei
para o telefone.
“Estou 5minutos atrasada”
“já cá estou, parei nas traseiras
da bomba”
Detesto esperar e aquela hora
muito menos sem esquecer que não tinha sido eu o mentor do inusitado encontro,
o que me quereria ela dizer.
Estava eu absorvido na pura
especulação quando um Renault estacionou ao pé do meu carro.
O parque era mal iluminado e a
Marisa fez propositadamente ou não um compasso de espera para sair do carro.
Primeiro uma perna reparei que
estava de meias escuras e sapatos de salto alto, estranhei era um encontro rápido
informal. Depois a outra perna e tive o vislumbre total.
Caminhava na direção do meu
carro. Usava uma gabardine creme que lhe chegava ao joelho, lábios pintados de
um vermelho que realçava o cenário já de si demasiado libidinoso.
Fiquei tão boquiaberto que até me
esqueci de sair do carro. Ela abriu a porta do pendura.
- Posso? – Claro entra. Ela
sentou-se e o casaco subiu mostrando que por baixo do mesmo estaria apenas
vestida com as meias de ligas e sapatos.
Eu feito pateta olhava para o
rádio do carro evitando olhar para tudo o que ela me queria mostrar, 00h37 – “Duke
Dumond – Ocean Drive”, bom som por acaso.
E comecei a balbuciar – Marisa o
que me queres dizer? – Ela aproximou o dedo dos meus lábios e junto ao meu
ouvido sussurrou – Cala-te, já vais perceber.
Admito que nem sempre sou bem
mandado, mas fiquei calado enquanto ela tirava o casaco e deixava que o corpo
ficasse exposto parente mim.
Finalmente retirei os olhos do
rádio e deixei-me levar pelas instruções dela tal como um recruta na primeira
parada.
- Só olhas não
me tocas – E eu acenei com a cabeça, que grande totó. E as mãos dela começaram
por abrir o cinto das minhas calças. Ela retirou o cinto, abriu o botão dos
jeans sem retirar os olhos de mim, puxou o fecho e sorriu. Eu estava hipnotizado
pela luxuria do momento.
Mais fiquei
quando ela depois de abrir o fecho começou a acariciar e a provocar o meu
membro tocando nele suavemente tendo os boxers como barreira. Fiquei perdido no
tempo, já me tinha deixado levar era tarde para resistir.
Tentei
agarrar-me à imagem da Inês mas pensei que ela provavelmente estaria a fazer o
mesmo com o bastardo do Rui.
Quando se
fartou de me provocar, puxou-me as calças totalmente para baixo e em seguida a
mão deslizou por dentro da minha roupa interior.
- É grande, já
tinha saudades – Quando me preparava para dizer qualquer coisa a boca dela
desceu e começou por beijá-lo com candura, foi aumentando a intensidade até que
olhando-me com profundidade abocanhou o meu membro que estava no estado de
virilidade intensa.
- É bom não é?
Realmente é
bom, mas…
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